O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou nesta segunda-feira (14) a escalada de violência na região de Gaza e no denominado Território Palestino Ocupado. A ONU instou o governo de Israel a declarar um cessar-fogo imediato na região e garantir o atendimento médico às vítimas.
Para Guterres, a solução para o fim da escalada de violência é política. “O secretário-geral reitera que não há alternativa viável à solução dos dois Estados, com a Palestina e Israel vivendo lado a lado em paz, cada um com sua capital em Jerusalém ”, disse porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq.
A onda de violência começou com a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém – cidade considerada sagrada por cristãos, judeus e muçulmanos e alvo de disputa entre palestinos e israelenses.
“As forças de segurança de Israel devem exercer a máxima contenção no uso de fogo vivo. O Hamas e os líderes das manifestações têm a responsabilidade de impedir todas as ações violentas e provocações ”, informou o porta-voz adjunto da ONU.
No comunicado, Farhan Haq acrescentou que: “O secretário-geral está profundamente alarmado com a forte escalada da violência no Território Palestino Ocupado e com o elevado número de palestinos mortos e feridos nos protestos em Gaza”.
Pelos dados divulgados na imprensa, os protestos de hoje provocaram mais de 50 mortos e cerca de 2 mil feridos. O comunicado alerta que foi o “maior número de mortos palestinos” em um só dia.
O Comitê da ONU para o Exercício dos Direitos reiterou que o povo palestino não reconhece a a cidade de Jerusalém é território israelense. O Comitê considera que o status de Jerusalém deve ser resolvido por meio de negociações que levem em conta as preocupações políticas e religiosas de distintas ordem.