No que foi considerado o maior dos eventos da frente das Oposições do estado, o movimento “Pernambuco Quer Mudar” anunciou, em Caruaru, no sábado (3), que o grupo lançará candidatura única ao governo de Pernambuco nesta eleição. O nome será conhecido em abril. Antes, no dia 7, o conjunto terá novo encontro: no município de Ipojuca, na Região Metropolitana. Na Capital do Agreste, mais de 5 mil pessoas se reuniram no Arena Caruaru, numa demonstração de força política e compromisso em oferecer aos pernambucanos um novo projeto para fazer o estado voltar a crescer. A frente juntou 70 prefeitos, ex-prefeitos, vices, deputados estaduais e federais, além de vereadores, trabalhadores e representantes de setores da sociedade.
Anfitriã do evento, a prefeita Raquel Lyra (PSDB) destacou que o atual governo do estado não representa o povo de Caruaru e está numa luta insana em manter o poder pelo poder. “Decidi fazer política porque sei que é através dela que podemos transformar a vida das pessoas, mas não posso fazer isso sozinha. Hoje, não temos ajuda do governo do Estado. Ele está escolhendo quem pagar ou, simplesmente, não está pagando ninguém. A verdade a gente não sabe e a gente precisa de transparência. Essa união é uma saudação ao nosso futuro. Esse é o momento de esquecer cores partidárias e nos apoiar para Pernambuco melhorar”, afirmou.
Para o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, o atual governo não conseguiu manter unido o que levou anos para o ex-governador Eduardo Campos juntar com as mãos. “Hoje nós da oposição temos duas certezas: estaremos juntos nas eleições e vamos vencer a disputa”, disse. O ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) destacou que “mudar” não é apenas um verbo, mas uma proposta de mudança que gera esperança. “Esperança que o povo acredita de marchar num novo rumo para que efetivamente as mudanças ocorram. Por isso digo, esse palanque veio para ficar. Porque tem gente séria, competente e que sabe trabalhar”, disse.
O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) comparou a situação de Pernambuco com a da Bahia e Ceará e cravou que, nos últimos três meses, Pernambuco está engolindo poeira dos estados vizinhos, em se tratando da segurança e do desemprego. “O Brasil está voltando a crescer e precisamos escolher quem vai liderar Pernambuco. Eu aprendi que é nas dificuldades que conhecemos uma liderança. Este governador que está aí não demonstrou nenhuma qualidade para merecer novamente os votos dos homens e das mulheres de Pernambuco. Decidimos que iremos continuar juntos, unidos, para fazer a maior frente política de oposição da história de nosso estado. Nosso povo já fez a opção pela mudança”.
“Esse é um projeto coletivo. Aqui estamos para compartilhar as mudanças. O ato do Recife foi um aviso. Em Petrolina, o Sertão se encontrou. Hoje, em Caruaru, temos esse grande ato e em Ipojuca será ainda maior. É nesse caminho, o da mudança, que vamos seguir. Pernambuco precisa de um líder que devolva aos pernambucanos e pernambucanas o trabalho e a esperança”, bradou o deputado federal Bruno Araújo. Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) cravou que o estado está desgovernado e sem liderança. “Ao mesmo tempo não tem liderança política para aglutinar as forças principais do Pernambuco de um lado e de outra parte as políticas públicas como saúde, educação, infraestrutura não chegam para atender o povo pernambucano. Falta saúde, falta segurança pública e o estado tem cada vez mais sua infraestrutura física, como estradas, deteriorada”, ressaltou.
O senador Armando Monteiro (PTB) destacou que o grupo das oposições é um conjunto que tem história, experiência, juventude, decência e espírito público e vai, a partir de abril, iniciar o trabalho para apresentar uma nova agenda a Pernambuco. “Vamos ouvir a população e recolher contribuições para construir um novo projeto para o Estado. Aquele que merecer a escolha vai a escolha vai, em qualquer hipótese, ter que ter entusiasmo. Sou fiador desse compromisso que hoje se afirma em Pernambuco”, garantiu.
Último a discursar, o ex-governador João Lyra Neto (PSDB) acusou que o que a atual gestão diz na publicidade não condiz com a realidade do povo. “É por isso que esse movimento cresce mais a cada dia que passa, porque o povo quer uma nova realidade para o nosso estado. O crescimento político dessa união terá resultado daqui a alguns meses, quando será eleito o próximo governador de Pernambuco. A decisão desse conjunto é que não há projetos pessoais dessas lideranças. Daqui, sairá apenas um candidato a governador”, concluiu.