Por Tiê Felix
Tempos cruéis são estes que vivemos. Nem sequer mais falamos de uma suposta pobreza, essa foi vencida pelas “políticas públicas”. Nem sequer mais percebemos o nível de pobreza que chegamos em nosso país, sobretudo pela falta de respeito a lá classe média que se espalha por todos os lados. Estamos conservadores em um tempo que necessita de brusquidão.
Os intelectuais supostamente de esquerda estão entrincheirados em seus pensamentos equivocados e apaixonados. Defendem o partido que salvou o Brasil e depois o lançou novamente na estaca zero. Tenho pena quando vejo tantos ótimos estudiosos, pessoas de reconhecida competência se trocando por valores pífios em nome do governo que está ai.São meros reprodutores de uma ladainha ideológica já por demais cansada de tanto ser repetida. Acho que tais professores, intelectuais e jornalistas deveria procurar somente se opor ao injusto. Somente a verdadeira oposição, que é àquilo que se manifesta de forma injusta, é justa. Mas não, se limitam a trocar recadinhos pela internet, discussões acaloradas sem nenhuma importância, somente para manifestar sua suposta autoridade.
Muitas pessoas hoje não admitem a opinião contraditória simplesmente porque numa pátria analfabeta desacreditam do raciocínio dos outros. É por isso que o analfabetismo permite o autoritarismo, já que ele permite que uns se sobreponham aos outros em termos de desprezo pelo que se pensa. A suposta esquerda de hoje dá graças a Deus pela existência de gente pobre, porque se tais pessoas não existissem jamais teriam no que debater.
A grande maioria dos nossos intelectuais de esquerda hoje estão ocupando espaços de importância em termos de status e contradizem com isso suas posições. Quantos professores univesitários, defensores ferrenhos do partidão não recebem seus 20 mil por mês?
A injustiça começa daí.
Tiê Felix é professor