“O luto tem que ser vivenciado”, afirma a terapeuta Aline Carvalho

Esta semana é celebrado o Dia de Finados (02/11). A data serve para lembrar e homenagear pessoas queridas que já faleceram. E apesar da morte fazer parte do ciclo natural da vida, as pessoas a enfrentam de diferentes formas. E não aceitar a perda pode gerar, inclusive, problemas de saúde. É isso que apontam os especialistas.

Isso porque, se os sentimentos não forem expressados, no momento certo, a tendência é que a pessoa vá acumulando eles. E isso trará graves consequências para a saúde e o bem-estar. Podendo desencadear problemas de ordem psicológica (como ansiedade e depressão) e até mesmo fisiológica (como dores nas articulações e edemas pulmonares).

É o que a reflexoterapeuta Aline Carvalho chama de “somatização”, ou seja, “o acúmulo de sentimentos como a tristeza e a dor”. O que, segundo a especialista, está diretamente ligado ao surgimento desses e de outros problemas de saúde. O que pode acontecer a curto ou a longo prazo, dependendo das circunstâncias e da realidade de cada pessoa.

“A depressão é um excesso do passado. Aquilo que você não ‘digeriu’. E isso vem à tona e você fica lembrando, recordando, não consegue se desprender do passado. Você fica agarrado aquilo. Não consegue dar novos passos, agarrado à tristeza, por exemplo”, destaca a profissional, explicando uma das consequências de não enfrentar o luto.

Ela toma como exemplo pessoas que não costumam chorar durante um velório ou sepultamento. Que se seguram para parecer fortes naquele momento – inclusive como forma de não gerar novas preocupações para a família. Mas que, na verdade, estão sofrendo. E tentando esconder esses sentimentos, elas se expõem a todos esses problemas.

“Os momentos têm que ser vivenciados. Se alguém está naquele momento de luto, está vivendo uma perda. E a gente tem que entender essa perda. É fácil? Não é fácil! A gente sofre, chora. Por que? Porque ama! E não é fácil perder. Mas é inevitável”, reflete a profissional, ao indicar que chorar, demonstrar tristeza ou até mesmo se sentir frágil, nestes momentos, é saudável.

MUITO ALÉM DO LUTO – A terapeuta indica que, muito além do luto, a perda, de uma maneira geral, precisa ser experienciada. Inclusive porque ela acontecerá em diferentes momentos da vida. “O fim de um relacionamento, de uma amizade ou de um emprego, por exemplo, precisam ser vivenciados para que possamos sair fortalecidos”, indica.

SERVIÇO:

Aline Carvalho Terapeuta

Rua Ulisses Guimarães, 53, Salgado

Próximo a Avenida Brasil

(81) 99226-9735 (também funciona como WhatsApp)

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.