Pedro Augusto
O Maior e Melhor São João do Mundo 2022 promete ficar marcado na história da Capital do Forró por cenas que deverão levar às lágrimas de qualquer forrozeiro que se preze. Uma delas está confirmada para acontecer, no dia 17 de junho, no Parque de Eventos Luiz Lua Gonzaga, data e local, da despedida dos palcos de um dos maiores expoentes da música popular pernambucana, nordestina e brasileira: o cantor Azulão.
Atualmente com 79 anos de idade e 60 de carreira, o artista caruaruense encerrará o seu ciclo de apresentações físicas para se dedicar apenas a pequenas aparições em lives e participações em gravações.
Conforme explicou o filho dele, o também cantor Azulinho, chegou a hora do “Pequeno Grande” relaxar: “Nosso Azulão está prestes a completar 80 anos e a idade já está pesando bastante. A família optou por deixá-lo descansar, ou seja, sem mais aquela pressão de maratona de shows. A saúde também vem inspirando mais cuidados, desta forma, é hora de relaxar!”.
Como não poderia ser diferente, Azulinho, que vem dividindo o palco com o seu pai já há vários anos, aguarda por uma noite inesquecível no dia 17 de junho. “Não tenho dúvidas de que a emoção será muito grande. Faremos um show de muita entrega a todos que amam a arte de nosso Azulão, porque ele e a cultura de Caruaru merecem!”, acrescentou.
Apesar da despedida física dos palcos, Azulão prossegue com a sua arte fincada na história da música popular brasileira, sobretudo da nordestina, com canções que ultrapassaram décadas e permanecem intactas nas memórias de todos que amam o verdadeiro forró. “Tocaremos para frente o seu legado de geração em geração na nossa família. A música de Azulão jamais silenciará!”, finalizou Azulinho.
Biografia
O cantor e compositor, Francisco Bezerra de Lima, o Azulão, nasceu no dia 25 de junho de 1942, no Sítio Taquara de Cima, na Zona Rural de Caruaru. Ainda criança, foi morar com a sua família, no centro da Capital do Forró.
De família humilde, para sobreviver Azulão fez de tudo na vida: foi carregador de frete, vendedor de fósforo e picolé nos dias de feira. Começou a cantar nos programas de calouros da extinta Rádio Difusora de Caruaru.
Teve como influência na sua carreira como artista os ídolos Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”. O apelido Azulão teve origem na sua preferência (“mania mesmo”), de usar roupa de cor azul.
Tem duas dezenas de discos lançados, a maioria nos ritmos regionais nordestinos. Dentre as músicas de sucesso destaques para: “Dona Tereza”, “Caruaru do Passado”, “Mané Gostoso”, “Tropé de Cavalo”, “Apanhadeira de Café” e “A Blusa Dela”.
Também é patrimônio vivo de Caruaru, bem como possui estátua na Câmara de Vereadores de Caruaru.