Média de mortes por covid-19 no país recua pelo terceiro dia

Dispositivo de respiração artificial especial em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O Brasil registrou ontem (4) um recuo no número diário de mortes por covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, segundo a média móvel de sete dias divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O levantamento da Fiocruz mostra que a média registrada ontem chegou a 2.747, abaixo do recorde de 3.117 óbitos apurado em 1º de abril.

Mesmo com a queda, a média diária de mortes é quase o dobro da registrada um mês antes (1.353). Também está 21,6% acima do número de 14 dias antes (2.259 óbitos).

Novos casos
O número diário de casos, segundo a média móvel de sete dias, apresentou seu quarto dia consecutivo de quedas. Ontem, a média diária chegou a 64.324, 16,6% abaixo do recorde de 77.129 registrado em 27 de março e 12,5% abaixo de 14 dias antes (73.552).

Na comparação com um mês antes, no entanto, quando foi observada uma incidência de 57.610 de casos, a média registrada ontem apresentou uma alta de 11,6%.

A média de móvel de sete dias, divulgada pela Fiocruz, é calculada somando-se os registros do dia com os seis dias anteriores e dividindo o resultado dessa soma por sete. O número é diferente daquele divulgado pelo Ministério da Saúde, que mostra apenas as ocorrências de um dia específico.

Prefeitura de Caruaru ofereceu oficina artística para jovens do Projeto Juventude Vitalina

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), ofereceu, no sábado (27), uma oficina artística para os jovens protagonistas que fazem parte do Projeto Juventude Vitalina.

A oficina, que aconteceu na modalidade remota, foi ministrada pela artista plástica Daniele Guerreiro, que atua no campo artístico há mais de 20 anos. “Costumo abordar nas obras que faço a religiosidade e o empoderamento feminino. Nesse sentido, tive um projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc voltado às artes plásticas, e, com isso, resolvi contar um pouco da história do movimento Expressionista aos jovens que participaram das aulas”, disse.

Ainda segundo Daniele, a ideia foi mostrar aos jovens que a arte pode ser recriada, usando as emoções e a mistura de cores primárias, sem a preocupação com a estética e, assim, extrair de dentro de cada um as suas emoções.

A oficina contou com a presença de dez jovens protagonistas. Para Gabriel Guilherme, a experiência foi muito gratificante. “Aprendemos muitas coisas, a exemplo do Movimento Expressionista, que eu não sabia o que era. Quando eu vi o quadro ‘O Grito’, fiquei encantado, pois não conhecia nenhuma obra do Expressionismo”, afirmou Gabriel Guilherme.

Para Sabrina Torres, coordenadora do Projeto Juventude Vitalina, o mais importante da oficina foi o conhecimento adquirido. “Os desenhos, as cores e os traços que eles fizeram expressaram seus sentimentos em forma de arte. Mesmo em meio à pandemia, podemos sempre renovar e aprender algo diferente”, concluiu.

Durante 10 anos consecutivos, a rede Grau Técnico é patrocinadora do Campeonato Pernambucano de Futebol, e o campo do Central é contemplado

Entre conterrâneos pernambucanos, a rede Grau Técnico confirma, mais uma vez, o patrocínio para o Campeonato Pernambucano de Futebol. Essa é a 10ª vez em que a maior rede de ensino técnico brasileiro entra na parceria, que começou no dia 28 de fevereiro, com o início do campeonato de 2021.

O diretor geral do Grau Técnico, Ruy Porto Carneiro, celebra a parceria de uma década. “Duas entidades pernambucanas, não tinha como dar errado. Nós, da Grau Técnico, sempre buscamos uma boa visibilidade, principalmente para uma marca de tamanha importância na educação brasileira. Vamos juntos, sei que teremos muitos anos de parceria”, pontuou.

“Acreditamos que o futebol atinge diferentes classes sociais, e desde do surgimento do grau técnico em 2010 estamos com nossa marca presente no campeonato estadual, principalmente por sermos uma marca que surgiu aqui no estado. Nosso objetivo é mostrar nossa marca e nossos cursos, que têm cada vez mais encaminhado alunos ao mercado de trabalho”, enfatizou Elielson Filho, gerente de marketing da rede.

Grau Técnico:

O Grau Técnico é o carro-chefe do grupo Grau Educacional. Com 98 unidades, presente nas cinco Regiões do País, o Grau Educacional oferece mais de 60 cursos nas áreas de saúde, tecnologia, indústria, gestão e negócios. A duração dos cursos varia de três meses a dois anos, com aulas de uma a três vezes na semana.

Grau Profissionalizante:

A franquia Grau Profissionalizante (antiga Nível A) foi fundada em 2015. “A escola da sua profissão”, como é conhecida, possui completa estrutura voltada para a qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho e, com oito unidades, oferece mais de 30 cursos profissionalizantes, rápidos e práticos, como bombeiro civil, cuidador de idosos, eletricista predial, gastronomia, informática, manutenção de smartphones, mecânica de carros e de motos, e refrigeração, entre outras. Veja mais informações nos sites www.grautecnico.com.br e www.graup.com.br.

Grupo LAC completa 51 anos de crescimento e desenvolvimento econômico local e nacional

Conhecida como o coração do Nordeste, a capital pernambucana é berço de muitos empreendimentos de grandes sucessos. Seja no ramo industrial, empresarial ou tecnológico. Um exemplo de sucesso é a trajetória do Grupo Luiz Alberto Carneiro – LAC, que reuniu os principais ramos econômicos durante seus 51 anos de fundação e segue firme no mercado brasileiro.

Quando o assunto é empreendimento, o grupo consegue mostrar sua força com o Shopping Guararapes, com a Social Boats, maior plataforma de aluguel de barcos do Brasil, e com a organização Asa Branca Residence, um sofisticado complexo de flats e bangalôs localizado na cidade serrana de Gravatá. No ramo da inovação, o grupo possui duas empresas: Lactron – Eficiência Energética e Lactech – Soluções de Tecnologia. A Lactron é uma empresa de tecnologia de iluminação que busca o desenvolvimento de projetos inovadores para energia renovável. Já a Lactech é voltada em consultoria especializada no desenvolvimento de projetos e serviços de base tecnológica. Outro nome de peso no grupo é Instituto de Tecnologia Tributária do Brasil (ITT do Brasil).

De acordo com Tiago Carneiro, um dos gestores da instituição, a empresa mantém a experiência e inovação como aliadas no desenvolvimento do grupo. “O Grupo LAC é uma empresa de mais de 50 anos de mercado e a nossa resiliência é baseada na inovação. O ano de 2020 foi muito desafiador e 2021 não tem sido muito mais fácil. Como os avanços tecnológicos foram bem antecipados por causa do cenário atual, o Grupo LAC também se adiantou e antecipou o lançamento de alguns novos negócios, ligados à tecnologia e inovação”, pontuou.

Atualmente, o renomado grupo conta com novidades, principalmente voltadas à tecnologia e inovação. O lançamento de um banco digital, um software de auditoria tributária, um software de suporte e gestão de saúde, além de novas operações das empresas do grupo e de alternativas inovadoras para a reciclagem de resíduos sólidos são algumas das ações recentes. “Em 2020, investimos ainda mais em tecnologia da informação, tanto com soluções prontas, como customizadas para os setores público e privado. Agora, iremos fazer o lançamento oficial do banco, ampliar as operações do Instituto de Tecnologia Tributária do Brasil para além de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Outra novidade é que estamos participando de PPPs de iluminação pública, em consórcio com empresas do Rio Grande do Sul”, celebrou.

E seguindo alinhados com os avanços tecnológicos do momento, o Grupo LAC estará consolidando mais um projeto inovador com a chegada do robô de compras e de reposição. Uma plataforma analítica avançada de compras com grandes funcionalidades para os mercados de varejo, atacadista e industrial. Entre elas: criação de uma rede neural para predição de vendas com grandes variáveis de mercado, desenvolvimento de modelos estatísticos, mineração de dados em mais de 400 portais de comércio eletrônico para captação de sinais da concorrências, monitoramento das emoções dos consumidores com base em programas de rádio, redes sociais e televisão, realização de mais 250 projetos de inteligência de mercado e outras grandes funcionalidades.

Grupo LAC – Fundado por profissionais com muitos anos de experiência no mercado imobiliário e de empreendimentos, o Grupo LAC, desde 1970, vem desenvolvendo projetos com o compromisso de concretizá-los através de soluções sob medida e afinadas com o tom do mercado. Veja mais informações nos sites www.grupolac.com, www.lactron.com.br, www.lactech.com.br, www.ittdobrasil.com.br.

Painel do MEC vai monitorar retorno às aulas no ensino básico

Ministério da Educação vai implementar um painel para monitoramento do retorno às aulas no ensino básico. A ferramenta, que deverá estar disponível ainda no mês de abril, trará informações sobre a suspensão e retomada das aulas, além das condições sanitárias da região de cada unidade de ensino. O objeto é ajudar os gestores no planejamento do calendário escolar. 

O anúncio foi feito na quarta-feira (31), em Brasília, pelo titular da pasta, Milton Ribeiro, durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. 
Na ocasião, o ministro disse que a pasta trabalha para enfrentar os problemas do calendário escolar, em razão da pandemia, retrocessos do processo educacional, aumento da evasão escolar e danos sociais para estudantes e famílias de baixa renda. Segundo ele, a estratégia é adotar o ensino híbrido, com aulas presenciais e remotas.

O ministro da Educação também destacou a falta de estrutura tecnológica na maioria das escolas brasileira. E para solucionar os problemas de conectividade, o MEC quer usar os recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Câmara: estados e municípios poderão usar repasses de anos anteriores na Saúde

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (31), projeto de lei (PLP 10/2021) que autoriza estados e municípios a usarem saldos de repasses do Ministério da Saúde, de anos anteriores, em serviços de saúde em 2021. A proposta volta para análise do Senado.

O relator do texto, deputado Roberto Alves (Republicanos-SP), afirmou que ainda há um saldo de R$ 23,8 bilhões que poderia ser usado. Do total, R$ 9,5 bilhões são para os estados e para o Distrito Federal e R$ 14,3 bilhões são para os municípios.

O texto também propõe mudanças sobre refinanciamento de dívidas dos estados com a União (leis complementares 156, 159 e 178), adiando o prazo de 30 de junho para 31 de dezembro de 2021, quando a União poderá exigir os atrasados que deixaram de ser pagos e aplicar penalidades previstas na legislação.

Recuperação da economia depende do avanço da vacinação

São Paulo – Vacinação contra covid-19 aos profissionais da saúde do Hospital das Clínicas, no Centro de Convenções Rebouças.

A lentidão da vacinação contra a Covid-19 afeta não só a saúde, impossibilitando frear o crescimento de mortes em decorrência da doença no Brasil, mas também atrasa a recuperação econômica do país. 

É isso que aponta o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) do mês de março, produzido pela Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal. O estudo mostra uma projeção de crescimento da economia em 3% neste ano, mas pontua que a estimativa positiva depende de uma recuperação no segundo semestre, “condicionada ao avanço da vacinação de parte substancial da população”.

Isso porque o primeiro trimestre corre risco de recessão técnica, um termo utilizado por economistas para caracterizar dois trimestres seguidos de queda do Produto Interno Bruto (PIB). O relatório expõe como o avanço da disseminação do novo coronavírus no Brasil afeta a economia.

Felipe Salto, economista e diretor-executivo da IFI, afirmou que a chance de retomada financeira neste ano vem da imunização. “No segundo semestre, se a vacinação estiver avançada, isso poderá dar alguma esperança em termos de recuperação da economia neste ano de 2021”. Ele detalha ainda que o cenário atual da pandemia torna as medidas de distanciamento necessárias, mas elas impactam consideravelmente na projeção do PIB.

“O relatório de acompanhamento fiscal trouxe um exercício de simulação que permite comparar os efeitos de medidas restritivas, como o lockdown, de acordo com a abrangência setorial e o número de semanas em adoção dessas medidas. Por exemplo, nossa projeção hoje para o crescimento da economia é de 3%. Mas, se houver necessidade de lockdown, por exemplo, por um mês, uma paralisação setorial de cerca de 50% dos setores de produção, isso tiraria 1 ponto percentual da taxa de crescimento prevista. Ia para 2%”, estima Felipe. 

O economista pontua ainda que o exercício realizado na pesquisa mostra a importância de ampliar a quantidade de doses aplicadas à população. “Quanto mais rápida for a vacinação, menores serão as necessidades e medidas de restrição. Esse é o ponto central, principal da análise”, finaliza.

O texto deixa claro que a interpretação dos dados não pode levar à crença de que possíveis fechamentos devem ser sempre evitados. “As medidas são necessárias para evitar o espalhamento do vírus e terão de durar tanto tempo quanto o país demorar a vacinar um percentual relevante da população brasileira”, diz o relatório.

Caminhos para crescimento

Outro destaque do relatório é a análise sobre o impulso causado pelo auxílio emergencial. A pesquisa aponta que se não fosse o pagamento do benefício, “o impacto negativo sobre o PIB decorrente da retração do consumo das famílias teria sido ainda mais expressivo, em função dos efeitos do distanciamento social e da deterioração do mercado de trabalho, evidenciada pela pronunciada queda nas contratações”. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi sabatinado no Senado Federal em audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 e estimou que há como mudar o contexto pandêmico do Brasil em cerca de um mês, o que geraria um novo cenário econômico.

“O reinício do distanciamento social, evidentemente, é para desacelerar a velocidade de contágio. Ao mesmo tempo, temos que acelerar o ritmo de vacinação. Se vacinarmos um milhão de pessoas por dia, sendo que temos 15% de idosos no Brasil, ou seja, pouco mais de 30 milhões, nós vacinaremos todos os idosos em pouco mais de um mês. Nós, em 40 dias, temos um novo cenário”, enumerou.

O relatório do IFI lembra também que o Auxílio Emergencial 2021 será pago a partir deste mês de abril, o que estimula o consumo familiar e impacta no PIB. Os pagamentos alcançam aproximadamente 45,6 milhões de famílias, com um benefício médio de R$ 241,23 mensais.

Sete em cada 10 brasileiros ainda não entregaram a declaração do IR2021

 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A menos de um mês para o fim da temporada anual do ajuste de contas com o Leão, somente 30% dos brasileiros que estão na mira do Fisco apresentaram a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Especialistas explicam que, além de ter sido deixada para depois por muitos contribuintes por conta da pandemia da covid-19, a declaração deste ano exige uma atenção especial, principalmente daqueles que receberam auxílio emergencial em 2020. Vale destacar que a Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira, um projeto de lei que prorroga até 31 de julho o prazo para a entrega da declaração. O texto ainda precisa passar pelo Senado. Atualmente, o prazo para o envio vai até 30 de abril.
Segundo a Receita Federal, 32 milhões de brasileiros devem prestar contas com o Leão neste ano, inclusive trabalhadores que receberam o auxílio emergencial e o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). No caso do auxílio, a declaração é exigida quando o brasileiro recebeu outros rendimentos tributáveis que somam mais de R$ 22.847,76. Segundo especialistas, pode ser o caso, por exemplo, de quem recebeu o auxílio emergencial em alguns meses, mas trabalhou no restante do ano, e, sobretudo, de quem teve acesso ao benefício sem precisar, como revelaram as inúmeras fraudes constatadas em 2020.

“Quem recebeu o auxílio, mas teve outros rendimentos, vai precisar devolver parte do dinheiro se a renda ultrapassar R$ 22.847,76. Na hora que preencher a declaração, automaticamente o sistema vai gerar uma guia de pagamento com o valor recebido a mais que deve ser devoldido”, explicou o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), Reynaldo Lima Jr.

A devolução do auxílio ainda pode ser cobrada dos contribuintes cujos dependentes receberam a ajuda do governo. “Se você tem que declarar o IR e colocou como dependente uma pessoa que estava desempregada e recebeu o auxílio, o sistema vai somar as duas rendas. Por isso, pode exigir o pagamento. O sistema acusa na hora, não adianta omitir a informação”, explicou o coordenador da Comissão do Imposto de Renda do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Adriano Marrocos, dizendo que, neste caso, é melhor que o dependente faça a própria declaração.

A Receita estima que cerca de três milhões de contribuintes podem ter que fazer a devolução de parte do auxílio na declaração. O Ministério da Cidadania acrescenta que os valores dos benefícios recebidos pelo auxílio emergencial devem ser informados na ficha de rendimentos tributáveis recebidos de Pessoa Jurídica do programa do Imposto de Renda 2021. A pasta destaca, ainda, que apenas os primeiros pagamentos do benefício, no valor de R$ 600 e R$ 1,2 mil, serão cobrados. É que, quando decidiu estender o auxílio com novas parcelas de R$ 300 e R$ 600, o governo fez um pente-fino na base de beneficiários do programa para deixar de atender quem não tinha direito ao benefício.

BEm

Quem teve o contrato de trabalho suspenso ou o salário reduzido na pandemia da covid-19 também não vai escapar da mordida do Leão. A Receita Federal explicou que a parcela do salário que continuou sendo paga pelos empregadores é isenta, mas o BEm – benefício pago pelo governo a esses trabalhadores como uma complementação salarial – “não é isento por falta de previsão legal” e, por isso, deve ser declarado.

Segundo a Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon), o trabalhador que se enquadrar na situação precisa discriminar quanto recebeu do governo e quanto recebeu da empresa. O recomendado é acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital para saber o total recebido pelo BEm e declarar o valor na ficha de Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica, informando como fonte pagadora o CNPJ nº 00.394.460/0572-59, que é o número do governo na dedução. O salário recebido da empresa deve ser declarado conforme o informe de rendimentos apresentado pelo empregador, na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis, de preferência com a descrição ‘Ajuda Compensatória’.

Declaração pré-preenchida

Além de não ver atrasos na entrega da declaração do IR, a Receita Federal tem destacado que, neste ano, o governo ampliou o acesso às declarações pré-preenchidas, justamente para facilitar a vida do contribuinte e garantir o acerto de contas com o Leão neste momento de pandemia. Especialistas, no entanto, ainda enxergam problemas na ferramenta. A declaração pré-preenchida puxa do banco de dados da Receita as informações enviadas por outros órgãos à administração tributária. Por isso, promete facilitar o preenchimento da declaração, reduzindo o número de informações que o contribuinte deve preencher, como o informe de rendimentos do salário ou do plano de saúde.

A facilidade era restrita a quem tem um certificado digital até o ano passado, mas já pode ser acessada pelo site ou aplicativo do Gov.br. “Isso vai facilitar enormemente e dispensar o contribuinte de ir em busca de diversos documentos. Vai facilitar que muitos contribuintes possam entregar suas declarações sem necessidade de sair do seu domicílio e, portanto, manter o isolamento”, destacou o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, em coletiva de imprensa realizada em março.

O aposentado Fabiano Rodrigues, no entanto, disse que não teve sucesso com a ferramenta. Ele explicou que procurou seus dados na declaração pré-preenchida, mas disse que, como tem várias fontes de rendas, percebeu que havia muitas informações cruzadas que precisavam ser corrigidas: “No final, vou ter que corrigir muita coisa e o trabalho é o mesmo daquele feito sem declaração”.

Para especialistas, a declaração pré-preenchida nem sempre garante que o contribuinte vai conseguir prestar contas com o Leão por conta própria. E, por isso, dizem que, diante das restrições à circulação, a Receita deve continuar atenta ao ritmo de entrega para avaliar uma eventual flexibilização do prazo caso as entregas não acelerem nas próximas semanas.

Reservatório de águas poluídas ameaça derramamento na Flórida

O derramamento em um reservatório de águas residuais de uma antiga fábrica de fosfato levou à retirada de centenas de moradores de suas casas e ameaça inundar a baía de Tampa com água poluída. O governador da Flórida, Ron DeSantis, garante que as autoridades continuam a tentar drenar a água de forma segura, mas já declarou estado de emergência e admite um possível colapso da parede que impede a inundação.

O estado de emergência foi decretado no sul de Tampa, no estado norte-americano da Flórida. O derramamento no reservatório de águas residuais poderá agravar-se e a parede que suporta o avanço das águas contaminadas está em situação de colapso iminente.

“O colapso estrutural pode ocorrer a qualquer momento”, admitiu Jacob Sauer, representante da área de segurança pública, em entrevista no sábado (3).

A lagoa abandonada fica em Piney Point, numa antiga mina de fosfato, e contém fosfogesso, um produto residual que resulta da fabricação de fertilizantes. Equipes tentam drenar a água contaminada com bombas gigantes.

No total, a lagoa contava com 450 milhões de galões de água e as duas bombas conseguem, em teoria, retirar 22 mil galões por minuto. Nesse ritmo, prevê-se que a drenagem controlada da água dure entre dez a 12 dias. Entretanto, a Agência de Proteção Ambiental enviou 20 novas bombas de água para o local, na tentativa de evitar o pior.

“Estamos tentando prevenir, evitar uma situação catastrófica de inundação. Estamos com esperança de que vamos continuar a retirar a água de forma eficaz, mas temos de nos preparar para uma degradação da situação”, admitiu o governador da Flórida, Ron DeSantis, durante nesse domingo (4).

Ainda assim, diante de um possível colapso súbito da parede, uma grande área com centenas de habitações foi evacuada por precaução.

De acordo com o jornal Tampa Bay Times, o perigo de uma inundação iminente já levou também à retirada de 345 presos que estavam no primeiro andar de uma cadeia no condado de Manatee.

Noah Valenstein, secretário da Agência de Proteção Ambiental da Flórida, disse ao mesmo jornal que a baía de Tampa é “resiliente”, e por isso a principal ameaça de um desastre ambiental é mesmo para a saúde humana, devido à possível presença de radioatividade que vem do fosfogesso.

“As empresas de fosfato tiveram mais de 50 anos para descobrir uma forma de descartar resíduos de fosfogesso radioativo. Neste momento, não há regulamentações federais, estadual ou local que exija à indústria a eliminação final de resíduos de fosfogesso de uma forma ambientalmente aceitável”, denuncia o grupo de ativismo ambiental Mana-Sota 88, citado pelo jornal The Guardian.

Paulo diz que Bolsonaro trata luto como fraqueza

Do UOL

Os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), classificaram como “lamentável” e “deplorável” um tuíte do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã deste domingo de Páscoa no qual reproduz críticas aos gastos estaduais durante a pandemia.

Fazendo citação na legenda ao versículo João 8:32 da Bíblia, que fala sobre o conhecimento da verdade e libertação, Bolsonaro reproduziu um vídeo do apresentador Sikêra Júnior dizendo para os “governadores criarem vergonha na cara”.

No trecho, Sikêra Júnior mostra números divulgados pela Secom (Secretária de comunicação do Governo) sobre repasses enviados ao estado de Pernambuco e insinua que um suposto uso inadequado dos governadores contribuiu para o aumento de mortes por covid-19. Os dados foram divulgados pela Secom em fevereiro e geraram forte resposta dos estados, que apontaram distorção (veja abaixo).

Citado nominalmente no vídeo, o governador de Pernambuco retrucou. “Difícil acreditar que em um dia como hoje, domingo de Páscoa, sejamos obrigados a nos deparar com novas atitudes lamentáveis do Presidente da República. Em lugar de disseminar fakenews, por que não assumir suas verdadeiras atribuições e fazer parte do enfrentamento à pandemia?”, escreveu Paulo Câmara.

“Nossa maior missão é salvar vidas. Infelizmente, de alguém que trata a dor do outro como mimimi e o luto como fraqueza, não se pode esperar muito. Mas, movidos por espírito público e princípios humanitários, que alguns parecem desconhecer, vamos seguir na luta’, completou.

Segundo o governador, “o Brasil vai superar a pandemia, apesar de negacionismo, egoísmo, fakenews, de quem se dedica a desagregar e dividir”.

Flávio Dino seguiu a mesma linha na crítica a Bolsonaro, dizendo que o “domingo começou com proliferação de mentiras contra governadores”, o que é “deplorável”. Ele ainda fez citação a outro trecho da Bíblia.

Dados sobre repasses a estados foram contestados

Os dados apresentados por Sikêra Jr causaram polêmica no final de fevereiro, quando a Secom e Bolsonaro listaram valores que o governo federal teria repassado em 2020 a cada estado.

De acordo com uma carta assinada por 19 governadores, os recursos efetivamente repassados para a área da saúde são uma quantia “absolutamente minoritária” dentro do montante publicado pelo presidente.

Na conta simplificada que retirou do Portal da Transparência, Localiza SUS e Senado Federal, Bolsonaro citou valores diretos (saúde e outros), indiretos (suspensão e renegociação de dívidas) e colocou à parte o valor do auxílio emergencial.

A postagem ocorreu em um momento em que o governo federal era cobrado a voltar a financiar leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) destinados a pacientes com covid-19.

De acordo com os governadores, os dados são distorcidos porque englobam repasses obrigatórios pela Constituição Federal, que estão previstos pelo pacto federativo.