Tumor cerebral: técnica cirúrgica com paciente acordado ajuda a preservar área cognitiva

“Sempre fui fã de Grey’s Anatomy, mas nunca imaginei passar por uma cirurgia acordada. Foi muita adrenalina”. Com bom humor, Camila Rodrigues, 25 anos, relata sua experiência para retirada de um tumor no cérebro, comparando o seu caso com a série norte-americana. O procedimento realizado no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), foi o segundo ao qual foi submetida a auxiliar administrativa que diz lembrar apenas de “alguns flashes” do que se passava no centro cirúrgico.

Camila descobriu o tumor no cérebro após uma convulsão, em 2017. Assustada, procurou vários especialistas até descobrir que o tratamento indicado era cirúrgico. “Quando fiquei sabendo que medicação não ajudava no meu caso, foi bem difícil. Passei então pelo procedimento tradicional, e precisei de quatro meses para voltar a falar normalmente. Este ano, durante consulta de acompanhamento, descobri que precisaria de nova cirurgia e foi assustador. Não queria aceitar, mas resolvi encará-la com otimismo para que o tumor não piorasse ainda mais”, conta.

O neurocirurgião Carlos Alberto Mattozo foi o cirurgião responsável pelos dois procedimentos da Camila. Ele explica que o complicador do tumor em casos como o da jovem é a posição, no lobo temporal esquerdo – responsável pela linguagem – por isso, a cirurgia acordada é a melhor opção.

Procedimento

Nesses casos, o paciente é sedado e dorme na primeira parte da cirurgia, enquanto é realizada a incisão e a abertura do osso do crânio. Após essa etapa, a medicação é diminuída e ele é despertado. “Estar acordado em casos assim é importante para preservarmos a parte cognitiva. São mostradas para o paciente algumas imagens usando um tablet, e feitas algumas perguntas relacionadas aos nomes dos objetos, ao mesmo tempo que fazemos estimulações elétricas para ver se existem implicações que possam causar algum tipo de sequela na função da linguagem”, explica o médico. “Quando a Camila realizou a cirurgia pela primeira vez, a gente ainda não tinha a tecnologia que dispomos hoje, que é fazer o procedimento com o paciente acordado. Já usei algumas vezes essa técnica e, embora possa parecer traumática, pacientes relatam que a experiência é tranquila”, complementa.

A cirurgia para retirada do tumor da auxiliar administrativa durou cerca de 6 horas e, em menos de uma semana, ela já estava se recuperando em casa. A jovem conta que lembra apenas de algumas imagens mostradas no centro cirúrgico. “Na primeira cirurgia, tive problemas com a fala e dessa vez foi bem mais tranquilo. Agora vou fazer radioterapia e quimioterapia para que esse tumor não volte mais”, conta. “Assim que passar essa fase, quero voltar a trabalhar e ter uma vida normal, como a de todo mundo”.

HMV segue com processo seletivo para pessoas com deficiência

O Hospital Mestre Vitalino continua com edital aberto para formação de cadastro de reserva e possível contratação de pessoas com deficiência (PCD) – edital 45_2021. Os interessados devem enviar currículo pelo e-mail (rh.hmv@hospitalmestrevitalino.com.br), para as funções de auxiliar de serviços gerais, assistente administrativo, auxiliar de farmácia, camareiro e porteiro.

No assunto deve constar o nome completo do candidato e a função pleiteada, além do anexo com laudo médico validado, atestando a espécie e o grau ou nível da deficiência de que é acometido, com expressa referência ao Código correspondente da Classificação Internacional de Doença – CID, bem como a provável causa da deficiência. O edital com todas as informações sobre o processo está disponível no site institucional (http://hospitalmestrevitalino.com.br/index.php/editais/category/289-editais-2021-45).

O processo seletivo é composto pelas etapas de análise curricular e entrevista, ambas de natureza classificatória e eliminatória. O resultado final é divulgado no site. Os candidatos aprovados serão convocados quando tiver vaga disponível, de acordo com a necessidade da unidade. A contratação será sob o regime da CLT. A seleção tem validade de (03) meses podendo ser prorrogada por igual período.

MPPE exigirá fiscalização rigorosa nos eventos festivos no Estado e responsabilizará infratores por descumprimento do novo decreto

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por intermédio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO Saúde), expediu modelo de ofício aos membros de todo Estado, nesta quarta-feira (12), para que seja exigido dos gestores públicos e organizadores de eventos festivos o fiel cumprimento das determinações conferidas no novo plano de convivência divulgado pelo Governo de Pernambuco, nesta mesma data, sobretudo quanto à execução de eventos no Estado, tendo em vista o crescimento dos casos de Influenza e da Covid-19 na população pernambucana.

A recomendação vale especialmente para os responsáveis pelos eventos festivos que ainda estão programados no Litoral Sul, cujos organizadores insistem na sua realização, em possível descumprimento das novas medidas que entram em vigor a partir da próxima sexta-feira (14/01), haja vista a previsão de quantidade ingressos já vendidos muito superior a 3.000 pessoas e a falta de controle sanitário observada no último sábado (07).

A Procuradoria-Geral de Justiça e os demais órgãos de execução já estão em contato com os municípios e também com as próprias instituições estaduais, a exemplo da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, para que esse apoio ao controle possa ser garantido da melhor forma possível, no efetivo cumprimento de todas as medidas protetivas que constam no decreto.

O Ministério Público adianta que estão sendo programadas fiscalizações pelos órgãos responsáveis, com todo o rigor necessário, em que será cobrado o cumprimento das novas medidas expedidas pelo Governo do Estado. E adverte que, em caso de descumprimento das medidas, os infratores, sejam eles do setor público e/ou privado, deverão ser responsabilizados com as devidas sanções cíveis e criminais.

Segundo o plano de convivência do Governo de Pernambuco, a partir desta sexta-feira (14), uma das determinações para festas, shows e eventos sociais é sobre a quantidade de público. A organização dos eventos só poderá permitir a ocupação de até 50% da capacidade máxima do local ou até três mil pessoas para lugares abertos, o que for menor, e de até mil para lugares fechados, o que for menor. O passaporte vacinal também deve ser cobrado, além dos comprovantes de testes de Covid-19, no prazo de 24 horas.

III Curta na Serra começa no dia 18 de janeiro, de forma híbrida

Sediada em Bezerros, município localizado a 100 km da capital pernambucana, vem aí a III edição do Curta na Serra, mostra audiovisual que tem como objetivo difundir a cultura do cinema no Agreste pernambucano. Além da exibição de 35 curtas-metragens nacionais, o evento ainda abriga em sua programação atividades formativas, culturais e ecológicas. A terceira edição do evento, que pela primeira vez acontece de forma híbrida, será realizada entre os dias 18 e 30 de janeiro. Toda a programação online poderá ser acompanhada gratuitamente através do site www.curtanaserra.com.br. Já as atividades presenciais acontecerão de forma descentralizada.

De acordo com o cineasta Marlom Meirelles, que assina a produção executiva da mostra, uma das novidades desta edição é o recorte nacional na seleção das obras. “Nas primeiras edições, tivemos filmes voltados para Pernambuco e, posteriormente, para o Nordeste, tendo como intuito apresentar estes recortes da cinematografia local para um público não familiarizado com o formato de curta-metragem. Nesta terceira edição, trazemos um escopo nacional que apresenta ao público toda a pluralidade de olhares e sotaques do Brasil”, diz Marlom.

Para a mostra, o curador Vitor Búrigo separou os curtas-metragens em três panoramas temáticos, cada um com dez obras. São eles: “É Preciso Estar Atento e Forte”; com importantes – e urgentes – pautas sociais; “Fantástico Imaginário”, uma seleção com narrativas fantasiosas, mas ainda assim próximas da realidade; e “O Tempo ao Redor”, com histórias que atravessam estações. Cada um dos conjuntos abriga obras dos mais diversos gêneros cinematográficos, assim é possível conferir documentários, ficção, animação e ainda filmes experimentais.

“A intenção é oferecer uma variedade de histórias e narrativas que aproximam os indivíduos da cultura do cinema e de suas identidades, sem deixar de envolver nessa relação temas sociais e políticos. A ideia é promover cultura e também debates e reflexões”, explica Búrigo, que fará a mediação de debates entre público e realizadores após as exibições das obras.

O Curta na Serra também realiza duas mostras temáticas especiais, essas mediadas por Marlom Meirelles. A primeira, “Mostra Homenagem Katia Mesel”, é um tributo a vida e obra da cineasta pernambucana, a primeira mulher a dirigir um filme longa-metragem em Pernambuco e a participar de um festival de cinema brasileiro. Katia é uma das homenageadas do evento ao lado de Das Neves, artista plástica natural de Bezerros. Na mostra em homenagem a Katia, serão exibidas as obras “Sulanca” e “Recife de Dentro Pra Fora”.

A segunda mostra especial, “Mostra Ver Ouvindo”, abriga filmes com recursos de acessibilidade comunicacional em audiodescrição – AD (legendas para surdos e ensurdecidos) e LSE (tradução para a Língua Brasileira de Sinais – Libra. Aqui o público poderá conferir os documentários “O Rio: Um Itinerário Poético”, “Cabocolino” e “Ethxô Nandudya”.

Já entre as atividades de formação, entre 18 e 21 de janeiro, o III Curta na Serra promove, de forma presencial, a oficina “Serra Animada”, uma formação em cinema de animação com a técnica de stop motion, comandada por Paulo Leonardo. As aulas acontecerão em parceria com o Centro de Artesanato de Pernambuco, unidade Bezerros, e tem como ideia contribuir para a difusão da linguagem do stop motion. Como resultado prático, um curta-metragem animado será realizado durante as aulas.

Ainda no quesito formação, a mostra promove a masterclass “Produção Audiovisual por uma Perspectiva do Interior de Pernambuco”, ministrada por Caio Dornelas, idealizador da Mostra Canavial de Cinema e do Curso Engenho de Imagens. O intuito da atividade é investigar os percursos já traçados que desembocaram em realizações de projetos de filmes, festivais, cursos, laboratórios e projetos audiovisuais, mas também debater estratégias para o surgimento de ecossistemas férteis à consolidação de uma cena cinematográfica em regiões do interior do Brasil.

Ciente da importância do cinema chegar ao interior dos estados, no dia 22 de janeiro, a partir das 19h, o Curta na Serra promove, de forma presencial, uma exibição pública de curtas-metragens na Vila de Serra Negra, especialmente para os moradores da zona rural de Bezerros. “Realizar uma sessão especial ao ar livre é a forma que encontramos para difundir a cultura audiovisual para o público da região, que ainda se encontra, em sua maioria, fora das salas de cinema. Uma realidade vista aqui e em diversas outras cidades do interior”, afirma Marlom Meirelles.

Também integram a programação a roda de diálogos “Interiorização e audiovisual pós-pandemia”, que irá reunir realizadores de mostras e festivais de cinema para falar sobre como esses eventos sobreviveram durante a pandemia e quais são as expectativas para o futuro; uma visita ao MUCA – Museu de Cinema de Animação Lula Gonzaga, em Gravatá; e ainda uma atividade de caráter ambiental: um mutirão de limpeza voluntária no Parque Ecológico da Serra Negra.

O Curta na Serra é uma realização da produtora Eixo Audiovisual, com apoio da Prefeitura de Bezerros, incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco. Também são parceiros do evento o CNA, a TV Pernambuco, Centro de Artesanato de Pernambuco – Unidade Bezerros, Festival Ver Ouvindo, Revista Jurema, Laurentur, MUCA, Bodega de Véio, Pousada Serra Negra, Pousada das Artes e Restaurante Mirante Serra Negra

Saiba mais: www.curtanaserra.com.br

Mais sobre os panoramas temáticos:

Panorama 01 – É Preciso Estar Atento e Forte

· Baile (Cíntia Domit Bittar – Fic – 18 min – SC)

· Pega-se Facção (Thaís Braga – Doc – 13 min – PE)

· Quando a Chuva Vem (Jefferson Batista – Ani – 8 min – PE)

· Seremos Ouvidas (Larissa Nepomuceno – Doc – 13 min – PR)

· Ser Feliz no Vão (Lucas H. Rossi – Doc – 13 min – RJ)

· Neguinho (Marçal Vianna – Fic – 20 min – RJ)

· Gilson (Vitoria Di Bonesso – Doc/Ani – 5 min – SP)

· Canudos em Minha Pele (Rosa Amorim – Exp – 2 min – PE)

· Faixa de Gaza (Lúcio César Fernandes – Fic – 16 min – PB)

· Vai Melhorar (Pedro Fiuza – Fic – 17 min – RN)

Panorama 02 – Fantástico Imaginário

· O Prazer de Matar Insetos (Leonardo Martinelli – Fic – 10 min – RJ)

· O Balido Interno (Eder Déo – Fic – 15 min – PE)

· 4 Bilhões de Infinitos (Marco Antonio Pereira – Fic – 14 min – MG)

. O Menino Que Morava no Som (Felipe Soares – Fic – 19 min – PE)

· Bloco do Isolamento (Daniel Barros – Doc – 10 min – PE)

· Os Últimos Românticos do Mundo (Henrique Arruda – Fic. 19 min – PE)

· Nimbus (Marcos Buccini – Ani – 11 min – PE)

· Mãtãnãg, a Encantada (Shawara Maxakali e Charles Bicalho – Ani – 14 min – MG)

· O Grande Amor de Um Lobo (Adrianderson Barbosa e Kennel Rógis – Doc – 13 min – RN)

· NEO Sertão Capítulo II: Profecia (Pally Siqueira – Exp – 3 min – PE)

Panorama 03 – O Tempo ao Redor

· 5 Estrelas (Fernando Sanches – Fic – 14 min – SP)

· Extratos (Sinai Sganzerla – Doc – 8 min – SP)

· Playlist (Pedro Melo – Fic – 17 min – PE)

· Noite de Seresta (Muniz Filho e Sávio Fernandes – Doc – 19 min – CE)

· O Homem das Gavetas (Duda Rodrigues – Ani – 8 min – SP)

· Tia Iracy Futebol Clube (Layla Sah – Doc – 14 min – CE)

· Urubá (Rodrigo Sena – Doc – 15 min – RN)

· A Beleza de Rose (Natal Portela – Fic – 20 min – CE)

· Foi Um Tempo de Poesia (Petrus Cariry – Doc – 13 min – CE)

· Lambada Estranha (Luisa Marques e Darks Miranda – Exp – 12 min – RJ)

Mostra Homenagem Katia Mesel

· Sulanca (Katia Mesel – Doc – 11 min – PE)

· Recife de Dentro Pra Fora (Katia Mesel – Doc – 16 min – PE)

Mostra VerOuvindo

· O Rio: Um Itinerário Poético (Adelina Pontual – Doc – 10 min – PE)

· Cabocolino (João Marcelo – Doc – 15 min – PE)

· Ethxô Nandudya (Direção Coletiva – Doc – 11 min – PE)

Veja como funcionará a vacinação de crianças

A imunização de crianças de 5 a 11 anos será feita por faixa etária, com prioridade para os que têm comorbidades ou sejam portadores de deficiência permanente.

De acordo com a atualização do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), do Ministério da Saúde, o intervalo entre as duas doses deve ser de oito semanas. Os pais devem estar presentes na imunização dos filhos e se isso não for possível, a aplicação deve ser autorizada em termo de consentimento assinado por eles.

Segundo o ministério, as doses serão distribuídas de forma proporcional aos estados e ao Distrito Federal, de acordo com a população-alvo. As doses começam a ir para os estados amanhã (14). Até o início da próxima semana, as entregas do primeiro lote de 1,2 milhão de doses, que chegou na madrugada de hoje (13) ao Brasil, devem estar concluídas.

Cada estado vai divulgar a data de início da vacinação. Cabe às secretarias estaduais de Saúde a distribuição das doses para os municípios. Como cada região tem realidade logística diferente, a definição do cronograma fica por conta dos gestores estaduais e municipais.

Recomendações
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, no início do mês, uma série de recomendações sobre a vacinação infantil. A agência sugere que a imunização ocorra em sala separada da de adultos e que a vacina não seja administrada no mesmo período de outras do calendário. Por precaução, é recomendado intervalo de 15 dias.

A Anvisa também recomenda que seja evitada a vacinação de crianças no esquema drive-thru (dentro do carro); que elas fiquem em observação no local por 20 minutos após receber a dose; e que os profissionais de saúde informem os pais sobre possíveis efeitos adversos do imunizante, como dor, inchaço no local da aplicação e febre.

O governo brasileiro encomendou 20 milhões de doses de vacina, todas da farmacêutica Pfizer. A dose para crianças será diferente da aplicada em pessoas a partir de 12 anos. Os frascos terão cores distintas para evitar erros na aplicação. A embalagem do imunizante para crianças tem a cor laranja e para adultos, roxa.

Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra covid-19 para crianças

Pfizer Covid vacina para Crianças

Chegaram ao Brasil, às 4h45 desta quinta-feira (13), as primeiras vacinas contra covid-19 destinadas a crianças de 5 a 11 anos. Remessa com 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer foi descarregada no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo).

O lote será distribuído a estados e municípios para iniciar a aplicação. A previsão é que o Brasil receba em janeiro um total de 4,3 milhões de doses da vacina. A remessa é a primeira de três que serão enviadas ao país.

Segundo o Ministério da Saúde, durante o primeiro trimestre devem chegar ao Brasil quase 20 milhões de doses pediátricas, destinadas ao público-alvo de 20,5 milhões de crianças. Em fevereiro, a previsão é que sejam entregues mais 7,2 milhões, e em março, 8,4 milhões.

Na semana passada, o ministério anunciou a inclusão dos imunizantes pediátricos no plano de operacionalização do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo a pasta, a criança deve ir aos postos de vacinação acompanhada dos pais ou responsáveis ou levar uma autorização por escrito. O esquema vacinal será de duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações.

A distribuição será feita na seguinte proporção (confira o percentual da população de 5 a 11 anos por estado):

Região Centro-Oeste (8,17%)

Distrito Federal – 1,30%

Goiás – 3,55%

Mato Grosso do Sul – 1,47%

Mato Grosso – 1,85%

Região Sudeste (39,18%)

Espírito Santo – 1,93%

Minas Gerais – 9,02%

Rio de Janeiro – 7,49%

São Paulo – 20,73%

Região Sul (13,17%)

Paraná – 5,25%

Rio Grande do Sul – 4,73%

Santa Catarina – 3,19%

Região Nordeste (28,43%)

Alagoas – 1,77%

Bahia – 7,07%

Ceará – 4,42%

Maranhão – 4,02%

Paraíba – 1,89%

Pernambuco – 4,80%

Piauí – 1,62%

Rio Grande do Norte – 1,67%

Sergipe – 1,17%

Região Norte (11,05%)

Acre – 0,57%

Amazonas – 2,77%

Amapá – 0,55%

Pará – 4,99%

Rondônia – 0,93%

Roraima – 0,38%

Tocantins – 0,86%

Estados voltam a ter medidas restritivas com aumento de casos de covid

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Diversos estados passaram a retomar ou adotar novas medidas de restrição para aglomerações ou para a realização de determinadas atividades diante do aumento dos casos de covid-19 puxado pela disseminação da variante Ômicron.

As novas regras restritivas alteram o cenário de flexibilização que ganhou força a partir do último trimestre do ano passado, quando limitações para eventos maiores e atividades com maior risco de contaminação passaram a ser admitidas em todo o país.

Confira como está a situação dos estados:

Piauí

No Piauí segue vigente decreto Nº 20.439, publicado em 28 de dezembro de 2021, que fixa restrição e horário até as 18 h para comércios e até as 22 h para shoppings centers. Mercados e congêneres (mercearias, padarias etc..) podem operar até as 24 h, desde que não permitam a entrada de novos clientes depois desse horário.

A norma estipula regras para atividades em locais públicos abertos, como parques, praças e praias. Eventos abertos, teatros e cinemas podem funcionar com 50% da capacidade de público e eventos semiabertos, com até 500 pessoas.

Foi definida a exigência de comprovante de vacinação para boates, casas de espetáculos, festas, eventos, academias de ginástica, estádios, cinemas, teatros, museus, conferências, galerias e parques de diversão.

Pernambuco

A partir de sexta-feira (14) passam a valer novas regras, válidas inicialmente até o dia 31 de janeiro. Em estabelecimentos de alimentação como restaurantes e bares será exigido passaporte vacinal com duas doses para pessoas de até 54 anos e com dose de reforço para pessoas com 55 anos ou mais. As mesas não podem ter mais de 20 pessoas.

A exigência de comprovação de vacinação também valerá para teatros, cinemas e museus, além da orientação de distanciamento mínimo de 1 metro. Caso o local ou evento contenham mais de 300 pessoas passa a ser requisito também o exame negativo, sendo de 24 h antes para antígeno e de 72 horas para PCR.

Foram estabelecidos limites para público de 3 mil em locais abertos e 1 mil em locais fechados ou 50% da capacidade do estabelecimento. As cidades de Olinda e Recife anunciaram o cancelamento dos carnavais deste ano.

Agência Brasil 30 Anos - Desfile do Homem da meia-noite no Carnaval do Olinda
As cidades de Olinda e Recife anunciaram o cancelamento dos carnavais deste ano – Antonio Cruz/Agência Brasil

Bahia

O governo anunciou nesta semana o limite de 3 mil pessoas para eventos, incluindo jogos de futebol. Também deve ser respeitada a restrição de uso de metade da capacidade de cada local. Para eventos já são exigidos o passaporte vacinal e o uso obrigatório de máscara.

O requisito da comprovação de vacinação para entrar foi definido também para acesso a bares e restaurantes. Segue obrigatória nesses estabelecimentos o uso de máscaras de proteção facial. O governo do estado também anunciou o cancelamento do carnaval de 2022.

Ceará

Na semana passada foi publicado decreto fixando novas regras para encontros. Eventos em geral foram restringidos para o limite de 500 pessoas em situações abertas e 250 pessoas em locais fechados. As exigências valerão por pelo menos 30 dias a contar de 6 de janeiro.

Os festejos de carnaval também foram cancelados no estado.

Máscara
Governo do Maranhão tornou obrigatório uso de máscaras em locais fechados – Raquel Portugal/FioCruz

Maranhão

O governo do Maranhão editou decreto retomando a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. A regra já existia, mas apenas para os municípios que tivessem menos de 70% da população completamente vacinada.

Amazonas

O governo editou novo decreto segundo o qual ficou proibida a realização de eventos com venda de ingressos. Os encontros privados, como casamentos, aniversários e outros tipos de encontro, ficam limitados a 50% da capacidade do local e a 200 pessoas.

As multas pelo descumprimento das novas obrigações poderão variar de R$ 50 mil a R$ 500 mil.

Amapá

O governo do Amapá editou decreto (Nº 4 de 2022) prorrogando medidas de restrição visando combater a circulação do coronavírus. Eventos em boates e casas de shows devem seguir protocolos como respeito a 50% da capacidade dos locais, exigência de passaporte vacinal e mesas a pelo menos 1 metro de distância.

Eventos esportivos em estádios, ginásios e locais semelhantes devem também respeitar o limite de 50% da capacidade, além de exigir o uso de máscaras.

Eventos sociais em ambientes fechados ou mistos também devem seguir essa limitação, além de poder ocorrer somente no intervalo das 7 h às 2 h. Eventos corporativos também devem ficar restritos à metade da capacidade, com horário das 7 h às 3 h. As mesas devem guardar pelo menos 1 metro de distância entre cada uma.

Bares também precisam respeitar o distanciamento mínimo de 1 metro e de mesas com no máximo seis cadeiras. Igrejas e templos religiosos podem abrir, desde que assegurem distância de pelo menos 1 metro entre cada pessoa.

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Governo de São Paulo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos – Staff Images/Conmebol/Direitos Reservados

São Paulo

Em São Paulo, o governo anunciou o limite de 70% da capacidade para eventos esportivos, como jogos de futebol. Nos demais eventos, a redução da capacidade nessa proporção foi definida como orientação a ser avaliada individualmente pelas prefeituras.

O carnaval da capital paulistano em 2022 também foi cancelado pela prefeitura.

Distrito Federal

Em decreto publicado na quarta-feira (12), o governo do Distrito Federal proibiu eventos com cobranças de ingressos, incluindo shows, festivais e encontros realizados em casas de festas ou estabelecimentos parecidos.

O DF já havia anunciado o cancelamento do carnaval este ano por conta do risco associado à variante Ômicron. A decisão proibiu também eventos públicos ou privados associados à folia, como desfiles de escola de samba e blocos de carnaval.

Pesquisa revela crise no mercado musical gerada pela covid-19

A segunda edição da pesquisa Músicos/as & Pandemia, realizada pela União Brasileira de Compositores (UBC) em parceria com o cRio, laboratório de ideias da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), mostra que 89% dos músicos tiveram perdas em função da pandemia da covid-19, em 2021, e 50% dos trabalhadores do setor perderam toda a sua renda. O cenário sinalizado é de crise continuada.

O levantamento ouviu cerca de 611 músicos associados ou não à UBC e 37 empresas ligadas ao setor de eventos de todos os estados do país, em dezembro último. Entre os artistas, 89% afirmaram que passaram a ganhar menos dinheiro durante a pandemia, alta de 3 pontos percentuais em relação a 2020, quando 86% afirmaram terem sofrido perdas. “A gente percebe exatamente isso, que a pandemia continua afetando o setor da música”, disse hoje (12) à Agência Brasil a coordenadora de Comunicação da UBC, Mila Ventura.

A maior parte dos profissionais ouvidos é formada por homens (84%), contra 15% de mulheres. Em sua maioria, os entrevistados estão na faixa etária de 31 a 50 anos (57%), têm ensino médio (32%) ou superior (27%) e estão distribuídos no Rio de Janeiro (26%), São Paulo (19%), Bahia (11%), Minas Gerais e Rio Grande do Sul (9% cada) e Pernambuco (6%). Os demais estados englobam outros 19%.

De acordo com a UBC, autores, instrumentistas, cantores e produtores são os profissionais mais comuns da cadeia produtiva. A faixa de renda mínima que eles disseram necessitar para se manter varia entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por mês, embora 19% tenham afirmado que precisam arrecadar mais de R$ 5 mil mensalmente, para poderem sobreviver. Entre todos os entrevistados, 46% trabalham unicamente com a música.

Índice anual

A intenção da UBC é criar um índice anualizado para o setor, para sentir o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado, ao longo do tempo. O diretor-executivo da UBC, Marcelo Castello Branco, destacou a importância dos levantamento dos dados e como eles podem nortear a atuação não só da entidade, mas de toda a indústria. “Eles são vitais ferramentas de trabalho para nossas previsões e estimativas. A inteligência de negócios nos ajuda a enfrentar e desafiar estes dias que manual de sobrevivência nenhum especulou”, destacou Castello Branco.

Além dos artistas, a crise atingiu os mais diversos elos da cadeia produtiva do setor. Entre as empresas ouvidas pela pesquisa, 33% tiveram que diminuir os salários dos colaboradores desde que se iniciou o isolamento social, e somente 40% não precisaram demitir funcionários nesse período.

Entre os artistas que tiveram suas receitas totalmente interrompidas devido à covid-19, 50% afirmaram ter perdido 100% do que ganhavam com música antes da pandemia, 25% dos entrevistados perderam até 50% e os 25% restantes tiveram queda de até 80% dos rendimentos.

Apesar da queda brutal de receita, a esperança em dias melhores permaneceu existindo entre os músicos brasileiros: 53% dos entrevistados manifestaram que pretendem continuar trabalhando apenas com música, embora diversificando suas atuações nesse mercado; 30% seguirão se dedicando à carreira da mesma maneira; 3% pretendem seguir no mercado, mas diminuir a atuação com música e focar em outra profissão complementar; e 2% pretendem deixar de trabalhar com música.

O levantamento revela ainda que 46% dos entrevistados têm sua renda totalmente proveniente da música, enquanto 18% já começaram a procurar outras atividades por causa da pandemia, e 35% afirmaram que já tinham outros trabalhos anteriormente.“O que a gente percebe é que tem um percentual da galera que migrou para outros pontos da própria música. Começou a produzir mais. Essa movimentação é bastante interessante. As pessoas começaram a aprender e a mexer em outros setores, além da parte da composição e shows ao vivo, e migraram para outras outras áreas da música para fazer sua renda acontecer”, analisou Mila Ventura.

Resiliência

Em relação ao baixo percentual (2%) dos profissionais que pretendem deixar de trabalhar com música, a análise de Mila é que isso reflete a resiliência e o amor à profissão dos entrevistados. “Quem trabalha com música é com muita paixão e entende que essa é a única maneira de se expressar para o mundo”.

A maioria dos consultados confia no retorno positivo das plateias nas apresentações ao vivo: 39% acham que os eventos terão grande adesão de público devido à demanda reprimida do isolamento social; 34% acreditam que shows e eventos terão adesão controlada, seguindo os protocolos das agências sanitárias; e 11% afirmaram que apresentações ao vivo terão baixa adesão de público devido ao medo de novas variantes.

Mila Ventura chamou a atenção que as informações para a pesquisa foram coletadas em dezembro, quando não se tinha a visão de crescimento da variante Ômicron e ainda havia uma perspectiva mais favorável do que hoje. “Os resultados são negativos, mas ainda não se tinha a visão que temos hoje de crescimento da Ômicron, cancelamento do carnaval de rua e de eventos previstos para janeiro e fevereiro. Eu acho que seria ainda pior se a gente repetisse a pesquisa hoje”, comentou a coordenadora de Comunicação da UBC. “Os impactos seriam maiores, porque já têm muitos shows cancelados. Eu vislumbro uma perda ainda maior, com a quantidade de shows e de eventos cancelados”.

A União Brasileira de Compositores (UBC) foi fundada em 1942. É uma associação sem fins lucrativos, dirigida por autores, cujo objetivo principal é a defesa e a promoção dos interesses dos titulares de direitos autorais de músicas e a distribuição dos rendimentos gerados pela sua utilização, bem como o desenvolvimento cultural. A entidade representa mais de 40 mil associados, entre autores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras.

Caso Beatriz: MPPE solicita perícias complementares à Polícia Civil

Logo após ser comunicado pela Polícia Civil de Pernambuco sobre a identificação de um suspeito de matar a menina Beatriz Mota com base em testes genéticos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) requisitou providências imediatas para assegurar a ouvida do suspeito, a proteção à sua integridade física e a realização de novas perícias complementares. As informações foram detalhadas pela promotora de Justiça Ângela Cruz, coordenadora do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) que acompanha o caso e do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO Criminal), durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (12), na sede da Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS).

“Assim que tivemos conhecimento de que um suspeito havia sido identificado pelo perfil genético, que é uma prova técnica relevante, entramos em contato com os delegados responsáveis pela investigação. Ainda ontem (11) delegados gravaram o depoimento do homem, ao qual já tivemos acesso. O Ministério Público está devolvendo o inquérito à Polícia Civil, para que sejam juntadas mais informações. Sabemos que a Polícia fará o trabalho requisitado de forma responsável, com foco na apuração dos fatos. E ao receber o relatório final da investigação, o MPPE vai analisar o inquérito e apresentar, no tempo devido, a sua manifestação”, destacou Ângela Cruz.

A coordenadora ressaltou ainda que o GACE está analisando minuciosamente os 24 volumes do inquérito policial a fim de compreender não apenas o crime, mas também as circunstâncias correlatas, com base em evidências científicas robustas que permitam a realização da persecução penal e uma eventual condenação perante o Tribunal do Júri.

Já o secretário de Defesa Social, Humberto Freite, descreveu na coletiva o trabalho pericial desempenhado pela Polícia Científica para chegar ao resultado técnico que apontou o autor do crime, um homem que já cumpre pena no sistema prisional de Pernambuco pela prática de estupro de vulnerável. Ele informou que, apesar do importante passo que foi a identificação do suspeito, as investigações continuam.

“Reafirmei ao procurador-geral o nosso compromisso de remeter todos os documentos e diligências requisitados pelo MPPE. A prova científica e a confissão do acusado permitiram o indiciamento, mas vamos prosseguir trabalhando em conjunto com a Instituição”, assegurou Freire.

O secretário de Defesa Social e a promotora de Justiça Ângela Cruz se reuniram com os pais de Beatriz, Lucia Mota e Sandro da Silva, pouco antes da coletiva de imprensa.

Linha do tempo – Em 10/06/2016 a Procuradoria Geral de Justiça instituiu grupo de trabalho para acompanhar o caso. O GT instaurou o Procedimento de Investigação Criminal nº 01/2016 em 13 de junho de 2016 para acompanhar as investigações.

Em 27/12/2017, devido à demora na conclusão das investigações, o MPPE requisitou os autos de Inquérito Policial para análise, ocasião em que devolveu à Polícia Civil com 10 requisitórios.

Em 2019, o Inquérito Policial foi remetido ao Ministério Público, sem que se conseguisse estabelecer a autoria criminosa, sendo igualmente devolvido à Polícia Civil com diversos requisitórios.

Em agosto de 2021, em substituição ao Grupo de Trabalho, foi criado o Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE), para acompanhar e fiscalizar as investigações, além de adotar diligências investigativas como complementação do trabalho investigativo policial.

Durante todo esse período, o GT e o GACE realizaram reuniões periódicas para análise dos autos do inquérito e planejamento de ações; se reuniram com as autoridades policiais que presidiram as investigações e com a Chefia da Polícia Civil; apresentaram dezenas de requisitórios em 26 oportunidades.

Caixa abre linha de crédito específica para pescadores artesanais

Pescador, peixe , tarrafa, rede de pescaria

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (12) o lançamento de uma nova linha de crédito voltada a pescadores artesanais enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O evento foi realizado no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Jair Bolsonaro, do presidente do banco, Pedro Guimarães, além ministros e autoridades do governo federal.

Serão duas modalidades de financiamento. Na linha de custeio, será possível contratar até R$ 250 mil e o recurso pode ser utilizado para financiamento das despesas relacionadas à captura do pescado e conservação das embarcações e equipamentos.

Na linha de investimento, o pescador pode financiar até R$ 200 mil para aquisição e reforma de máquinas e equipamentos, bem como para construção, ampliação e benfeitorias em estruturas para o trabalho.

Com taxa de juros a partir de 3% ao ano, o prazo para reembolso do empréstimo é de até 12 meses na modalidade de custeio da atividade pesqueira e de até 120 meses para quem contrata os recursos para investimento.

Para as duas modalidades, segundo a Caixa, o crédito pode ser solicitado por pescadores que atuam como pessoa física ou jurídica detentores de Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ou inscritos no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

Segundo o banco, as linhas vão contribuir para o desenvolvimento da economia nas regiões próximas à costa, rios e lagos, e ajudar na profissionalização dos pescadores.

“Como, me explica, um país com mais de 8,5 mil quilômetros de costa, com o maior rio do mundo, com água em abundância, com 74 lagos de hidrelétrica, é importador de pescado? Lógico, a Caixa Econômica não financiava o nosso setor”, destacou o secretário especial da Pesca e Aquicultura, Jorge Seif Jr., ao comemorar as novas linhas de financiamento.

Para o presidente da Caixa Econômica Federal, os financiamentos serão concedidos a trabalhadores que já têm renda própria, mas não contavam com linhas de financiamento específicas para as necessidades do setor.

“O que eles querem? São empréstimos empréstimos de R$ 5 mil, R$ 8 mil, para poder comprar uma geladeira”, exemplificou Pedro Guimarães. Segundo ele, por falta de equipamentos como geladeira, para conservação do pescado, o trabalhador permanece em alto mar muito menos tempo do que poderia.

“Se você tiver uma geladeira no barco, para fazer gelo, na verdade, ele passa uma semana [no mar]. A gente está falando de crédito de R$ 3 mil, R$ 4 mil, para quem já tem renda”, acrescentou.

Fazendas marinhas
Durante a cerimônia, o governo também anunciou a cessão de uso de águas de domínio da União para instalação da primeira piscicultura marinha do Brasil, no litoral da Bahia. O empreendimento é da empresa Forever Oceans, que contará com investimento internacional para criação de peixes por meio da implantação de tanques submersos no mar.

O projeto prevê, segundo o Ministério da Economia, a implantação de “fazendas marinhas ambientalmente sustentáveis, economicamente escaláveis e com tecnologia para produzir peixes de alto valor”. O projeto pioneiro prevê a produção de oito mil toneladas por ano e geração de 91 empregos diretos em cada área.

A primeira área destinada está avaliada em R$ 17,8 milhões e possui 331 mil metros quadrados (m²). Ela abrange os municípios de Maraú, Uruçá, Itacaré e Ilhéus. Já a segunda, avaliada em R$ 33 milhões, possui 298 m² e está localizada no município de Ilhéus. Ao todo, os ativos entregues somam R$ 51,1 milhões, totalizando 639,5 mil m².

A produção começará por uma espécie de peixe nativa, a Seriola rivoliana, conhecida popularmente como olho-de-boi, arabaiana e remeiro. Segundo Jorge Seif, trata-se da “primeira psicultura marinha em escala industrial do Brasil.”

A cerimônia também marcou a assinatura de outros 231 contratos de cessão de uso de águas da União.