Asces-Unita e Sebrae promovem palestras sobre desenvolvimento profissional

A crise econômica causada pela pandemia do Coronavírus causou um cenário de necessidade de renovação para muitos profissionais. Processos foram acelerados e será necessário repensar o posicionamento no mercado para se readequar à nova realidade, seja se qualificando ou adquirindo novas habilidades para empreender.

Por isso, o Férias no Campus da Asces-Unita promove, nesta sexta-feira (03), duas palestras neste sentido. São elas: “O fim do Emprego – perspectivas para as relações profissionais” (das 9h às 11h), e “Canvas You: Modelo de Negócio Pessoal” (das 19h às 21h) . Elas serão ministradas por Henderson Ramon e Breno Paredes, respectivamente, ambos consultores do Sebrae.

Henderson é estrategista de mercado e designer de Aprendizagem e Soluções nas áreas de Marketing, Inovação e Planejamento. Consultor credenciado a empresas do Sistema S. Já Breno é Consultor, palestrante e mentor de negócios e startups. Mestre em Administração e local lead da hackathon Nasa Space Apps Challenge.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.asces.edu.br. As palestras são oferecidas por meio de vídeoconferência no aplicativo Zoom.

Capacitação online é aposta do IEL-PE para o segundo semestre

Com a suspensão dos cursos presenciais em todo o Brasil devido à pandemia da Covid-19, o Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL-PE) está adotando um novo formato para as suas capacitações: aulas virtuais com conteúdo transmitido ao vivo. Para julho, estão confirmados cursos a distância nas áreas de gestão, marketing, vendas e legislação trabalhista. Informações sobre valores e inscrições estão disponíveis no www.ielpe.org.br.

Todas as aulas serão ministradas por conceituados instrutores via a plataforma digital Zoom. Os diferenciais são que os alunos poderão tirar dúvidas e fazer networking da mesma forma que na aula presencial, além de participarem de dinâmicas e atividades em grupo e de contarem com a possibilidade de atendimentos individuais utilizando a própria ferramenta.

Tudo isso contribuirá para aumentar a performance dos profissionais que atuam no ambiente corporativo, segundo a superintendente do IEL-PE, Fernanda Mançano. “Os cursos a distância irão possibilitar em tempo real a troca de experiências e o debate entre instrutores e participantes, gerando interação, conhecimento e dinamicidade. Os conteúdos estão alinhados com as novas tendências de mercado e oferecerão uma visão ampla do meio empresarial, pós-pandemia”, comenta. A expectativa é que as turmas tenham, em média, 50 alunos. Ao final dos treinamentos, todos receberão certificado.

Confira a programação que inicia em julho:

• Atualização em Legislação Trabalhista e Previdenciária: dias 13, 14, 15 e 16 de julho, das 19h às 22h.

• Programa Gestão Comercial e Vendas: módulo 1 (Gestão estratégica de vendas), entre os dias 13 e 16 de julho; módulo 2 (Criando vendedores de alta performance), de 27 a 30 de julho; curso 3 (Atendimento ao cliente, prospecção, negociação e fidelização), entre os dias 3 e 6 de agosto; e módulo 4 (Ferramentas da área comercial e o marketing digital potencializando as vendas), de 10 a 13 de agosto.

• Programa Gestão de Marketing e Vendas: Módulo 1- Marketing 4.0, nos dias 15, 22 e 29 de julho; Módulo 2- Modelagem de negócios, nos dias 5, 12 e 19 de agosto; Módulo 3- Gestão estratégica de marketing e vendas, nos dias 26 de agosto e 2 e 9 de setembro; e Módulo 4-Relacionamento com o mercado, nos dias 16, 23 e 30 de setembro.

• Avaliação, Remuneração e Engajamento de Equipes: dias 20, 21 e 22 de julho, das 18h às 22h.

• Programa Logística, Compras e Administração de Materiais: Módulo 1- Logística empresarial: o que é almoxarifado e suas contribuições, de 7 a 10 de julho; Módulo 2- Gestão de estoques, de 14 a 17 de julho; Módulo 3 -Documentos e relatórios do estoque, de 21 a 24 de julho e Módulo 4- Gestão da Qualidade, 28 a 31 de julho.

HMV divulga melhorias no Call Center para informações sobre pacientes

Desde 04 de maio, o Hospital Mestre Vitalino suspendeu por tempo indeterminado as visitas aos pacientes internos, como medida de precaução e segurança diante da pandemia do novo coronavírus. A intenção foi diminuir o risco de infecção para os familiares, pacientes e colaboradores. A ausência das visitas gera muita preocupação nos familiares, e por isso, o HMV criou um call center por meio do qual os médicos e técnicos entram em contato com os familiares para informar o estado de saúde de cada paciente.

Algumas vezes essas ligações apresentam falhas pela ausência de atendimento, por contatos informados incorretos e outras situações operacionais. Para sanar essas ocorrências, a partir de agora a unidade irá disponibilizar o número (81) 3725-7761 para que os familiares possam entrar em contato e sinalizar que não receberam a ligação. A ideia é tornar essa rotina de informações fluida, para evitar momentos de preocupação e tensão para a família.

Agora, no momento de entrada do paciente na unidade, o familiar ou responsável receberá um folheto com todas as informações sobre as ligações. “Nós criamos um cronograma de ligações de acordo com o setor, e neste período percebemos que precisávamos ajustar alguns protocolos. Vamos tentar minimizar isso ao máximo e conseguir estabelecer essas ligações. Compreendemos a preocupação das famílias, ainda mais neste período que estamos vivendo”, explicou Leandro Rosa, coordenador do ambulatório e responsável pelo call center do HMV.

O serviço do call center funciona de segunda a sexta-feira das 08h às 17h, as ligações possuem dois formatos: médicas – para detalhamento do quadro de saúde; e administrativas – para repasse do boletim médico. Os contatos são feitos todos os dias para as famílias de pacientes internos nos setores Covid-19 (clínicas e UTIs) e em dias alternados para os demais setores, seguindo o cronograma abaixo:

Segunda-feira: Clínicas COVID-19, UTIs COVID-19, Emergência, Cardiologia, Neurologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e UTI Pediátrica;

Terça-feira: Clínicas COVID-19, UTIs COVID-19, Neurologia, UTI 3 e UTI Pediátrica;

Quarta-feira: Clínicas COVID-19, UTIs COVID-19, Emergência, Cardiologia, Neurologia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica e UTI Pediátrica;

Quinta-feira: Clínicas COVID-19, UTIs COVID-19, UTI 3;

Sexta-feira: Clínicas COVID-19, UTIs COVID-19, Emergência, Cardiologia, Clínica Médica, Neurologia, UTI Pediátrica.

Paulo Câmara discute com Rodrigo Maia alternativas para o Enfrentamento à Covid-19

O governador Paulo Câmara recebeu, na manhã desta quinta-feira (02), no Palácio do Campo das Princesas, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, para apresentar as ações do Governo de Pernambuco no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus. Durante o encontro, o gestor estadual detalhou as medidas adotadas nas mais diferentes áreas governamentais e defendeu a construção de uma unidade nacional, aproveitando a ocasião para indicar caminhos que podem ser seguidos pelo legislativo federal para apoiar os Estados e municípios.

“Mostramos nosso modelo de atuação, e o presidente Rodrigo Maia se comprometeu a continuar a nos ajudar e ajudar o Brasil a superar essa crise”, disse o governador, completando: “A Câmara dos Deputados e o Congresso têm feito um papel importante. E é necessário que o Governo Federal, cada vez mais, busque ações e um planejamento. Ainda temos um longo caminho para percorrer no enfrentamento à pandemia.”

Rodrigo Maia elogiou o trabalho realizado em Pernambuco e reafirmou a ajuda e a disposição para “a junção de forças” para seguir com essa atuação. “Temos ainda muitas pautas que vamos precisar votar e precisamos saber o que de fato está projetado em todos os estados, para que possamos organizar, colocando as matérias em votação conectadas com a realidade de cada um. Vimos a projeção de queda de arrecadação, perda do fundo de participação dos estados e como isso ainda vai afetá-los. Com essas informações, dialogaremos com o Governo Federal para que os próximos projetos tratem de recursos e que estejam do tamanho adequado para atendimento das demandas da sociedade de todo o Brasil”, declarou o presidente da Câmara dos Deputados.

Até o momento, o Governo de Pernambuco investiu mais R$ 570 milhões no enfrentamento à pandemia no estado, entre a estruturação de leitos, ações de proteção social e contratação de pessoal. A estimativa da gestão estadual é de aportar cerca de R$ 900 milhões até o final da crise provocada pelo novo Coronavírus.

Também estiveram presentes no encontro a vice-governadora Luciana Santos, o deputado federal Tadeu Alencar e os secretários Décio Padilha (Fazenda), André Longo (Saúde), e Alexandre Rebêlo (Planejamento e Gestão).

Pandemia derruba produção de petróleo em maio

Plataforma semi-submersível P-20,petróleo do Brasil, petrobras

A produção de petróleo no Brasil diminuiu 6,5% em maio de 2020, na comparação com abril, e aumentou 1,3% na comparação com o mesmo período de 2019. A produção de gás natural caiu 7,8% na comparação mensal e diminuiu 3% na comparação anual. Os dados estão no Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, divulgado hoje pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A produção nacional no mês de maio foi de 3,485 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), com um total de 2,765 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 114 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural.

Segundo a agência, os principais motivos da queda na produção foram a parada dos navios plataforma (FPSOs, da sigla em inglês) Mangaratiba e Cidade de Angra dos Reis e a restrição na produção das plataformas P-67, P-74 e P-76.

“Durante o mês de maio, 34 campos tiveram a suas respectivas produções interrompidas temporariamente devido aos efeitos da pandemia da covid-19, dos quais 16 marítimos e 18 terrestres, e um total de 60 instalações de produção marítimas permaneceram com produção interrompida. No mês de abril, foram 38 campos e 66 instalações com produção interrompida pelo mesmo motivo”, informa a ANP.

Os campos do pré-sal foram responsáveis por 67,8% da produção nacional em maio, com 2,363 MMboe/d. No total, foram 1,875 MMbbl/d de petróleo e 77,57 MMm3/d de gás natural em 115 poços. A redução na produção do pré-sal foi de 9% em relação ao mês anterior, mas houve aumento de 12,2% em relação a maio de 2019.

O aproveitamento de gás natural em maio foi de 97,6%, com a disponibilização ao mercado de 48,7 MMm³/dia e queima de 2,782 MMm³/d. O aumento da queima foi de 2,1% na comparação com abril e houve redução de 43,3% em relação a maio de 2019.

Os campos marítimos foram responsáveis por 96,5% do petróleo produzido no mês e por 86% do gás natural. “Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,9% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 41,8% do total”, segundo a ANP.

Os destaques foram o campo de Lula, na Bacia de Santos, com 889 Mbbl/d de petróleo e 39,3 MMm3/d de gás natural, e a plataforma Petrobras 77, no campo de Búzios, com 155,371 Mbbl/d de petróleo.

Sesi na Paraíba é investigado por suspeita de superfaturamento em obra

Polícia Federal imagem genérica

A unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) da Paraíba é alvo de uma operação deflagrada hoje (2), pela Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF) para apurar suspeitas de irregularidades em obras contratadas pela entidade.

Noventa e seis policiais federais e nove auditores da CGU, que participam da chamada Operação Cifrão, estão cumprindo 28 mandados judiciais de busca e apreensão em endereços de Campina Grande, Queimadas e da capital, João Pessoa.

Segundo a CGU, ao auditar as contas da unidade paraibana do Sesi, técnicos encontraram indícios de superfaturamento em três obras de construção e reforma de centros de atividades da entidade no estado. A controladoria calcula que o prejuízo pode superar os R$ 2 milhões do dinheiro que o Sesi recebe por meio de contribuições compulsórias feitas por indústrias de todo o país.

Indícios de fraudes em processos

Ainda de acordo com a CGU, os auditores também encontraram indícios de fraudes em processos licitatórios e vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba – ao qual o Sesi está ligado.

“Com o aprofundamento das apurações pelos órgãos parceiros, foram descobertas movimentações entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sesi/PB, por meio de uma ginástica financeira, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos”, afirma a CGU, em nota.

Também em nota, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) informou que só teve conhecimento das investigações esta manhã. “Todos os documentos solicitados foram entregues à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Federal com o intuito de contribuir com as investigações e elucidação dos fatos”, afirma a entidade, garantindo que irá colaborar com a apuração.

Artigo: A necessidade da testagem rápida e ampla para combater o coronavírus

Desde o início do ano há uma crise sanitária em todo o mundo, em função do coronavírus. E, infelizmente, o Brasil ainda possui uma baixa taxa de testagem para a doença. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) esse índice deve ser de 10 a 30 vezes a mais que o número de infectados. E, no Brasil, segundo o Our World in Data, plataforma de dados de Oxford, são realizados, aproximadamente, 1,1 testes para cada caso confirmado. Em função dessa testagem reduzida, o número de casos positivos identificados pode não ser real.

De acordo com a OMS, quanto maior o número de casos confirmados, maior deve ser o índice de testes. No Brasil, até 12 de junho, eram mais de 800 mil casos confirmados e cerca de 400 mil em acompanhamento. Com isso, o país é, atualmente, a segunda nação com mais infectados no mundo, atrás, apenas dos Estados Unidos, com aproximadamente dois milhões de infectados.

Ainda segundo o Our World in Data, na primeira semana de junho, o Brasil totalizava uma média de 2,28 pessoas testadas a cada 100 mil habitantes, enquanto na Itália e nos EUA, a média era de 69,25 e 61,59 testados, respectivamente. Dessa forma, a quantidade de testes realizados no Brasil não demonstra a precisão no número de infectados e mortos, tornando os dados divergentes da realidade.

Atualmente, o período para que a resposta de um teste de detecção da covid-19 seja entregue e contabilizada pelo Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), sistema usado pelo Ministério da Saúde para registrar as contaminações pelo coronavírus, pode ser de até uma semana. Pois nessa testagem é considerado apenas o exame molecular, conhecido por RT-PCR, que é feito somente em laboratórios por meio da coleta de uma secreção do nariz.

Esse tempo é longo, se tratando da urgência em que as medidas necessárias devem ser tomadas para a contenção desse vírus. Por exemplo, uma vez que uma pessoa fez o teste, mas não tem o resultado em tempo oportuno, ela pode se tornar uma fonte de propagação, mesmo sem saber. Isso reafirma a importância do diagnóstico rápido para evitar o aumento da doença.

No Brasil, já existem testes, aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que cumprem esse papel de entrega de resultados em um curto intervalo de tempo. Entre eles está o Alfa Scientific, importado dos Estados Unidos, capaz de detectar o vírus a partir do sétimo dia de contato com o organismo. Ele é feito por meio da coleta de sangue, com uma picada no dedo ou por punção venosa. Após o sangue ser misturado com o reagente, o teste aponta o resultado em até 10 minutos.

Além disso, ele permite identificar se a pessoa, em algum momento, teve contato com o patógeno da doença, mesmo não tendo ficado doente. Ele já está sendo utilizado, por exemplo, em empresas que já retomaram suas atividades e querem garantir a segurança de seus colaboradores, como é o caso de algumas mineradoras que atuam no estado de Minas Gerais.

Testes como esses que agilizam o processo de detecção do novo coronavírus podem ser importantes aliados nesse momento, contribuindo para que o Brasil supere esse desafio sanitário, econômico e comunitário.

Rodrigo Silveira – diretor da Orbitae

Deputados articulam acordo para analisar em plenário proposta que pode baratear gás natural

Coautor da proposta conhecida como Nova Lei do Gás, o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG) considera que a abertura de mercado e a entrada de novos fornecedores de gás natural no Brasil sejam regulamentadas por lei. Em 2019, o governo federal criou, por meio de resolução, o Novo Mercado de Gás, com a promessa de atrair novos investimentos, promover concorrência e cortar pela metade o preço do combustível até 2021, o que não ocorreu até o momento.

Ao defender a retomada da discussão do PL 6.407/2013 na Câmara dos Deputados, o parlamentar afirma que hoje o monopólio da Petrobras impede a livre concorrência no setor, já que não há outras empresas para competir em termos de preços.

“A legislação brasileira permite quase um cartel. Permite um mercado totalmente fechado e isso inibe novos investidores. Nós não conseguimos, por exemplo, ter gasodutos para atender às indústrias. O gás não chega onde é necessário”, critica.

Projeto que facilita construção de gasodutos, Nova Lei do Gás pode ser aprovada na Câmara ainda em 2020

Deputado Laercio Oliveira (PP-SE) anuncia que o relatório da Nova Lei do Gás retoma o trâmite até o fim de novembro

Livre iniciativa é que deve ditar regulação no mercado de gás natural, defende Paulo Ganime (NOVO-RJ)

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras opera 94% de toda a produção no país, além de administrar a maioria dos campos de gás, gasodutos, termelétricas, transportadoras, distribuidoras e revendedoras do combustível.

Para Domingos Sávio, o principal prejudicado é o consumidor, que é obrigado a pagar pelo produto oferecido por uma única empresa. O parlamentar argumenta que a aprovação da nova lei vai modernizar a estrutura jurídica e permitir avanços que beneficiam a indústria, principal compradora do combustível no país.

“Esse projeto moderniza toda essa estrutura e quem ganha é o cidadão brasileiro, é a competitividade da indústria brasileira. Com esse projeto, teremos um gás mais barato, gerando emprego e riqueza para todo o Brasil”, completa o parlamentar.

No mercado brasileiro, a oferta total de gás natural é de 82 milhões de metro cúbicos por dia, sendo que 69% são de oferta interna e 16% se referem à importação da Bolívia. Em relação à demanda total, o Brasil responde por 76 milhões de metro cúbicos/dia. A indústria é a que mais demanda o produto (48%), seguida pelo setor de geração elétrica (37%). Os dados são da ANP.

A principal reclamação do setor produtivo é que a baixa oferta e a falta de concorrência no mercado torna o preço do combustível no país um dos mais altos do mundo, o que eleva os custos do produto final. A exemplo de comparação, no lançamento do programa Novo Mercado de Gás, em 2019, o Ministério de Minas e Energia estimou que o custo do fornecimento do gás natural no país era de US$ 10,4 por milhão de BTU, unidade térmica usada no mercado internacional. Na Argentina, esse valor, no ano passado, era de US$ 4,6 e nos Estados Unidos, US$ 3,13.

“O gás natural, no Brasil, chega a ser cinco ou seis vezes mais caros do que em outros países. O gás natural é mais caro no Brasil do que na Europa, onde não há produção de gás natural. O Brasil tem muita riqueza de gás natural e tem facilidade de importar da Bolívia, por exemplo, a custos competitivos”, cobra Domingos Sávio.

Mudanças

Entre outros pontos, o PL 6.407/2013 prevê diminuir a burocracia para construção de gasodutos, tubulações semelhantes a encanamentos domésticos que são utilizadas para transportar gás natural de um lugar a outro. Segundo o relatório aprovado na Comissão de Minas e Energia da Câmara em outubro de 2019, o processo de concessão de gasodutos atualmente é “muito burocrático”, o que impediu a ampliação dessa infraestrutura nos últimos anos.

Há 24 anos, legalmente, qualquer empresa que atenda as exigências técnicas pode explorar o gás natural no país, o que não ocorre no Brasil por conta do monopólio da Petrobras. A empresa domina, por exemplo, 100% do processamento e 80% da comercialização do produto em todo o mercado nacional.

Para o diretor da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) e coordenador-adjunto do Fórum do Gás, Bernardo Sicsú, esse cenário requer mudanças normativas para que haja avanço e ganhos econômicos no setor.

“O projeto da Nova Lei do Gás busca abrir o mercado de ponta a ponta, desde a produção até o consumo. Não basta você tratar apenas um desses elos, pois, se um deles for fechado, cria-se um nó que impede a criação dos benefícios pretendidos com a abertura do mercado”, aponta.

Para ampliar e interiorizar a rede de gasodutos pelo país, o texto propõe que as companhias precisem apenas de autorização da ANP, em vez de passar por licitação pública para construir essas estruturas. A exceção a essa regra são os gasodutos que são operados em regime especial por força de acordos internacionais de fornecimento de gás natural.

“Você tem no transporte, por exemplo, a simplificação do modelo de outorga. Com isso, a construção de um novo gasoduto não vai exigir o modelo de concessão, podendo seguir para o modelo de autorização. Essa simplificação é fundamental para acelerar o processo de transformação no setor de gás”, avalia Sicsú.

Pela tramitação normal, o PL 6.407/2013 deveria por passar por análise da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara. O deputado Domingos Sávio, entretanto, costura um acordo para tentar convencer o presidente Rodrigo Maia de analisar a matéria em Plenário. A justificativa para isso, segundo o parlamentar, é que o tema possui “relevância econômica para o período pós-pandemia”.

Fonte: Brasil 61