Nutricionista lista uma série de alimentos que podem ajudar na redução das crises de enxaqueca

Elencada no rol da OMS como uma das doenças mais debilitantes do mundo, a Migrânea ou Enxaqueca, como é popularmente conhecida, apresenta grande impacto econômico, social, físico e mental, impossibilitando, muitas vezes, o paciente em crise desenvolver suas atividades habituais. De acordo com Mistério da Saúde, a enxaqueca acomete uma média de 31 milhões de brasileiros (15% da população), a maioria na faixa dos 25 aos 45 anos e com prevalência no sexo feminino.

A alimentação pode ajudar a combater essa doença? Têm alimentos que podem aumentar a chance de se tê-la? A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lilian de Lucena, explica que a enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica. Uma característica forte são os episódios de dor de cabeça intensa e persistente causada pela constrição e dilatação das artérias e vasos que irrigam o cérebro.

“Ela é decorrente de diversos gatilhos – como distúrbios emocionais, alterações hormonais, hábitos alimentares e do sono inadequados, entre outros. E o tratamento desta patologia inclui medidas farmacológicas e não farmacológicas”, explica a docente.

Dentre as medidas não farmacológicas de maior efetividade, a nutricionista destaca a alimentação saudável, demonstrando efeitos envolvidos na redução das crises de enxaqueca. “Em contrapartida, a adoção de hábitos alimentares tendo como base alimentos antioxidante e anti-inflamatórios auxiliam na redução das crises de enxaqueca. São eles: alho, cebola, romã, frutas vermelhas, azeite de oliva, oleaginosas e sementes, abacate, gengibre e açafrão da terra”, ressalta a nutricionista e docente.

Confira alguns alimentos que merecem atenção:

• Jejum prolongado e restrição calórica excessiva;
• Consumo de água insuficiente e consequentemente desidratação;
• Bebidas alcoólicas, principalmente o vinho tinto: agem como potentes vasodilatadores, favorecendo os episódios de crises de enxaqueca;
• Café, chá e refrigerantes a base de cola: devido ao alto teor de cafeína que provoca constrição dos vasos;
• Queijos maturados (gorgonzola, provolone, parmesão, por exemplo): contêm TIRAMINA, composto que provoca a contração dos vasos sanguíneos, ocasionando, em seguida, dilatação das veias e artérias. Esse fenômeno se encontra relacionado à crise de enxaqueca;
• Embutidos (salsichas, mortadela, linguiça, salame, presunto, entre outros), pois esses alimentos contêm nitritos e nitratos (conservantes), que ativam o Sistema Nervoso Central causando a dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais;
• Glutamato monossódico (aditivo colocado em alimentos para realçar sabor, encontrado nos caldos concentrados, por exemplo).
• Aspartame (adoçante dietético artificial): após ser absorvido pelo organismo, os vasos sanguíneos do cérebro se dilatam. Além disso, existem evidências de que o aspartame atue diretamente nos centros cerebrais associados à dor;
• Chocolate (principalmente o preto): rico em betafeniletilamina, uma substância vasoconstritora. Em resposta à vasoconstrição, organismo promove a dilatação dos vasos sanguíneos, levando à crise;
• Frutas cítricas (principalmente laranja, limão e abacaxi) devido a uma substância encontrada em grandes quantidades nessas frutas, a octopamina, que promove a contração dos vasos cerebrais, levando – os a dilatar-se e, consequentemente, resultando em dor.

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