Raquel Lyra destaca obras na periferia e na zona rural em live especial

A candidata à reeleição, Raquel Lyra (PSDB), e atual gestora do município promoveu uma live na noite deste domingo (8) apresentado as obras realizadas na Capital do Agreste pernambucano, reforçando também o que ainda pode ser feito nos próximos quatro anos.

Raquel Lyra fez mais de 800 obras em Caruaru durante a gestão. “Cerca de 83% das obras foram na periferia e na zona rural do nosso município, dando todo sentido daquilo que a gente pregou em 2016, dizendo que iríamos inverter a lógica do investimento da prefeitura, chegando onde as pessoas mais precisam e continuam precisando. E vamos continuar o nosso compromisso”, destacou.

A candidata falou sobre as obras básicas nos bairros. “Drenagem, saneamento e calçamento são investimentos permanente. Nosso projeto é chegar aonde a gente não chegou”, pontuou Raquel. A live também abordou as seguintes obras: requalificação do Monte Bom Jesus, Via Parque, Polo Gastronômico, requalificação do Centro da cidade, ampliação do Hospital Manoel Afonso, Mercado de Carne do Juá, escolas e creches.

Interação

Raquel Lyra está em constante diálogo com a população. É possível entrar em contato com ela através do WhatsApp (81) 99150-4554, e acessar as novidades no canal no Telegram: https://t.me/RaquelLyra, no Instagram, Facebook, Twitter e no site: http://www.raquellyra.com.br. As lives podem ser assistidas nos canais digitais de comunicação.

Raffiê apresenta propostas para a zona rural em visita

O candidato à Prefeitura de Caruaru, Raffiê Dellon, visitou os moradores de Serrote dos Bois e Peladas, na tarde de ontem (8). Ele dialogou sobre o programa de saneamento na zona rural, além da criação de casas para famílias carentes.

O prefeiturável também pretende apoiar as cooperativas rurais e associações de produtores como uma forma de estímulo aos pequenos negócios da região. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 17 milhões de trabalhadores do campo vivem na informalidade. A ação do candidato não só surge em resposta a essa vivência, mas como uma alternativa para o crescimento de empreendimentos na zona rural.

“Há 4 anos, eu realizo visitas periódicas na zona rural e tenho conversado com o homem e com a mulher do campo. A partir de 2021, eu quero me tornar um parceiro da zona rural e tomar ações para que possamos juntos realizar a mudança que a cidade precisa”, acredita.

À noite, Raffiê Dellon foi à vila de Jacaré Grande. Ele apresentou propostas relacionadas à infraestrutura de creches e escolas. O candidato pretende instalar equipamentos de segurança para a preservação de acidentes e de patrimônios, como também inserir o monitoramento eletrônico nas escolas. Ele menciona que “se nós acreditamos em uma educação de qualidade, precisamos entender que um local adequado para os estudos também influencia no aprendizado do aluno. Educação e segurança são sinônimos um do outro e, como gestor de Caruaru, quero melhorar o bem-estar dos colégios no município.”

Foto: Andreza Ferreira

Raquel Lyra visita moradores da zona rural durante fim de semana

A candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), esteve com moradores da zona rural neste fim de semana, apresentando suas propostas e recebendo sugestões. A prefeiturável visitou as comunidades de Jacaré de Gonçalves Ferreira e Gonçalves Ferreira no sábado (7); e também Pau Santo neste domingo (8).

“A gente está na reta final para as eleições e vamos fortalecer cada vez mais o nosso pedido de voto, compartilhando ideias e planos para que Caruaru se consolide como um lugar mais justo e igual para todos. Fizemos um bom trabalho e nos momentos mais difíceis seguimos firmes, e assim podemos fazer muito mais”, destacou Raquel.

Seguindo a resolução do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), todos os cuidados para evitar aglomerações foram tomados.

Foto: Janaina Pepeu

Comércio varejista ganha reforço para fortalecimento de suas atividades

Dado de agosto do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta crescimento de 3,4% no volume de vendas do comércio varejista – em comparação com o mês de julho. Em Pernambuco, o índice atingiu alta de 8,6%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Nesse contexto, observa-se uma estruturação consistente do ramo varejista de alimentos, amparado em informações da Fecomércio de Pernambuco, que revelam recorde no nível de confiança dos empresários do comércio, atingindo a marca de 11,5% no mês de agosto.

Para fomentar essa cadeia produtiva, os empreendedores ligados ao comércio de alimentos precisam buscar preços atrativos e facilidades de pagamento ao realizarem suas compras junto aos fornecedores.

Pensando em simplificar a rotina destes empresários, donos de lanchonetes, bares, restaurantes e pequenos mercados, que já enfrentaram inúmeros desafios em 2020, o Grupo PagMenos Supermercados inaugura a DAC, Distribuidora de alimentos Caruaru, uma empresa especializada no atendimento aos lojistas e empreendedores do ramo alimentício.

A DAC inicia suas atividades nesta terça-feira (10) e oferece uma nova modalidade de atendimento aos consumidores de Caruaru e região: a compra facilitada. Esta novidade pretende descomplicar a vida dos empresários com compras exclusivas por telefone e aplicativo de conversas. Com isso, o empresário só precisa ir à loja para retirar sua mercadoria e realizar o pagamento, poupando tempo e tornando seu negócio cada vez mais eficiente.

Com bandeira de sotaque pernambucano, o Grupo PagMenos inaugura mais uma loja da rede, sendo a primeira no ramo atacadista. A DAC fica situada na Avenida Brasil, no bairro do Salgado, e oferta uma vasta relação de produtos de marcas consolidadas no mercado. A distribuidora ainda garante preços atraentes e formas de pagamento que se encaixam nas possibilidades de cada cliente. As compras podem ser realizadas através do (81) 8110-3100.

Finalizadas obras em casarão histórico de Igarassu, em Pernambuco

Traçado urbano irregular, casarões centenários e a primeira igreja construída no Brasil. Estes são apenas alguns dos atrativos do município de Igarassu, em Pernambuco (PE), onde está localizado o imóvel conhecido como Sobrado do Imperador, parte da memória da cidade. A fim de preservar este legado do Centro Histórico igarassuano, a edificação acaba de passar por obras de conservação e manutenção.

As intervenções receberam aproximadamente R$ 180 mil em investimentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo. Iniciadas em janeiro de 2020, e após um período de suspensão em virtude da atual pandemia, as obras foram encerradas em outubro deste ano.

As intervenções visam a conservação continuada do prédio, que passou por obras completas de restauração em 2009. O escopo dos trabalhos que acabam de ser finalizados contemplou limpeza e reparos no telhado e na cantaria; pintura de paredes; retificações e conservação em assoalho de madeira; conserto e pintura de esquadrias; imunização contra cupins, entre outros serviços. Destaca-se também a construção de um anexo com dois banheiros na parte externa junto ao Sobrado, que segue as normas de acessibilidade. Esta melhoria busca atender aos visitantes, pois havia apenas um sanitário na construção, no andar superior.

Desde 2010 o prédio abriga o Escritório Técnico do Iphan em Igarassu, bem como a Casa do Patrimônio, espaço onde são promovidas diversas ações culturais e educativas. Com regularidade, oficinas, palestras e exposições movimentam o casarão: o trabalho continuado tem contribuído para aprofundar o conhecimento do público sobre Patrimônio Cultural, assim como estimula vínculos com o próprio sobrado, cenário de experiências marcantes para os frequentadores.

O Sobrado do Imperador

Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu. Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto.

No século XIX, a edificação passou por transformações intensas. Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século. Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista. Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos.

O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste. O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado. Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca.

A história de Igarassu

Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo.

A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés. Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil.

Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português. O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras.

Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas.

A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

Dois jovens cientistas representam o PE na final da competição científica FameLab Brasil

A etapa final da competição de comunicação científica FameLab Brasil 2020 reunirá 30 pesquisadores de 10 estados brasileiros e será televisionada pela primeira vez em rede nacional. O vencedor será anunciado no programa especial transmitido no dia 15 de novembro, às 15h, pela TV Cultura e apresentado pelo jornalista Marcelo Tas. O evento é realizado pelo British Council em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Sem a utilização do palco e de uma plateia presencialmente, desta vez os competidores terão que explicar um conceito científico e mostrar seu impacto na vida cotidiana em três minutos por meio de videoconferência. Para isso, eles receberam um treinamento em comunicação científica com a especialista britânica Wendy Sadler e o especialista brasileiro Ronaldo Christofoletti.

O grande prêmio será representar o país na FameLab Internacional entre jovens de outros 31 países. Além de seguir aprimorando as habilidades de comunicação em língua estrangeira, o vencedor brasileiro poderá ampliar sua rede de contatos, abrindo portas e criando oportunidades de negócios futuros. “O FameLab cria uma oportunidade para que cientistas contem sua pesquisa mantendo o rigor científico do conteúdo, mas colocando em palavras mais acessíveis para que outros setores consigam entender o trabalho que foi desenvolvido”, explica Christofoletti.

Dois jovens da capital pernambucana estão concorrendo a uma vaga na final: Maria Jacqueline Gomes de Barros, Mestre em oceonografia pela UFPE, desenvolve trabalhos com ênfase em ecologia de peixes costeiros e ambientes recifais. Paulo Wanderley de Melo, mestrando do programa de pós-graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza da UFPE, pesquisa sobre a relação de populações humanas com o meio ambiente, tendo enfoque em compreender a percepção de pescadores(as) artesanais sobre os impactos à conservação dos recursos naturais.

Apesar do resultado ainda não anunciado, Ronaldo conta que esses 30 semifinalistas já tiveram um grande ganho participando de todo o processo: um novo olhar científico. “A gente vê que eles passam a compreender melhor quais são seus potenciais e onde precisam investir. Isso permite que saiam com o olhar de um pesquisador que pode comunicar de uma forma ainda mais eficaz porque entendem as bases da comunicação e têm uma melhor autopercepção de como fazer isso.”

Clique aqui para conhecer todos os 30 participantes.

Etapas finais na TV brasileira

A TV Cultura reunirá em quase uma hora de programa os principais momentos de duas fases da competição: a semifinal, com 30 participantes, e a final, com 10 participantes, ambas apresentadas em videoconferência devido à necessidade de isolamento social. A migração da inciativa para o não presencial trouxe um novo desafio para os competidores. “Nesse ano, o palco foi uma câmera. Então, existiram algumas adequações necessárias durante o treinamento, para desenvolver suas habilidades de contar em frente a uma câmera. Tivemos que dar uma nova abordagem à apresentação nesse sentido, já que a comunicação digital se tornou crucial”, ressalta o treinador.

A exibição da 4ª edição contará com jurados ilustres entre pesquisadores e fomentadores da ciência no país: o youtuber Felipe Castanhari, o doutor Arquimedes Belo Paiva, a neurocientista Carla Tieppo e a bióloga citotecnologista Simone Evaristo serão responsáveis pela 1ª seleção. Já na 2ª, estarão o diretor científico da FAPESP Luiz Mello, o presidente da Confap Odir Dellagostin, a jornalista criadora da revista Pesquisa Fapesp Mariluce Moura e a assessora do MCTI Regiane Relva Romano.

Sobre o FameLab

Criada em 2005 pelo Festival de Ciência de Cheltenham, a competição é realizada pelo British Council em 32 países com o objetivo de promover a aproximação entre cientistas e público em geral, por meio da contextualização e abordagem de temas científicos no dia a dia da sociedade, além de incentivar o desenvolvimento de competências em comunicação, em especial a habilidade oral.

No Brasil, a 4ª edição conta ainda com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da TV Cultura.

Além do FameLab, o British Council se consolida como fomentadora da ciência no país por meio dos programas Universidades para o Mundo, Mulheres na Ciência e Newton Fund. Clique aqui para saber mais.

Caruaru Shopping funcionará com horário especial no feriado de 15 de novembro

O Caruaru Shopping estará funcionando com horário especial no feriado 15 de novembro (Proclamação da República) e dia de eleição municipal por conta da pandemia.

No domingo, dia 15, as lojas e quiosques abrirão das 12h às 21h; alimentação e lazer, das 11h às 21h; o hipermercado, das 7h às 21h, e a academia, das 9h às 15h O cinema estará aberto conforme horário de sessão.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

UniFavip promove Simpósio de Engenharia Mecânica com inscrições gratuitas

Com o intuito de promover conhecimento e interações entre pessoas da área e das demais engenharias, nos dias 30 de novembro e 1o de dezembro, o Centro Universitário UniFavip promoverá a primeira edição do Simpósio de Engenharia Mecânica, com inscrições gratuitas e emissão de certificado. O evento será online, com todas as palestras transmitidas via plataforma Zoom. Este será um momento onde profissionais e estudantes poderão trocar experiências, conforme ressalta o coordenador do curso Jônatas Nascimento.

“O desenvolvimento tecnológico sempre ancorou o avanço social e humano, melhorando a qualidade de vida e a forma como interagimos uns com os outros, com a natureza e seus fenômenos. O Engenheiro mecânico possui uma forte contribuição para a sociedade contemporânea, exigindo assim do profissional da área destreza e proatividade. O simpósio de Engenharia Mecânica do UniFavip tem por objetivo unir profissionais e estudantes da região em prol do debate das principais inovações, desafios e necessidades que despontam em um mundo cheio de expectativas”, destaca Nascimento.

Entre os temas abordados no simpósio, estão: Sistemas de Refrigeração por absorção: Análise termoeconômica e aplicações; Redução do índice de quebras: estudo de caso em uma fábrica de alimentos no agreste pernambucano; Projeto de sistema de envase aplicado a uma máquina de enchimento e nivelamento de baterias automotivas; entre outros. Os interessados em participar do evento devem fazer a inscrição por meio deste link https://bit.ly/3eFqt1N, onde contém toda programação e palestras disponíveis.

Serviço

Simpósio de Engenharia Mecânica | UniFavip

Acesso: Gratuito

Dias: 30 de novembro e 1o de dezembro

Inscrições: https://bit.ly/3eFqt1N

Transmissão da sífilis em bebês pode ser resultado de pré-natal tardio

grávidas, cesáreas, CFM, nova regra

O controle da sífilis em recém-nascidos de mães com diagnóstico da doença requer adoção de estratégias complementares de saúde pública. Oferecer cuidado pré-natal não é suficiente para evitar complicações clínicas nos recém-nascidos de mães com a doença.

O alerta é de pesquisadores de três instituições sul-mato-grossenses: Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Fundação Oswaldo Cruz, em estudo publicado na Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

A pesquisa recebeu financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento de Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O estudo foi realizado no Hospital Universitário de Dourados (HU), em Mato Grosso do Sul, instituição responsável por 63,7% dos nascimentos ocorridos na cidade de Dourados, em 2017. Os pesquisadores acompanharam 63 mulheres em período de gestação que receberam o diagnóstico de sífilis. Elas fazem parte de um total de 199 casos confirmados de gestantes com sífilis atendidas pelo HU no período, sendo que 84% desses casos são de sífilis congênita, situação em que a bactéria Treponema pallidum, que causa a doença, passa de mãe para filho durante a gestação ou no momento do parto.

A partir do acompanhamento das 63 gestantes, os autores concluíram que o cuidado pré-natal não é suficiente para prevenir a transmissão da bactéria aos recém-nascidos e a evolução da infecção para a neurossífilis, complicações da doença quando a bactéria atinge o cérebro, meninges e medula espinhal. Apesar de 95,2% das mães terem recebido cuidados pré-natais, apenas 6 entre 10 iniciaram as consultas no primeiro trimestre de gravidez. O pré-natal tardio foi um dos determinantes para mais da metade (50,8%) dos nascidos terem necessitado de internação por complicações da sífilis.

Os resultados desse estudo indicam que o controle da neurossífilis continua sendo um desafio não resolvido e pode trazer impactos econômicos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O diagnóstico tardio da sífilis materna e o elevado número de recém-nascidos internados por complicações da doença aumentam os gastos do SUS. Para um controle mais eficaz da sífilis em gestantes, o tratamento da doença deve ser priorizado pelos gestores e profissionais de saúde”, ressalta a bióloga do Laboratório de Pesquisa em Ciências da Saúde da Universidade Federal da Grande Dourados, Simone Simionatto, autora principal da pesquisa.

Obstáculos

Além do diagnóstico tardio de sífilis em gestantes, outro gargalo está no acompanhamento inadequado de parceiros sexuais, fator que favorece a transmissão vertical do T. pallidum, da mãe para o bebê. Menos da metade dos parceiros das gestantes (46,8%) recebeu o tratamento com penicilina. Entre as gestantes, quase 20% não receberam doses do antibiótico. “Acreditamos que a dificuldade na adesão dos parceiros aos cuidados do pré-natal está relacionada às atividades laborais e ao nível de relacionamento afetivo com as gestantes”, ressalta Simone.

A baixa adesão do parceiro ao tratamento para sífilis, acredita a especialista, está atrelada à sua falta de conhecimento da doença, ao nível de instrução e ao não acompanhamento da parceira durante o pré-natal, deixando assim de receber informações importantes para o entendimento da necessidade de controle da doença. “A sífilis é uma doença com fases distintas. Algumas delas sem manifestação clínica, ou seja, o parceiro apresenta lesões que regridem em algumas semanas sem o tratamento, o que leva a crer em uma possível cura. No entanto, o parceiro permanece com a infecção e pode transmitir novamente a sífilis à gestante durante as relações sexuais desprotegidas”, acrescenta Simone Simionatto.

A droga de primeira escolha para o tratamento em todas as fases da sífilis é a penicilina, que pode ser usada na forma cristalina, procaína ou benzatina. Durante a gestação, a penicilina é a primeira escolha, por ser capaz de atravessar a barreira transplacentária. “A penicilina passou a ser o antimicrobiano de escolha para o tratamento, visto que o T. pallidum é extremamente sensível a essa droga, não havendo relatos de resistência bacteriana em mais de 60 anos de estudos. O tratamento para sífilis é disponibilizado pelo SUS, no entanto nos últimos anos os serviços de saúde sofreram com o desabastecimento mundial de penicilina”, lamenta a pesquisadora.

O estudo evidencia a relação entre vulnerabilidade social e comportamento sexual de risco como determinantes para ocorrência de sífilis. Entre as 63 pacientes participantes do estudo, mais da metade (55,6%) tiveram a primeira relação sexual abaixo dos 15 anos; 90,5% tiveram relações sexuais sem preservativos; 66,7% tinham menos de 30 anos; 63,5% não completaram o ensino fundamental; 82,5% se declararam não brancas; 66,7% são casadas; 65% estão desempregadas e 73% vivem com menos de um salário mínimo.

Apesar de os dados da pesquisa mostrarem que a sífilis atinge as camadas mais pobres, ela tem distribuição ampla em toda a população. “No entanto, em grupos mais vulneráveis como gestantes, indígenas, população privada de liberdade, mulheres profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, as taxas de prevalência e incidência são mais frequentes”, aponta Simone.

Sífilis gestacional

A Organização Mundial da Saúde estima mais de 11 milhões de novos casos anuais de sífilis, sendo 90% deles em países em desenvolvimento, como o Brasil. A sífilis gestacional afeta aproximadamente 1,5 milhão de grávidas por ano no mundo.

Uma meta-análise mostra que uma entre quatro gestantes infectadas com T. pallidum sofrem aborto ou têm bebês natimortos; 12,3% dos bebês morrem logo após o nascimento e 12,1% nascem prematuros ou com baixo peso. A meningite causada pela infecção bacteriana em bebês pode causar hidrocefalia, isquemia e infarto do cérebro ou medula espinhal. As manifestações da neurossífilis também podem comprometer o desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido e, nos casos mais graves, levar à morte.

O diagnóstico precoce de sífilis durante a gestação reduz o tempo de exposição do feto ao T. pallidum, diminuindo as chances de transmissão e complicações na gestação. Melhorar a qualidade dos serviços de saúde, afirma Simone Simionatto, é importante para o controle efetivo da doença, reduzindo os gastos com o tratamento e a internação dos bebês. Segundo ela, estudos como esse podem auxiliar na implementação de estratégias de saúde pública para o controle mais efetivo da enfermidade.

“Uma vez que vários fatores foram associados ao T. pallidum entre as mulheres, provavelmente várias abordagens poderiam contribuir para reduzir as taxas dessa infecção. Uma alternativa para reduzir a prevalência da sífilis seria concentrar esforços no acompanhamento dos casos positivos e na eficácia do tratamento, bem como do tratamento dos parceiros sexuais. Assim, os programas de rastreamento podem ser uma abordagem preventiva essencial. Estudos têm demonstrado que o rastreamento regular (a cada três ou seis meses) em grupos de alto risco para adquirir IST pode contribuir para a redução da incidência de sífilis”, sugere Simone.

Prevenção

O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina continua sendo um dos principais aliados na prevenção da doença. Até o momento não há relatos de doenças ou condições genéticas que predisponham o indivíduo ao desenvolvimento da sífilis. “O que se tem relato são os casos de coinfecção de HIV e sífilis, onde os pacientes com HIV podem evoluir para as formas graves da doença. As altas taxas de sífilis podem ser um risco potencial para a propagação de outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), incluindo HIV, durante o sexo desprotegido”, orientou a pesquisadora.

A chance de transmitir o HIV aumenta cinco vezes se um dos parceiros tiver uma IST ulcerativa como a sífilis, por exemplo. As lesões de sífilis contêm uma abundância de linfócitos, o que torna a infiltração do HIV mais recorrente. “Além disso, a imunossupressão causada pelo HIV pode favorecer a evasão dos mecanismos de defesa do hospedeiro pelo T. pallidum”, conclui Simone.