Recuperados da Covid-19 mantêm cuidados mesmo após infecção

Um profissional médico mostra um teste negativo para o novo coronavírus em frente ao Estádio Mane Garrincha, em meio ao surto da doença por coronavírus (COVID-19), em Brasília, Brasil, 21 de abril de 2020. REUTERS / Ueslei Marcelino

O Brasil têm, de acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 milhão de recuperados da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para alguns, o fato de já ter tido a doença é motivo para relaxar e não seguir à risca as recomendações para evitar o contágio. Para outros, a rotina de cuidados não mudou e inclusive ficou maior.

Segundo especialistas, não há evidências científicas de que quem contraiu a covid-19 não vá se contaminar de novo. Além disso, por ser uma doença nova, os efeitos do vírus a médio e longo prazo não são totalmente conhecidos. Quem teve a infecção pode ainda apresentar eventuais complicações.

“Eu estou bem mais medroso, mais receoso. Se eu lavava minha mão antes, agora lavo duas vezes mais. Higienizo as coisas que trago da rua. O cuidado aumentou depois que passei pela doença e sei como é”, conta o farmacêutico Marcus Túlio Batista, 27 anos. Ele começou a sentir os sintomas no dia 14 de junho. Teve dor de garganta, perda de olfato e paladar, indisposição e dores no corpo.

“Quando você pega, vê que a doença vai além do físico. Eu acho que talvez o emocional seja até muito mais abalado”, diz e complementa: “Eu moro sozinho em Brasília. Minha família é de outro estado. Isso me causou bastante impacto porque além do isolamento, você tem medo de como vai evoluir, não sabe como o seu corpo vai lidar com isso. Eu fiquei bastante ansioso”, conta.

Na casa da artista plástica e produtora cultural Leticia Tandeta, 59 anos, no Rio de Janeiro, quase todos foram infectados em meados de maio. Ela, o marido, o filho e o irmão. “Ficamos praticamente todos doentes ao mesmo tempo. A sorte foi que todos tivemos sintomas brandos, ninguém teve falta de ar ou uma febre absurdamente alta”, diz. A única que não adoeceu foi a mãe de Leticia, que tem 93 anos. A família tomou o cuidado de isolá-la e de separar tudo que era usado por ela.

“Hoje é estranho porque não sabemos se estamos imunizados ou não”, diz Leticia. “Os médicos dizem que provavelmente temos algum tipo de imunização, talvez de um mês, dois meses, três”. Por causa das incertezas, ela diz que a família continua tomando cuidados como sair de casa o mínimo possível, apenas quando necessário, usando sempre máscara. Já ter contraído a doença, no entanto, traz um certo tipo de relaxamento: “Não é que a gente relaxe nos cuidados, mas há um certo relaxamento interno sim”.

De acordo com o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, mesmo quem já teve a doença deve continuar tomando cuidado. “Não temos certeza, por enquanto, de que quem teve covid-19 uma vez não terá novamente. É importante que quem já teve a doença continue se prevenindo. Continue com as medidas preventivas, usando máscaras, higienizando as mãos e evitando aglomeração”.

As pessoas que já foram infectadas, de acordo com Weissmann, assim como as demais, podem ajudar a propagar o vírus caso não tomem os devidos cuidados. “Mesmo a pessoa que não estiver infectada, se ela puser a mão em um lugar contaminado, ela pode carregar o vírus. Por isso é importante estar sempre higienizando as mãos, lavando com água e sabão ou com álcool 70%”, orienta.

Síndrome da Fadiga Crônica

Em março, a psicóloga Joanna Franco, 37 anos, teve dores no corpo, tosse seca, dor de cabeça, febre alta, dificuldade de respirar, perda de olfato e paladar, diarreia e vômito. Na época que recebeu o diagnóstico clínico de covid-19, o Brasil começava a adotar medidas de isolamento social. Morando sozinha em Niterói, ela cumpriu todas as regras de quarentena e de isolamento social. Os sintomas passaram. Para garantir que não transmitiria o vírus para ninguém, ela ainda permaneceu em isolamento por cerca de 40 dias. Foi então que percebeu que não estava totalmente recuperada, estava muito cansada. “Vinha um cansaço, parecendo que eu tinha subido ladeiras, uma sensação de que isso nunca ia acabar, que não ia sair de mim. Fiquei bem prostrada”.

Quase três meses depois, ela diz que se sente melhor, que está conseguindo retomar uma rotina de exercícios físicos, que antes eram impossíveis. Depois de passar pelo que passou, ela redobrou todos os cuidados que já vinha tendo. “Depois de ter passado, não quero vivenciar isso de novo e não quero que outras pessoas vivenciem”, diz.

O cansaço que Joanna sentiu após se recuperar da doença pode ter sido a chamada Síndrome da Fadiga Crônica, que tem sido relatada por pessoas que foram contaminadas pela covid-19, segundo o neurologista, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal Fluminense (UFF), Gabriel de Freitas. O principal sintoma é o cansaço, mas pode haver alteração na pressão, na frequência cardíaca e insônia. “O que predomina é a  fadiga, o cansaço. A pessoa não consegue trabalhar, não consegue voltar à atividade”, afirma.

A síndrome não é exclusiva do novo coronavírus, mas ocorre também por causa de outros vírus. Ela pode durar até cerca de um ano, é mais frequente em mulheres entre 40 e 50 anos e que tiveram covid-19 pelo menos de forma moderada. Mas, de acordo com Freitas, ainda há muitas dúvidas pelo fato de ser uma doença recente. Para o tratamento, geralmente é recomendada psicoterapia, atividades físicas, antivirais e antidepressivos.

“Essa síndrome traz uma angústia muito grande para as pessoas porque fadiga não é um sintoma mensurável. Não se consegue mensurar por exame. Muitas vezes é mal compreendido”.

Gabriel diz que a pandemia pode ser mais complexa do que se pensa e defende que todos os cuidados possíveis sejam adotados. “Parece que não é estar recuperado e ponto final. Talvez essas pessoas tenham mais sintomas. A Síndrome da Fadiga Crônica pode ser apenas um deles. Acho que a gente não tem essa informação. É possível que existam complicações a médio e a longo prazo. O que alguns autores colocam é que as medidas de isolamento social são importantes não só para evitar a morte. A gente tem que levar em consideração e colocar nessa equação as complicações a médio e longo prazos”.

Medo e ansiedade

Além de lidar com os sintomas da covid-19 e com as consequências da doença, muitas pessoas estão lidando com sintomas de ansiedade, de acordo com a psicóloga da equipe de coordenação de saúde do trabalhador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marta Montenegro. “A covid-19 é uma doença muito nova, recente, um vírus cujas informações foram se construindo nesse processo de pandemia. Os próprios profissionais de saúde estavam tentando entender as formas de cuidado e isso deixa as pessoas muito inseguras. O ser humano se sente mais seguro se tiver previsibilidade do que vai acontecer. Essa incerteza sobre formas de contaminação, se pode ou não se contaminar de novo, deixa as pessoas vulneráveis”, explica.

De acordo com a psicóloga, buscar informações confiáveis ajuda a lidar melhor com a pandemia. “Buscar informação válida, de fontes confiáveis. Isso alivia sintomas emocionais. Às vezes, as pessoas estão em casa recebendo informações que nem sempre são as melhores e  acabam ficando muito confusas. Depois de três meses, acham que só estão protegidas dessa forma. Isso acaba gerando um medo de sair de casa. No outro extremo, há pessoas saindo como se não tivessem o vírus, em um processo de negação por dificuldade de lidar com a situação. São dois extremos. Existe o vírus. É necessário manter medidas de biossegurança, mas isso não pode paralisar as pessoas”, acrescenta.

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio de R$ 33 milhões

Apostadores fazem fila em casa lotérica. A Caixa Econômica Federal sorteia hoje (08) as seis dezenas do concurso 2.149 da Mega-Sena acumulada, que deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões.

A Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira (8) prêmio acumulado de R$ 33 milhões.

As seis dezenas do concurso 2.277 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

O volante, com seis dezenas marcadas, custa R$ 4,50.

Confira pagamentos e tributos adiados ou suspensos durante pandemia

Agência Brasil

Terminar o mês escolhendo quais boletos pagar. Essa virou a rotina de milhões de brasileiros que passaram a ganhar menos ou perderam a fonte de renda por causa da pandemia do novo coronavírus. Para reduzir o prejuízo, o governo adiou e até suspendeu diversos pagamentos esse período. Tributos e obrigações, como o recolhimento das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ficarão para depois.

Em alguns casos, também é possível renegociar. Graças a resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), os principais bancos estão negociando a prorrogação de dívidas. Os agricultores e pecuaristas também poderão pedir o adiamento de parcelas do crédito rural.

Além do governo federal, diversos estados estão tomando ações para adiar o pagamento de tributos locais e proibir o corte de água, luz e gás de consumidores inadimplentes. No entanto, consumidores de baixa renda estão isentos de contas de luz por 150 dias em todo o país. Em alguns casos, a Justiça tentou agir. No início de abril, liminares da 12ª Vara Cível Federal em São Paulo proibiram o corte de serviços de telefonia de clientes com contas em atraso, mas a decisão foi revertida dias depois.

Conta de luz
Pessoas que comprovarem ter baixa renda estão isentas da cobrança de luz por 150 dias – Arquivo/Agência Brasil

Alguns acordos já expiraram, como o acerto entre Agência Nacional de Saúde (ANS) e algumas operadoras para que os planos não interrompessem o atendimento a pacientes inadimplentes até o fim de junho. Outras medidas foram renovadas, como a proibição de cortes de luz, prorrogada até o fim de julho pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Pagamentos adiados

Os adiamentos não valem apenas para os consumidores. O Congresso aprovou uma lei que suspende o pagamento da dívida dos estados com a União de março a dezembro e autoriza os governos locais a renegociarem débitos com bancos públicos e organismos internacionais.

Confira as principais medidas temporárias para aliviar o bolso em tempos de crise:

Empresas

•        Adiamento do pagamento da contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e dos Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). Os pagamentos de abril serão quitados em agosto. Os pagamentos de maio, em outubro. A medida antecipará R$ 80 bilhões para o fluxo de caixa das empresas.

•        Adiamento da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) do 15º dia útil de abril, maio e junho para o 15º dia útil de julho.

•        Parcelamento, em até 12 vezes, de multas administrativas aplicadas a fornecedores do governo federal.

Micro e pequenas empresas

•        Adiamento, por seis meses, da parte federal do Simples Nacional. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro.

•        Adiamento, por três meses, da parte estadual e municipal do Simples Nacional. Os pagamentos do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, pertencente aos estados) do Imposto sobre Serviços (ISS, dos municípios) de abril, maio e junho passaram para julho, agosto e setembro.

•        Adiamento dos parcelamentos das micro e pequenas empresas devedoras do Simples Nacional. As parcelas de maio passaram para agosto, as de junho para outubro, e as de julho para dezembro.

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Micro e pequenas empresas terão adiamento de impostos e tributos – Arquivo/Agência Brasil

Microempreendedores individuais (MEI)

•        Adiamento das parcelas por seis meses. Os pagamentos de abril, maio e junho passaram para outubro, novembro e dezembro. A medida vale tanto para a parte federal como para parte estadual e municipal (ICMS e ISS) do programa.

•        Adiamento dos parcelamentos das micro e pequenas empresas devedoras do Simples Nacional. As parcelas de maio passaram para agosto, as de junho para outubro, e as de julho para dezembro.

Pessoas físicas

•       O cronograma de restituições do Imposto de Renda, de maio a setembro, está mantido. Prazo da declaração, que acabaria em 30 de abril, foi adiado por dois meses e acabou no fim de junho.

 IMPOSTO DE RENDA, Declaração IRPF 2019
Apesar da prorrogação do prazo de entrega, o calendário de restituições do Imposto de Renda de 2020 está mantido – Marcello Casal JrAgência Brasil

Empresas e pessoas físicas

•        Suspensão, por 180 dias, do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos. Imposto deixará de ser cobrado de abril a outubro, injetando R$ 14 bilhões na economia. Medida acabaria no fim de junho, mas foi prorrogada por 90 dias.

•        Suspensão, até 31 de julho, de procedimentos de cobrança e de intimação pela Receita Federal. Medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida em um mês.

•        Prorrogação das parcelas de renegociações com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que venceriam em maio, junho e julho. Vencimento foi estendido para agosto, outubro e dezembro, respectivamente.

Empresas e empregadores domésticos

•        Suspensão das contribuições para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por três meses, inclusive para empregadores domésticos. Valores de abril a junho serão pagos de julho a dezembro, em seis parcelas, sem multas ou encargos.

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Empregadores poderão pagar a contribuição do FGTS em 6 parcelas, sem juros ou multa – Arquivo/Agência Brasil

Compra de materiais médicos

•        Redução a zero das alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar

•        Desoneração temporária de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bens necessários ao combate ao Covid-19

Contas de luz

•        Proibição de cortes de energia de consumidores inadimplentes até 31 de julho. Medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

•       Consumidores de baixa renda, que gastam até 220 quilowatts-hora (kWh) por mês, estarão isentos de pagarem a conta de energia até o fim de agosto. Medida acabaria no fim de junho, mas foi prorrogada por 60 dias. O valor que as distribuidoras deixarão de receber será coberto com R$ 1,5 bilhão de subsídio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Contas de telefone

•        Apesar de liminar da Justiça Federal em São Paulo ter proibido o corte de serviço de clientes com contas em atraso, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) recorreu e conseguiu reverter a decisão. Os clientes de telefonia continuarão a ter a linha cortada caso deixem de pagar as contas. Segundo o presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, desembargador Mairan Maia, as operadoras precisam de recursos para manterem a infraestrutura e financiarem a crescente demanda por serviços de telecomunicação durante a pandemia”, afirmou, no texto.

Dívidas em bancos

•        Autorizados por uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN), os cinco principais bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander – abriram renegociações para prorrogarem vencimentos de dívidas por até 60 dias.

•        Renegociação não vale para cheque especial e cartão de crédito.

•        Clientes precisam estar atentos para juros e multas. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), é preciso verificar se o banco está propondo uma pausa no contrato, sem cobrança de juros durante a suspensão, ter cuidado com o acúmulo de parcelas vencidas e a vencer e perguntar se haverá impacto na pontuação de crédito do cliente.

Financiamentos imobiliários da Caixa

•        Caixa Econômica Federal ampliou, de 90 para 120 dias, a pausa nos contratos de financiamento habitacional para clientes adimplentes ou com até duas parcelas em atraso, incluindo os contratos em obra. Quem tinha pedido três meses de prorrogação terá a medida ampliada automaticamente para quatro meses.

•        Clientes que usam o FGTS para pagar parte das parcelas do financiamento poderão pedir a suspensão do pagamento da parte da prestação não coberta pelo fundo por 120 dias.

•        Clientes adimplentes ou com até duas prestações em atraso podem pedir a redução do valor da parcela por 120 dias.

•        Carência de 180 dias para contratos de financiamento de imóveis novos.

Entrega de 528 novas moradias do programa de habitação de interesse social do Governo Federal, em São Sebastião, Distrito Federal
A Caixa ampliou o prazo de suspensão nos contratos de financiamento de imóveis, incluindo obras em andamento  – Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fies

•        Congresso aprovou suspensão de pagamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) até o fim do ano. Primeira versão da lei sobre o tema, sancionada em maio, isentava os financiamentos apenas durante a pandemia.

Produtores rurais

•        CMN autorizou a renegociação e a prorrogação de pagamento de crédito rural para produtores afetados por secas e pela pandemia de coronavírus. Bancos podem adiar, para 15 de agosto, o vencimento das parcelas de crédito rural, de custeio e investimento, vencidas desde 1º de janeiro ou a vencer.

Inscritos na Dívida Ativa da União

•        Devedores impactados pela pandemia podem pedir parcelamento especial de dívidas com a União. Adesão vai até 31 de dezembro.

•        Suspensão, até 31 de julho, de procedimentos de cobrança e de intimação pela PGFN. Medida acabaria no fim de junho, mas foi estendida em um mês.

Estados devedores da União

•        Congresso aprovou suspensão dos débitos dos estados com o governo federal e com bancos públicos de março a dezembro. A medida injetará R$ 35 bilhões nos cofres estaduais para enfrentarem a pandemia.

•        A nova lei também autoriza a renegociação de débitos dos estados e dos municípios com bancos públicos e organismos internacionais, deixando de pagar R$ 24 bilhões.

Disney mantém previsão de abertura de parques no próximo sábado

Disneylândia Orlando

A Walt Disney vai manter os planos de reabrir os parques temáticos em Orlando, na Flórida, para um número limitado de visitantes no próximo sábado (11), informou a empresa nessa terça-feira (7).

Os casos de coronavírus na Flórida dispararam no último mês, com a contagem diária no estado superando 10 mil novos registros por dia na semana passada.

A taxa de mortalidade pela covid-19 subiu cerca de 19% em relação à semana anterior, levando o número de mortes no estado para mais de 3.800.

Alguns funcionários assinaram pedido para que a Disney atrase a reabertura do Walt Disney World. O complexo, que possui os parques temáticos mais visitados do mundo, foi fechado em março.

Em nota divulgada nessa terça-feira, a diretora-médica da Disney, Pamela Hymel, disse que novos requisitos, incluindo checagem de temperatura corporal e exigências de uso obrigatório de máscara, além de outras medidas sanitárias, permitiriam que os visitantes desfrutem da Disney World “de maneira responsável”.

“Embora a covid-19 e o risco de contraí-la estejam presentes nos espaços públicos, há muitas maneiras importantes com as quais podemos promover a segurança de todos”, disse Pamela.

Pernambuco registra 509 novos casos e 71 mortes por Covid-19

 (Foto: DANIEL ROLAND/AFP.)
Foto: DANIEL ROLAND/AFP.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta terça-feira (7), 509 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados ontem, 381 (75%) são casos leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que estavam na fase final da doença ou já curados. Os outros 128 (25%) se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Agora, Pernambuco totaliza 66.151 casos já confirmados, sendo 20.398%u202C %u202C graves e 45.753 leves.

Também foram confirmados 71 óbitos, ocorridos desde o dia 25 de abril. Do total de mortes no informe da terça-feira (07), 44 (62%) ocorreram entre o dia 25 de abril e 3 de julho. As outras 27 (38%) ocorreram nos últimos três dias.

Com isso, o Estado totaliza 5.234 óbitos pela doença. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde

Câmara aprova MP que permite reembolso de passagem aérea em até um ano

Aeroporto Internacional de Guarulhos; coronavírus COVID-19; Guarulhos

A Câmara dos Deputados aprovou, em sessão virtual nesta terça-feira (7), o texto-base da Medida Provisória 925/20, que permite as empresas aéreas a reembolsar em até 12 meses as passagens aéreas canceladas. O valor será atualizado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). As definições relacionadas ao reembolso e alterações de voos domésticos ou internacionais aplicam-se a passagens aéreas compradas até 31 de dezembro deste ano.

Editada pelo governo federal em março, a medida prevê socorro financeiro às companhias aéreas, que estão sendo fortemente afetadas pela crise do novo coronavírus (covid-19). Os parlamentares devem continuar a apreciação da matéria nesta quarta-feira (8).

“Em termos globais, o documento [da Organização de Aviação Civil Internacional – OACI] estima que haverá, em 2020, redução de 32% a 59% dos assentos oferecidos pelos transportadores aéreos; redução de 35% a 65% do número total de passageiros; e perda de receita de US$ 238 bilhões a US$ 418 bilhões, nos segmentos doméstico e internacional”, disse o relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (DEM-BA), ao justificar a aprovação da matéria.

No Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), as companhias filiadas registraram queda de 93,9% na demanda por voos domésticos, em abril, e de 91,35% na oferta de assentos, no mesmo período.

O texto de Maia prevê que o reembolso também pode ser solicitado em caso de atraso por mais de quatro horas ou interrupção do voo. O parlamentar também propôs um dispositivo para conceder ao consumidor a opção de receber crédito de valor maior ou igual ao da passagem aérea, a ser usado, por ele ou outra pessoa, em até 18 meses, para adquirir produtos ou serviços oferecidos pela empresa.

O direito ao reembolso, ao crédito, à reacomodação ou à remarcação do voo, vale para qualquer meio de pagamento utilizado para a compra da passagem: dinheiro, crédito, pontos ou milhas.

Em caso de cancelamento de voo, a companhia aérea deve interromper o lançamento das demais parcelas da compra no cartão de crédito ou em outros instrumentos de pagamento utilizados para comprar o bilhete, sem prejuízo da restituição de valores já pagos. Essa solicitação não acontecerá de forma automática e deve ser feita pelo consumidor.

A proposta de Maia transfere a cobrança da tarifa de conexão, atualmente devida pelas companhias aéreas, para o passageiro. Atualmente, as empresas aéreas repassam esse custo ao valor total do bilhete quando as companhias fazem uso da estrutura do aeroporto para que o passageiro aguarde o próximo voo.

Estarão isentos dessa cobrança os passageiros de aeronaves militares e da administração federal direta; passageiros de aeronaves em voo de retorno por motivos técnicos ou meteorológicos; passageiros com menos de 2 anos; inspetores de aviação civil no exercício de suas funções; passageiros de aeronaves militares ou públicas estrangeiras; e passageiros convidados do governo brasileiro.

A partir de 1º de janeiro de 2021 será extinto o adicional da tarifa de embarque internacional, criado em 1997, para financiar o pagamento da dívida pública.

Saque FGTS
Entre as medidas econômicas, o texto prevê o saque o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para aeronautas e aeroviários nos casos em que tiverem suspensão total ou redução de salário, o saque mensal de recursos, por trabalhador e até o limite do saldo existente na conta vinculada, de seis parcelas de R$ 3.135, no caso de suspensão total do salário, e de R$ 1.045, no caso de redução do salário.

Saúde Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus

O chefe do médico da UTI, Everton Padilha Gomes, examina uma radiografia de tórax de um paciente em um hospital de campo criado para tratar pacientes que sofrem da doença por coronavírus (COVID-19) em Guarulhos, São Paulo

Brasil chegou a 66.741 mil mortes e 1.668.589 milhão de casos em decorrência da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Foram 1.254 novas mortes e 45.305 novas pessoas infectadas registradas nas últimas 24 horas, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada na terça-feira (7).  Até o momento 976.977 pessoas já se recuperaram e há 624.871 pessoas em acompanhamento.

Na segunda-feira (06), o balanço trazia 65.487 falecimentos e 1.623.284 de casos confirmados em função da pandemia.

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 31,8. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 794.

De acordo com o Ministério da Saúde, O Brasil é o 2º do mundo em mortes e casos, atrás apenas dos Estados Unidos. Conforme o mapa global da universidade norte-americana Johns Hopkins, os Estados Unidos contam com 2.980.906 pessoas infectadas e registraram desde o início da pandemia 131.248 vidas perdidas.

Os números diários do balanço do Ministério da Saúde em geral são menores aos domingos e segundas-feiras pelas restrições nas equipes que fazem a alimentação nas secretarias municipais e estaduais, e maiores às terças-feiras, quando há um acréscimo dos registros alimentados em razão do acúmulo do que não foi encaminhado no fim-de-semana.

Regiões

As regiões com mais mortes são Sudeste (30.518), Nordeste (21.605), Norte (10.115), Centro-Oeste (2.442) e Sul (2.061).

Os estados com mais mortes em função da pandemia são São Paulo (16.475), Rio de Janeiro (10.881), Ceará (6.556), Pará (5.128) e Pernambuco (5.234). As Unidades da Federação com menos óbitos são Mato Grosso do Sul (128), Tocantins (228), Roraima (376), Acre (399) e Santa Catarina (419).

Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus
Brasil tem 1,66 milhão de casos confirmados do novo coronavírus – Divulgação/ Ministério da Saúde/ Direitos reservados

Mais de 200 mil candidatos se inscreveram no primeiro dia de abertura do Sisu

As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do segundo semestre de 2020 começaram nesta terça-feira (7). Até as 17h, a página do Sisu registrou 204.611 inscritos, sendo que o total de inscrições chegou a 389.758. É que os candidatos podem escolher até duas opções de curso, que são contadas, cada uma, como inscrição. Nesta edição, são ofertadas 51.924 vagas em 1.542 cursos de 57 instituições públicas de educação superior.

As inscrições no Sisu estão abertas até 23h59, desta sexta-feira (10). Podem se inscrever os candidatos que fizeram o Enem em 2019 e obtiveram nota maior que zero na redação, desde que não tenham participado do exame na condição de treineiro.

Para se inscrever, basta acessar o site do Sisu. O candidato deve utilizar o mesmo login cadastrado no portal de serviços do governo federal (acesso.gov.br). Assim que acessar o sistema do Sisu, o candidato pode acompanhar a classificação parcial obtida a cada divulgação da nota de corte, que é realizada uma vez por dia. O candidato pode alterar suas opções de inscrição quantas vezes desejar, até o final do período de inscrições.

Distribuição de vagas em cada estado

A oferta de vagas para o Sisu se dá por meio de adesão voluntária das instituições públicas. No segundo semestre, quando a oferta é sempre menor, o número de vagas e instituições, geralmente diminui com relação à primeira edição do ano.

Os três estados com maior número de vagas ofertadas nesta edição do Sisu são: Rio de Janeiro, com 11.407 vagas; Minas Gerais, com 7.762; e Bahia, com 5.457. Confira a quantidade de vagas distribuídas por estado:

Sisu – segundo semestre de 2020​

UF QT_VAGAS_CONCORRÊNCIA
RJ 11.407
MG 7.762
BA 5.457
PB 4.942
PR 4.366
MA 3.513
RS 2.655
CE 2.617
PI 2.588
ES 2.353
TO 1.295
SC 1.247
AC 380
AL 280
DF 275
RN 220
MS 210
AP 147
PE 120
RR 75
GO 15
TOTAL GERAL 51.924

Campanha de vacinação contra o Sarampo segue em Caruaru

Quem ainda não se vacinou contra o Sarampo, tem até o dia 30 de agosto para garantir a imunização da doença. A vacinação acontece em todas as unidades básicas e centros de saúde do município. O objetivo da campanha é imunizar as pessoas na faixa etária de 20 a 49 anos.

“É de grande importância que quem ainda não se vacinou procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa. Nesta etapa a imunização vai compreender uma faixa etária com grande número de pessoas em nossa cidade, por isso que é fundamental a dose”, destacou a coordenadora do PNI, Sarah Rafael.

A tríplice viral também protege contra caxumba e rubéola. A vacinação para esta faixa etária acontece em duas doses, por isso a importância da atualização da caderneta de vacina.

Produtoras de abacaxi de Pombos serão capacitadas para iniciar vendas online

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), por meio do escritório local de Pombos, inicia um projeto piloto de capacitação virtual para viabilizar a venda online de produtos online. O primeiro objetivo inicial é alcançar 30 mulheres dos Sítios Manoel Mulato, Olho D´Água e Maracujá. O trabalho é coordenado pela extensionista, Andry Lúcia, que também é responsável pela capacitação, dessas agricultoras, para beneficiamento do abacaxi.

“A ideia é dar andamento ao escoamento da produção, que é vendida , em sua maioria, na Festa do Abacaxi, e iria executar plano para venda durante todos os meses deste ano”, explica ela, que investiu em capacitações online, nas áreas de vendas, mercado, atendimento ao cliente e Biossegurança a fim de atender essa demanda. “Juntas, definiremos estratégias para viabilizar a retomada da comercialização”, disse.

O primeiro encontro foi realizado via watsap nesta terça-feira (07), com a participação de seis mulheres que contam com acesso à Internet e a smartphone. “Estamos estudando junto com a gerente do Departamento de Educação e Metodologia de Extensão Rural -(DEEM), Milze Luz, a expansão dessa capacitação para grupos de outros municípios”, finalizou Andry.