Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz revela que oito em cada dez brasileiros (82%) devem gastar todo o décimo terceiro salário em compras de Natal. Para chegar a este resultado, os pesquisadores entrevistaram 624 consumidores de ambos os sexos e de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 3,7 pontos percentuais.
De acordo com o estudo, 55% dos entrevistados disseram que utilizariam uma parte do 13º para compras de Natal. Outros 27% disseram que gastariam todo o montante em compras e apenas 18% não devem gastar o dinheiro com presentes.
O alerta
O educador financeiro do portal Meu Bolso Feliz, José Vignoli, alerta que, apesar de as tentações do consumo aumentarem no final do ano com a entrada de um dinheiro extra, é importante que o consumidor não use o décimo terceiro para fazer mais dívidas.
“As pessoas precisam saber o tamanho do próprio bolso. O aconselhável é que o consumidor compre a vista para negociar descontos e para não se atrapalhar com as parcelas no começo do ano, quando orçamento do brasileiro costuma ficar apertado por conta de gastos como IPTU, IPVA e matrículas escolares”, explica Vignoli.
Gastar pouco e investir sempre
Entre o grupo de consumidores que não vão gastar o décimo terceiro em compras, 46% pretendem economizar, poupar ou investir, 24% vão usar o dinheiro para pagar dívidas, 14% vão utilizá-lo para viajar e 5% ainda não decidiram o que vão fazer.
Para as pessoas que possuem dívidas em atraso, a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, recomenda que o consumidor quite as pendências assim que possível para não se enrolar com os juros – que atualmente estão mais caros e podem fazer com que o valor da dívida tome proporções ainda maiores. “A pessoa quita as parcelas em atraso e pode começar o ano de 2015 no azul. Depois, o consumidor deve tomar cuidado para nunca comprometer mais do que 30% do próprio rendimento com parcelamentos. Dessa forma, fica mais fácil manter o controle das contas e não entrar em superendividamento”, explica Kawauti.