Covid-19: nove vacinas estão em fase de testes no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou recentemente os testes clínicos no Brasil de uma nova vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica Sanofi Pasteur. Ao todo, serão testados 150 voluntários brasileiros nos estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. 

Além da Sanofi Pasteur, outras oito vacinas estão sendo testadas em voluntários brasileiros, com autorização da Anvisa: Butanvac (Butantan); Chadox 1 NCOV19; Coronavac (Butantan); Clover; Covaxin (Precisa); Jassen Vaccine; Medicago e Comirnaty (Pfizer). Os detalhes estão disponíveis no link.

Em nota, a Anvisa informa que “a autorização de uma pesquisa clínica está baseada em dois pontos centrais: a segurança para os voluntários da pesquisa e a capacidade do desenho do estudo em produzir dados confiáveis e verificáveis. Para análise de um estudo clínico, a Anvisa se baseia nos dados pré-clínicos e em outras informações disponíveis sobre a vacina candidata”.

“Após a autorização, o laboratório pode iniciar a vacinação dos voluntários. Os centros participantes da pesquisa são responsáveis pelo monitoramento destes voluntários e pelo relato dos eventos adversos ocorridos durante a pesquisa. Os eventos adversos graves devem ser notificados de forma imediata para a Anvisa. Outros eventos devem ser relatados nos relatórios de pesquisa”. 

Ainda de acordo com a Anvisa, “o tempo de duração dos estudos depende diretamente dos laboratórios e de fatores inerentes ao próprio processo de pesquisa. Das nove vacinas em testes no Brasil, quatro ainda não solicitaram autorização de uso emergencial ou registro no país: Clover, Medicago, Covaxin e Sanofi Pasteur”.

Passo a passo dos testes

A infectologista e especialista em vacinas do Exame Imagem e Laboratório/Dasa, Maria Isabel de Moraes Pinto, explica que antes de iniciar os testes em seres humanos, os laboratórios devem realizar os testes pré-clínicos em células, para detectar os antígenos mais importantes (do vírus ou da bactéria) que serão utilizados nas vacinas. Em seguida, é necessário realizar os testes em animais e, preferencialmente, publicar os resultados.

Assim que a vacina se mostrar segura para aplicação em humanos, iniciam-se os testes clínicos, que são divididos em três fases.

“Na fase um, testa-se a segurança da vacina em um número pequeno de indivíduos sadios. Na fase dois, passa-se a avaliar diferentes doses da vacina, continua-se avaliando a segurança e também a capacidade dessa vacina de produzir anticorpos e células que possam ser importantes na resposta à vacinação. E, se a fase dois tem bom resultado, passa-se para a fase três, em que se avalia a eficácia da vacina”, explica Maria Isabel de Moraes.

De acordo com o infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, Victor Bertollo, na fase dois, o número de voluntários aumenta e passa a contemplar pessoas do grupo alvo da imunização, como crianças, idosos ou população em geral, e não apenas indivíduos sadios.

A especialista em vacinas Maria Isabel de Moraes explica que, na fase três, os pesquisadores selecionam um grupo de controle que não é vacinado (ou é vacinado com um imunizante completamente diferente) e um grupo que recebe a dose da vacina a ser testada. Em seguida, eles observam os resultados para descobrir qual é a capacidade da vacina de diminuir os casos de determinada doença no grupo vacinado, em comparação com aqueles que não receberam o imunizante.

A infectologista Maria Isabel de Moraes esclarece que os laboratórios precisam apresentar atestados e evidências de boas práticas para que tenham autorização da Anvisa para realizar os testes clínicos das vacinas.

“Se é uma vacina inativada, tem que mostrar como aconteceu o processo de inativação; se é uma vacina com vírus vivo atenuado, tem que mostrar como isso é feito e provar que realmente esses testes são feitos de maneira adequada. Se tratar de ensaios de fase três mais adiantados, tem que mostrar os resultados de fase um e dois e também os resultados de testes pré-clínicos.”

De acordo com a especialista, esse passo a passo dos testes clínicos é válido para todas as vacinas. “Na situação de pandemia, temos utilizado muitas vezes um ensaio de fase 1/2, ou seja, testamos a segurança, mas também testamos diferentes doses de vacina, enquanto vemos a produção de anticorpos. Sempre de maneira mais ágil, mas não perdendo a capacidade de avaliar adequadamente essa vacina”, acrescenta.

O infectologista Victor Bertollo ressalta que as fases um e dois dos testes clínicos não precisam ser realizadas necessariamente no Brasil. Mas o laboratório precisa apresentar os resultados, caso queira iniciar os testes da fase três com voluntários brasileiros. 

Efeitos Adversos

Segundo o infectologista Victor Bertollo, os eventos adversos são monitorados ao longo de todas as etapas. “Na fase um e dois, consegue-se identificar, principalmente, os eventos comuns e muito comuns, que são dor no local da aplicação, mal-estar, febre, algumas reações inespecíficas autolimitadas”, explica.

Nos casos de efeitos adversos graves, ocasionados principalmente na fase três – quando o número de voluntários é maior -, a Anvisa deve ser comunicada imediatamente para que o caso seja avaliado. 

“Pode ocorrer alguns eventos graves, não necessariamente causados pela vacina. Também é necessário ter um comitê externo à pesquisa, para que ele possa realmente fazer uma análise isenta do evento e dizer se o estudo poderá dar seguimento ou não.”

“Primeiro: fazer o desenho do caso; ver se era, por exemplo, do grupo que estava sendo vacinado ou se era do grupo placebo. E segundo: fazer uma análise do evento adverso, para ver se existe uma possível relação de causa e efeito, ou seja, se é possível que essa vacina, que está sendo testada, possa ter sido a causa do evento adverso.”

Vacinômetro

Dados do Ministério da Saúde mostram que 83.989.928 brasileiros tomaram a primeira dose de alguma vacina contra a Covid-19 (40% da população do país) e 30.607.941 já tomaram a dose de reforço (14,5%).

Ao todo, já foram distribuídas 147.335.318 doses de imunizantes contra o coronavírus aos estados brasileiros. Os dados são da manhã desta segunda-feira (12).

Vacinados contra a Covid-19 devem ficar atentos para não perder o prazo da D2

Foto: Janaína Pepeu

Quem ainda não tomou a 2ª dose deve ficar atento(a) ao prazo anotado no comprovante de vacinação. A Secretaria de Saúde de Caruaru reforça ainda que o município garante a aplicação das D2, que estão armazenadas e aguardam a data de aplicação.

Atualmente, é possível fazer a antecipação da 2ª dose (D2) da AstraZeneca/Fiocruz para aquelas pessoas que já completaram 60 dias da aplicação da 1ª dose e que receberam o imunizante nos meses de abril e maio. Para antecipar a vacina, precisa realizar o agendamento no site vacina.caruaru.pe.gov.br ou pelo número 0800 281 7080.

Já quem tomou CoronaVac/Butantan e Pfizer/Wyeth não precisa agendar. Basta comparecer, no dia marcado, a um dos Centros de Vacinação Covid-19, no mesmo horário que recebeu a 1ª dose. É necessário apresentar documento oficial com foto, cópia do CPF, comprovante de vacinação e Cartão Nacional do SUS (CNS).

O secretário de Saúde de Caruaru, Breno Feitoza, explica sobre a importância de tomar a 2ª dose. “Realizamos busca ativa porta a porta e estamos conscientizando as pessoas sobre a importância da 2ª dose para completar o esquema vacinal. Apenas com as duas doses do imunizante é que a vacina terá a eficácia que é garantida pelo laboratório, e só com a vacinação é que podemos evitar mortes e casos graves da doença”, disse.

Os Centros de Vacinação, localizados na Escola Josélia Florêncio e na Escola Professor Machadinho, funcionam de segunda a sexta, das 7h às 16h30. Já o Centro de Vacinação, que fica no Espaço Cultural Tancredo Neves, está aberto de domingo a domingo, das 7h30 às 16h30.

Pfizer pede inclusão em bula da indicação de vacina para crianças

FILE PHOTO: Vials of the Pfizer-BioNTech vaccine against COVID-19

A Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) divulgou nota, ontem (12), informando que, até o momento, somente a Pfizer solicitou a inclusão em bula da indicação da vacina contra a covid-19 para crianças com 12 anos ou mais.De acordo com a agência, o pedido já foi autorizado e a indicação para esta faixa etária incluída na bula da vacina Comirnaty.

A Anvisa informou, ainda, que “não há solicitação do Instituto Butantan para alteração de bula da CoronaVac e inclusão de crianças e adolescentes. Portanto, não há pedido dependendo de análise da Anvisa”.

“A competência para solicitar a inclusão de novas indicações na bula é do laboratório, e deve ser fundamentada em estudos que sustentem a indicação pretendida tanto em relação aos aspectos de segurança como de eficácia”, informou a Anvisa.

Acrescentou que, desde o início do ano passado, a Anvisa tem realizado um troca de informações frequentes com os laboratórios envolvidos no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, assim como tem acompanhado todas as publicações científicas sobre o tema. Porém, não há pedido de aprovação da CoronaVac para esta faixa etária.

“A decisão sobre o registro e alterações no pós-registro de uma vacina ou medicamento é da área técnica. Para as vacinas em uso emergencial esta decisão é da diretoria colegiada”, explicou a Anvisa.a

No Dia do Rock, Brasília resgata memórias do ritmo em rota turística

Guitarras, baterias, sons e emoções no último volume. “Imagine ficar no exato local onde começou a banda Aborto Elétrico, a Legião Urbana, Capital Inicial, a Plebe Rude… Imagine saber o endereço onde começou aquela história”. A imaginação do músico Philippe Seabra, guitarrista de Plebe Rude, foi uma das responsáveis por tirar do papel um projeto de demarcar os endereços que fizeram Brasília (ou todo o Distrito Federal) ficar conhecida como a Capital do Rock. 

Justo nesta terça (13), Dia Mundial do Rock, o governo local inicia a implantação de placas de informação em 15 desses lugares. Ao todo, serão 41. Não à toa este roteiro foi batizado de Rota do Rock. Seabra é o curador dessa iniciativa – que tem recursos público-privados – para que, mesmo quando houver silêncio, os sons da memória toquem mais alto.

“Desde a década de 1960, tinham bandas de rock na cidade, como Os Primitivos, ou Os Régis, por exemplo. Com o Teatro Nacional ainda sendo construído, em 1966, eles já estavam tocando. Isso é muito clássico”, pontua Seabra.  Ele entende que nessa Brasília, de endereços diferentes, de ruas batizadas por números de quadras da Asa Sul e da Asa Norte, o rock está por toda parte. “A preservação é um legado que quero deixar para o meu filho para que essa história não desapareça. Sem dúvida, Brasília ainda é a Capital do Rock”.

Influências

Entre o final da década de 1970 e início dos anos 1980, aqueles jovens, inspirados pelas novidades do punk rock norte-americano, inventaram uma forma de fazer o ritmo com temas brasileiros. Encontravam-se nas garagens de casa e do prédio para fazer suas canções. “Desde muito pequeno, aquilo me chamava atenção, a partir da adolescência. Aquele movimento mudou a história do rock brasileiro. Plebe Rude, inclusive, chega em 2021 também aos 40 anos de história”, diz o guitarrista.

A secretaria de Turismo do Distrito Federal explica que, quando o visitante chegar a um desses locais, poderá conhecer um resumo da história que aconteceu ali a partir de um QR Code que estará visível no local. As placas terão iconografia e identificação por uma nota musical.

Nesta terça (13), é inaugurada a placa da Torre de TV. Ainda nesta semana, outras 14 peças serão colocadas, em lugares que já são espaços turísticos, como a Ermida Dom Bosco, mas também em frente a prédios que poderiam passar despercebidos por quem não conhece os detalhes. No conjunto residencial da Colina, onde residem professores e estudantes da Universidade de Brasília, por exemplo, aqueles jovens roqueiros se reuniam para compor e tocar, e assim ficaram famosos como “Turma da Colina”.

A Colina, na Universidade de Brasília, é um dos pontos da Rota do Rock.
A Colina, na Universidade de Brasília, é um dos pontos da Rota do Rock. – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aliás, esse é um dos locais destacados pela irmã de Renato Russo, a professora e cantora Carmen Manfredini (assista também à entrevista na TV Brasil). “Eu acho que há vários lugares marcantes que influenciaram a obra do Renato e que o incentivaram a compor as músicas. Entre eles, a Colina. Eles fizeram muitas coisas juntos, com o que viria a ser o Capital Inicial. Foi um dos lugares embriões da formação do Aborto Elétrico, que foi a banda punk deles, em 1977”.

Quem for lá vai saber mais como eram os encontros dos músicos que começaram a tocar nos gramados e nas entrequadras e ganharam os palcos de todo o país. Para se ter uma ideia, pelo menos 26 bandas da cidade chegaram às grandes gravadoras nos anos 80 e 90. Fora do Plano Piloto, Philippe Seabra, diz que há espaços que fazem parte da história em cidades como Guará, em Taguatinga e no Gama, que receberam shows inaugurais dessas bandas.

Pertencimento

Pesquisador pela Universidade de São Paulo (USP), o historiador Daniel Savillano estudou no doutorado o fenômeno do rock dos anos 1980. Ele explica que a capital foi influenciada por uma série de conjunturas e que o rock passou a ser parte da identidade cultural da cidade.

“Essa circulação de ideias em Brasília foi marcante também pela origem desses jovens, de classe média. Essa é uma construção de capital do rock e isso faz parte da cultura nacional”. Para ele, o rock foi uma expressão da época que tem relação com o momento histórico e precisa ser resgatada. “A memória, de fato, precisa ser preservada. Isso cria uma ideia de pertencimento. Afasta a ideia apenas de que Brasília tem apenas prédios administrativos. Esse resgate de toda obra é fundamental”.

Carmen Manfredini concorda que a iniciativa é essencial. “Uma das características do nosso país é não preservar. Mesmo que seja recente, a memória se apaga. É mais do que bem-vinda. Incentiva a educação nos adolescentes e também nas crianças sobre quem foram esses músicos”. Philippe Seabra entende que a Rota do Rock poderá mobilizar os atuais jovens roqueiros a se interessarem mais pelo legado daqueles que começaram a construir essa história.

Novo programa social deve ser lançado em novembro

O ministro da Cidadania, João Roma, disse durante uma entrevista no programa A Voz do Brasil, que um novo programa social deve ser lançado em novembro, após o fim do pagamento da última parcela da prorrogação do auxílio emergencial. “Nós pretendemos transformar os programas de transferência de renda em um programa social mais robusto, com várias ações integradas. Será uma política pública, portanto, que abrirá caminho para a autonomia e emancipação do cidadão”, disse.

Segundo o ministro, o novo programa vai além do atual Bolsa Família, porque integra outras ações sociais do governo federal e vai incluir programas como a aquisição de alimentos que, segundo Roma, virá para “fortalecer o quesito de segurança alimentar e nutricional”, de capacitação, de empreendedorismo e de microcrédito. “O que nós queremos oferecer ao cidadão é ir além de uma teia de proteção para sua situação de vulnerabilidade, mas também oferecer todas as ferramentas do estado brasileiro para que ele possa alcançar maior condição e uma melhor qualidade de vida para si e para sua família”, explicou.

Auxílio emergencial
O ministro também explicou sobre a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial e disse que o calendário com as datas da extensão de três meses do auxílio deve ser divulgado na próxima semana. “Todos os que já estão recebendo vão receber normalmente a extensão de 3 meses do auxílio. As parcelas serão pagas em agosto, setembro e outubro e todos os beneficiários que cumprem os requisitos na medida provisória serão contemplados. Hoje contemplamos quase 40 milhões de beneficiários [do auxílio emergencial] em todo o Brasil”.

Para pagar a prorrogação de três meses do auxílio emergencial, o Ministério da Cidadania recebeu um crédito extraordinário de mais de R$ 20 bilhões.

Roma destacou que, junto com a Polícia Federal, Caixa Econômica Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União, é feito um esforço coletivo para se combater as fraudes. “Esse trabalho integrado é essencial para combater com eficiência os criminosos que tentam fraudar o pagamento do auxílio”. O ministro também disse que o cidadão pode denunciar irregularidades por meio da conta digital www.cidadania.gov.br/auxilio.

Incentivo ao esporte
O ministro, que participará da abertura das Olimpíadas de Tóquio, disse que o governo federal é o maior incentivador do esporte de alto rendimento. “Em maio deste ano divulgamos a maior lista da história do programa [Bolsa Atleta], com mais de 7.190 atletas contemplados, com um orçamento de R$ 145 milhões.”

Segundo Roma, dos 297 atletas brasileiros que estão com o nome confirmado para Tóquio, entre as 212 vagas olímpicas do Brasil em Tóquio, 236 recebem o Bolsa Atleta e em 18 das 33 modalidades com participação brasileira, 100% são bolsistas. Nos Jogos Paralímpicos, dos 232 atletas convocados, 222 são bolsistas. “O total dos investimentos do governo federal no programa neste ciclo olímpico entre Rio 2016 e Tóquio 2020, é de quase R$400 milhões.”

Dólar cai pela primeira vez no mês e fecha a R$ 5,17

dólar

Em um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu pela primeira vez no mês e voltou a ficar abaixo de R$ 5,20. A bolsa de valores recuperou-se de quedas recentes e subiu quase 2%, voltando aos 127 mil pontos.

O dólar comercial encerrou a segunda-feira (12) vendido a R$ 5,174, com recuo de R$ 0,065 (-1,75%). A moeda começou o dia em alta, chegando a R$ 5,27 nos primeiros minutos de negociação, mas a cotação começou a recuar ainda durante a manhã, acompanhando o mercado externo.

A divisa acumula valorização de 4,04% em julho, mas voltou a registrar queda no acumulado do ano. Em 2021, o dólar tem pequeno recuo de 0,2%.

Na bolsa de valores, o dia também foi marcado pelo otimismo. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 127.594 pontos, com alta de 1,73%. O indicador recuperou-se das perdas da semana passada, quando tinha acumulado recuo de 1,72%.

Apesar das tensões políticas no Brasil, o mercado recuperou-se motivado tanto por fatores internos como externos. No mercado internacional, as bolsas americanas voltaram a bater recorde, com o avanço da imunização contra a covid-19 em diversos países e a divulgação de lucros elevados de diversas empresas norte-americanas.

No Brasil, a expectativa de mudanças na reforma tributária, cujo relatório está previsto para ser apresentado amanhã (13), animou os investidores. A expectativa de que o Banco Central continue a elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) para segurar a inflação também atraiu recursos externos.

TJPE instala Escritório de Processos Corporativos

Imagem mostra mãos em uma mesa de trabalhos com pessoas munidas de canetas, lápis, calculadoras debruçadas sobre a mesa coberta de papéis

 

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) iniciou neste ano a operação de seu Escritório de Processos Corporativos, órgão integrante da Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica (Eproc/Coplan). Implantado no último dia 03 de maio, a iniciativa, regulamentada pela Resolução nº 452/2021, almeja fomentar a gestão dos processos corporativos (fluxos ou rotinas de trabalho) na Justiça, em convênio com o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIN-UFPE), em um período de dois anos. “Com todo o apoio institucional da Diretoria Geral do TJPE, abrimos as portas à Educação para que mestrandos e doutorandos colaborem com o EPROC, o que se refletirá em toda o Judiciário”, afirma a coordenadora da Coplan/TJPE, Lívia Leite Mota.

A coordenadora explicita que o EPROC irá alinhar seus conhecimentos ao novo Planejamento Estratégico 2021-2026 do Poder Judiciário estadual, que começa a vigorar a partir do 2º semestre de 2021. “Para definir a metodologia de trabalho, os acadêmicos terão o TJPE como um estudo de caso, ao mesmo tempo que transferirão seus conhecimentos ao nosso corpo funcional de forma permanente”, diz Lívia Mota. Mais precisamente, os primeiros a receberem essa expertise serão os três servidores selecionados para integrar o EPROC/COPLAN, e, após a implantação legal do Planejamento Estratégico, todos os integrantes do Poder por meio de diagnóstico, análise, aplicação de melhorias e acompanhamento dos resultados em cartórios judiciais, e setores administrativos.

“O órgão que irá acionar o escritório para que atue nos setores será o Conselho de Governança do TJPE”, detalha a dirigente da Coplan. O Conselho, regido pelo Ato Conjunto nº 01, de 19 de janeiro de 2021, é composto pelo presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira, e pelo corregedor geral da Justiça, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueiredo, dentre outras autoridades. A norma também cria o Programa de Governança Institucional do TJPE que prevê no Art.1º, II, como uma de suas quatro atribuições, “a implementação e manutenção de processos de trabalho, estruturas e mecanismos adequados à incorporação dos princípios e das diretrizes de governança institucional”.

Em um breve resumo, na área jurisdicional, o escritório visa o alcance de uma maior produtividade e agilidade processual, e na área administrativa; uma maior eficácia nas rotinas de aquisição de insumos, e nas políticas de valorização funcional. Em relação a pessoas, o EPROC/COPLAN já registra um fato positivo em sua história. De acordo com a Secretaria de Gestão de Pessoas, o Edital nº 02/2021, que regulamentou a seleção de servidores para o setor, foi o mais disputado dentre os já lançados no Tribunal, pois somou 30 inscritos. “Tivemos dificuldade em escolher apenas três. Os currículos eram muito além da média”, declara Lívia. Os selecionados no certame, e atualmente lotados no Escritório, foram: Fernando Antônio Marçal Garcia, que atuava na 2ª Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Olinda; Flávio José Ferreira Júnior, lotado anteriormente na Secretaria de Tecnologia da Informação; e  Malu Xavier da Silva, que integrava a Diretoria de Infraestrutura do Tribunal.

Sair da zona de conforto – Para Fernando Garcia, ser um dos três selecionados para atuar no EPROC/COPLAN “foi uma sensação incrível, de reconhecimento, para mim mesmo, pois sabia que iria sair de uma zona de conforto – um ambiente onde atuava há 8 anos – para atingir um alvo muito novo e bem desafiador”. Fernando tem formação em Análise de Sistemas, com mestrado em Bioinformática, e Doutorado (em andamento) na área de processos ambientais com modelagem em IA (Inteligência Artificial). Paralelamente a sua atividade como analista judiciário no TJPE, Fernando presta consultoria nas áreas de projetos de redes de Telecomunicações, e de Gestão de Processos de Negócios.

Tecnologia da Informação e Gestão de Processos – A mestre e doutora em Ciência da Computação, e coordenadora da equipe acadêmica, que atuará junto ao EPROC/TJPE, Jéssyka Vilela, explica que o Centro de Informática da UFPE “possui experiência com o desenvolvimento de projetos de pesquisa, e de inovação em parcerias com diversas instituições nacionais e internacionais.” Ela explica que estruturar um setor como o EPROC/COPLAN no TJPE envolve múltiplas competências. “A gestão de processos perpassa o desenvolvimento de sistemas de informação que apóiam a execução dos processos de negócio sendo, assim, uma área estudada pela Informática”.

A pesquisadora enumera os objetivos com a implantação do escritório no TJPE através da consultoria do CIN/UFPE: redução de custos operacionais; otimização de processos; ganho de produtividade; promoção do entendimento dos fluxos de trabalho transversais aos setores; provimento de insumos para o desenvolvimento; aquisição de sistemas de informação; e definição de indicadores de desempenho, com base no Planejamento Estratégico da instituição.

Entre os acadêmicos participantes do convênio EPROC/COPLAN e CIN/UFPE estão as mestres e doutoras em Ciência da Computação pela Universidade Federal, Carla Silva e Mariana Peixoto, e a mestre Jessyca Lorena. O aluno do 7º período do curso de Sistemas de Informação, Giovanni Correa, integra a equipe como estagiário.

“Ao optar por um convênio onde especialistas irão realizar uma imersão no Poder Judiciário para produzir suas pesquisas, o Tribunal de Justiça demonstra a pretensão de reter o conhecimento, investindo em múltiplas competências acadêmicas,e profissionais; ou seja, atuando de forma multidisciplinar, com diversidade de talentos e espírito de equipe; fatores que enriquecem todo e qualquer ambiente corporativo”, afirma a coordenadora da Coplan, Lívia Mota.

Promotoria recomenda aperfeiçoamento do site de agendamento da vacina em Santa Cruz do Capibaribe

Após tomar conhecimento sobre uma grande inconsistência no acesso ao site oficial de Santa Cruz do Capibaribe para o cadastro e agendamento da vacina contra a Covid-19, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio de Promotoria de Justiça local, recomendou ao prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Fábio Queiroz Aragão, e à secretária de Saúde, Lívia Maria Borba Danda, que promovam, no prazo de 20 dias, a correção e o aperfeiçoamento da página, diligenciando no sentido de não ocorrerem erros no sistema de fluxo dados, evitando-se o travamento do sítio eletrônico e o pronto recebimento dos cadastros. 

Os gestores também deverão diligenciar o suporte de tecnologia no sentido de eliminar inconsistências do site oficial, criando, caso possível, um canal próprio para aqueles que desejam realizar o pré-cadastro e outro para o devido agendamento, como ocorre em outros municípios, evitando assim que todos os cidadãos utilizem o mesmo espaço virtual, gerando tráfego de dados incompatível com a capacidade do sistema. 

Os cidadãos também deverão ser informados nos sítios oficiais quanto a eventuais inconsistências, a fim de evitar que a população procure fisicamente os pontos de vacinação, gerando aglomerações desnecessárias e indesejadas. 

A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Santa Cruz do Capibaribe ainda recomendou aos gestores que realizem a ampliação das faixas etárias de vacinação apenas quando houver, de fato, suporte para ampla cobertura vacinal do grupo atual, devendo utilizar como referencial o número de pessoas por faixa etária previsto nos censos oficiais. A medida ocorre após o MPPE tomar conhecimento de que, apesar da progressão no site oficial (reduzindo a faixa etária para maiores de 37 anos), pessoas com mais de 44 anos sequer conseguiram realizar pré-cadastro, tampouco o agendamento. 

Por fim, a Promotoria de Justiça recomendou aos gestores que evitem a ampliação da faixa etária de maneira imprudente, uma vez que, a reiterada frustração gerada pela falta de doses e pelas inconsistências do site oficial geram dissabor e insatisfação nos munícipes. 

A Recomendação, firmada pelo promotor de Justiça Lúcio Carlos Malta Cabral, foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta segunda-feira (12/07).

Inscrições para estudar roteiro nos EUA vão até o dia 23

A CAPES prorrogou o prazo de inscrição para a seleção de dois roteiristas que irão cursar o mestrado profissional nos Estados Unidos. Os interessados devem preencher um formulário no site da Comissão Fulbright Brasil até as 23h59 de 23 de julho. A divulgação do resultado está prevista para setembro deste ano, e o início das atividades para agosto de 2022.

As bolsas terão duração de até 21 meses. Os custos serão repartidos entre a Fundação brasileira e a Comissão estadunidense. A CAPES pagará as taxas acadêmicas e administravas. Já a Fulbright arcará com valor mensal variável, a depender do campus e de decisão do governo americano, além de seguro-saúde, passagem aérea internacional de ida e de volta na classe econômica e auxílio-instalação de US$1 mil.

O Edital nº7/2021 é parte do Programa CAPES-Fulbright – Master of Fine Arts (MFA) in Screenwriting e está disponível no site da CAPES. Para se candidatar, é necessário ter nacionalidade brasileira, ser bacharel em curso de no mínimo quatro anos, ter experiência comprovada na área de elaboração de roteiros para produções audiovisuais, não ser mestre ou doutor e não ter outra bolsa. É necessário, ainda, comprovar nível de proficiência na língua inglesa, por meio do TOEFL IBT, com no mínimo 102 pontos, ou IELTS, com pontuação de ao menos 7. A documentação exigida está no edital.

Eventuais dúvidas no momento da inscrição devem ser encaminhadas até três dias úteis antes do fim do prazo para cinema@fulbright.org.br. O e-mail para contato da CAPES em relação a esse programa é o fulbright@capes.gov.br.

Sobre o programa
O Programa CAPES-Fulbright – Master of Fine Arts (MFA) in Screenwriting é fruto da parceria entre a CAPES e a Comissão Fulbright. Os objetivos incluem proporcionar a formação qualificada de profissionais brasileiros, complementar a formação técnica e especializada na formação de roteiristas para a produção audiovisual, estreitar as relações bilaterais entre Brasil e EUA na área e dar maior visibilidade à produção audiovisual, tecnológica e cultural do País.

Erick Lessa destina emenda para instalação de poços na área rural de Caruaru

O deputado estadual Erick Lessa se reuniu com o secretário de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, Claudiano Filho, na quarta-feira (07). Durante a reunião, foram abordadas questões técnicas a respeito da instalação de três poços artesianos na área rural de Caruaru. No total, o parlamentar destinou emendas de R$ 64 mil, para a instalação dos equipamentos nos sítios Barbatão, Itaúna e Riacho Doce.

Segundo o deputado, a medida parte de reivindicações de moradores de localidades rurais. “Conheço de perto a realidade da gente que vive no campo. Sei da força e da garra dessas pessoas, que precisam de uma maior atenção do poder público. Vamos seguir, unindo forças para garantir mais desenvolvimento para a nossa região”, disse.

De acordo com o parlamentar, o secretário se mostrou sensível à causa e se comprometeu a destravar questões burocráticas, com o intuito de agilizar a execução das obras.