Pessoas com deficiência visual terão leitura em tela na prova do Enem

 Fórum Permanente de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência Visual

Pessoas com deficiência visual poderão solicitar leitura em tela na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano. O recurso deve ser solicitado durante o processo de inscrição, na Página do Participante, no site do Enem, até 22 de maio.

De acordo com Ministério da Educação, um software possibilita a leitura de textos que estão na tela do computador, ao converter, por meio de voz sintetizada, tudo o que aparece escrito no monitor.

Com esse recurso, pessoas com cegueira, surdocegueira, baixa visão ou visão monocular têm mais autonomia porque podem ler a prova na ordem em que desejarem, repetir a leitura quantas vezes considerarem necessário ou retomarem uma questão no ponto em que escolherem. O software disponibilizado será o NVDA, e o sistema, o Dosvox.

A edição do Enem deste ano tem diversos recursos de acessibilidade. Todas as solicitações devem ser realizadas no ato da inscrição. Quem teve o laudo médico aceito em 2017, 2018 e 2019 não precisa de novo do documento, desde que a solicitação de atendimento seja a mesma dos anos anteriores. https://enem.inep.gov.br/antes#leia-o-edital

Já o Enem Digital terá aplicação-piloto e, por isso, não oferece recursos de acessibilidade em 2020.

O participante com deficiência auditiva, surdez ou surdocegueira deve informar, durante a inscrição, se usa aparelho auditivo ou implante coclear, o que dispensa a vistoria nos dias da prova, por parte do aplicador.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) tem versões dos editais do Enem traduzidos em língua brasileira de sinais (libras) desde 2013. Neste ano, a versão em libras do edital do Enem impresso está disponível no canal do Inep no YouTube.

Recursos de acessibilidade por tipo de atendimento
– autismo: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

– baixa visão: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, prova ampliada ou superampliada, sala de fácil acesso, leitor de tela;

– cegueira: tempo adicional, prova em braile, auxílio para leitura, sala de fácil acesso, leitor de tela;

– deficiência auditiva: tempo adicional, tradutor-intérprete de libras, videoprova em libras, leitura labial;

– deficiência física: tempo adicional, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, mesa para cadeira de rodas, apoio para pernas e pés, auxílio para leitura;

– deficiência intelectual: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso;

– déficit de atenção: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

– discalculia: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição

– dislexia: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição;

– gestante: sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, apoio para pernas e pés;

– idoso: sala de fácil acesso;

– lactante: tempo adicional, sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, apoio para pernas e pés. É obrigatório levar um acompanhante para cuidar da criança;

– surdez: tempo adicional, tradutor-intérprete de libras, videoprova em libras, leitura labial;

– surdocegueira: tempo adicional, guia-intérprete, auxílio para transcrição, sala de fácil acesso, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada, leitor de tela;

– visão monocular: tempo adicional, auxílio para leitura, auxílio para transcrição, prova em braile ou prova ampliada ou superampliada, sala de fácil acesso, leitor de tela.

Pazuello reforça importância da saúde universal em reunião da OMS

Erasmo Salomão/MS

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, participou hoje (18) da abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde, órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em sua fala, o ministro disse que a disseminação do novo coronavírus (covid-19) trouxe grandes desafios para todos os países do mundo e ressaltou a importância da saúde universal para o desenvolvimento e para segurança das nações.

O evento acontece todos os anos em maio, em Genebra, na Suíça. Este ano, devido à pandemia, a reunião foi virtual e transmitida pelo site da OMS. Na abertura, o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom, fez um pronunciamento em que afirma que há um longo caminho a ser percorrido ainda em relação à covid-19.

Além da fala do diretor-geral e da eleição de Keva Bain, representante permanente das Bahamas nas Nações Unidas, para a presidência da 73ª Assembleia, representantes dos estados-membros também fizeram seus pronunciamentos.

Discurso

Representando o Brasil, Pazuello, que discursou em inglês, disse que o país está organizado em duas macroestruturas no combate à covid-19. Uma delas é o Comitê de Crise, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, e a outra é o Comitê de Operações de Emergência, coordenado pelo Ministério da Saúde.

Fifa promoverá jogo para levantar recursos para combater covid-19

A Fundação Fifa anunciou nesta segunda (18) que promoverá uma partida de futebol com o objetivo de arrecadar recursos para contribuir com a Access to Covid-19 Tools Accelerator, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem o objetivo de acelerar o desenvolvimento de novas tecnologias essenciais de saúde para combater o novo coronavírus (covid-19) por meio de diagnóstico, ações terapêuticas e vacinas.

“A Fundação Fifa se envolverá não apenas com a comunidade mundial de futebol, mas também com outras partes interessadas, de organizações não governamentais a outras fundações e do setor privado a governos, para garantir que esta iniciativa seja uma ajuda significativa para aqueles que estão na vanguarda da pesquisa do combate à covid-19”, disse o presidente executivo da Fundação Fifa, Mauricio Macri.

A entidade se comprometeu a anunciar futuramente a data, o local, os participantes e o formato do evento. A Fundação Fifa foi fundada em 2018 e se apresenta como “independente com os objetivos de ajudar a promover mudanças sociais positivas em todo o mundo e aumentar o apoio à recuperação e reconstrução de infraestrutura esportiva danificada ou destruída em todo o planeta”.

O trabalho da organização é supervisionado pelo Conselho da Fifa, que é liderado pelo presidente Gianni Infantino. O mandatário explica que o jogo pode demorar a acontecer, levando em consideração a segurança sanitária: “Temos participado ativamente da conscientização por meio de várias outras campanhas, e a Fifa também contribuiu financeiramente para essa causa, mas agora nos comprometemos a organizar esse evento global de captação de recursos quando a situação de saúde permitir, mesmo que seja apenas em alguns meses.”

Vacina para covid-19 mostra resultado promissor

vacina, Moderna, imagem ilustrativa

O lmental contra a covid-19 mostrou potencial em um estudo de estágio inicial, já que produziu anticorpos neutralizadores do vírus semelhantes àqueles encontrados em pacientes recuperados, o que fez o preço das ações dispararem cerca de 25%.

A vacina da empresa está na vanguarda dos esforços de desenvolvimento de um tratamento para o vírus de disseminação veloz e, na semana passada, recebeu o selo de “aprovação rápida” da agência de saúde dos Estados Unidos para que a revisão regulatória seja acelerada. A Moderna espera iniciar um estudo de estágio final mais amplo em julho.

Atualmente não existem tratamentos ou vacinas aprovados para a covid-19, causada pelo novo coronavírus, e especialistas preveem que uma vacina segura e eficiente pode demorar de 12 a 18 meses.

Oito pacientes que receberam a vacina da Moderna mostraram níveis de anticorpos similares àqueles de pessoas que se recuperaram da covid-19, segundo resultados iniciais do estudo feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA.

Todos os 45 participantes do estudo receberam três doses diferentes da vacina, e a Moderna disse que viu um aumento de dependência da dose na imunogenicidade, a capacidade de provocar uma reação imune no corpo.

“Essas são descobertas significativas, mas é um ensaio clínico de estágio inicial que incluiu apenas oito pessoas. Foi projetado para a segurança. Não para a eficácia”, disse Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Johns Hopkins Center for Health Security, que não estava envolvido no estudo.

Os dados iniciais oferecem um vislumbre de esperança para uma vacina entre as mais avançadas em desenvolvimento.

Adalja disse que muitas falhas podem ocorrer entre agora e o momento em que a vacina for testada quanto à eficácia em milhares de pessoas. “O que vemos é encorajador”, disse ele.

Maximizando doses

“No contexto de uma pandemia, esperamos que a demanda exceda em muito a oferta e, quanto menor a dose, mais pessoas esperamos poder proteger”, disse o médico chefe Tal Zaks.

Em abril, o governo dos EUA fez uma aposta na Moderna, apoiando sua vacina com US$ 483 milhões da Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento Avançado (Barda), parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS).

A empresa disse que o avanço permitirá fornecer milhões de doses por mês em 2020 e, com investimentos adicionais, dezenas de milhões por mês em 2021, se a vacina for bem-sucedida.

“Estamos investindo para intensificar a fabricação para que possamos maximizar o número de doses que conseguimos produzir para ajudar a proteger tantas pessoas quanto pudermos da Sars-CoV-2”, disse o executivo-chefe da Moderna, Stéphane Bancel.

A empresa assinou contratos com a farmacêutica suíça Lonza Group e com o governo dos EUA para produzir em grande quantidade a vacina, que se mostrou segura e bem tolerada no estudo de estágio inicial.

Um participante do teste teve vermelhidão no local da injeção, o que foi caracterizado como um efeito de “grau 3”. Não foi relatado nenhum efeito colateral grave, segundo a empresa.

As ações da Moderna subiram 240% no espaço de 12 meses encerrado na última sexta-feira (15).

Internacional Covid-19: calor na Europa e primavera nos EUA testam novas regras

Pessoas que usam máscaras protetoras sentam-se em um parque, enquanto alguns parques da cidade reabrem em meio ao relaxamento das restrições implementadas para conter a propagação da doença por coronavírus (COVID-19), em Madri, Espanha

O clima de verão está levando grande parte do mundo a deixar o isolamento imposto pelo novo coronavírus, à medida que locais fortemente atingidos pela pandemia, de Nova York à Itália e Espanha, flexibilizam gradualmente as restrições que mantiveram milhões em ambientes fechados por meses.

As pessoas estão voltando às praias, parques e ruas em meio a uma onda de calor no Sul da Europa e a temperaturas de primavera que permitem aos norte-americanos largarem os casacos de inverno. Enquanto se aventura novamente, a maioria mantém distância e alguns usam máscaras.

Protestos também estão aumentando em países como a Alemanha, Inglaterra e os Estados Unidos, sob o argumento de que as restrições do governo assolam liberdades pessoais e estão destruindo as economias.

Os gregos se deslocaram à beira-mar no sábado (16), quando mais de 500 praias foram reabertas, coincidindo com temperaturas de 34 graus.

Os guarda-sóis tinham que estar separados por quatro metros, com o país tentando caminhar na linha tênue entre proteger as pessoas da covid-19, enquanto retoma o setor de turismo do qual muitos dependem para a subsistência.

Círculos brancos foram pintados no gramado do Domino Park, em Nova York, para ajudar a manter uma distância segura. Cerca de metade das pessoas no parque parecia usar algum tipo de cobertura no rosto ao se reunir em pequenos grupos em uma tarde quente no sábado, sob vigilância de policiais de Nova York usando máscaras.

As pessoas tentam manter distância social enquanto desfrutam de uma tarde quente durante o surto da doença por coronavírus (COVID-19) no Domino Park, no Brooklyn, Nova York

Nova York, Nova Jersey e outros estados planejam reabrir algumas praias no fim de semana do feriado do Memorial Day, no fim deste mês, que marca oficialmente o início do verão nos Estados Unidos.

No parque Bois de Boulogne, em Paris, a funcionária de treinamento em saúde Anne Chardon carregava gel desinfetante e uma máscara, mas disse que sentia novamente uma sensação de liberdade pela primeira vez, após semanas de confinamento.

Pessoas também mantinham distância em fotos de meninos jogando futebol, em Nápoles, e de banhistas que buscavam alívio do calor em Tel Aviv, nas praias do Mar Mediterrâneo.

EUA: até agora não houve aumento de covid-19 em locais que reabriram

Um oficial do Departamento de Polícia de Nova York fica de olho nas pessoas que controlam a distância social em um dia quente durante o surto da doença por coronavírus (COVID-19) no Domino Park, no Brooklyn

Autoridades norte-americanas ainda não estão vendo aumento nos casos de coronavírus em locais que estão reabrindo, mas ainda é cedo para determinar essa tendência, disse o secretário de Saúde dos Estados Unidos (EUA), Alex Azar, nesse domingo (17).

“Estamos observando que em lugares que estão abrindo, não estamos vendo esse aumento nos casos”, disse Azar no programa State of the Union, da CNN. “Ainda vemos aumento em algumas áreas que estão fechadas”.

Ele afirmou, no entanto, que identificar e relatar novos casos leva tempo. Uma parte crítica da reabertura será a vigilância de sintomas semelhantes aos da gripe na população e outros dados de internações hospitalares, bem como o teste de indivíduos assintomáticos.

“Ainda é cedo”, advertiu Azar em entrevista ao Face the Nation, da CBS. Para ele, os dados levarão algum tempo para chegar de estados que reabriram cedo, como a Geórgia e Flórida.

Quase todos os 50 estados dos EUA começaram a permitir que alguns negócios reabram e os moradores se movam mais livremente, mas apenas 14 cumpriram as diretrizes do governo federal, para suspender medidas destinadas a combater a pandemia, segundo análise da Reuters.

A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, disse ser impossível, sem mais testes, conhecer a trajetória do vírus, que matou quase 90 mil pessoas no país.

“Não temos ideia do tamanho desse desafio para o nosso país, porque ainda não testamos o suficiente”, afirmou Pelosi à CBS.

Lei aprovada pela Câmara dos Deputados na sexta-feira (15) indica as chaves para uma reabertura bem-sucedida: testes, rastreamento e tratamento, disse ela. Os republicanos classificaram o projeto como morto ao chegar ao Senado.

Os EUA ficaram muito atrás da maioria dos outros países em testes de coronavírus, que as autoridades de saúde pública consideram essenciais para evitar novos surtos.

Azar colocou a responsabilidade nos governos locais em lidar com os planos de reabertura, no momento em que norte-americanos confinados começam a se reunir em bares, praias e parques.

“Essas são determinações muito localizadas. Não há uma fórmula única para reabrir, mas precisamos reabrir, porque não se trata de saúde versus economia. É saúde versus saúde”, disse ele.

Internacional Líder supremo do Irã diz que EUA serão expulsos do Iraque e da Síria

líder supremo do Irã, Ali Khamenei (Agência Ansa/Direitos Reservados)

Os norte-americanos serão expulsos do Iraque e da Síria, disse o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nesse domingo (17), reafirmando a exigência iraniana de que as tropas dos Estados Unidos (EUA) sejam retiradas do Oriente Médio.

O Irã quase entrou em um conflito de fato com os EUA quando um drone norte-americano matou o destacado comandante militar iraniano Qassem Soleimani em Bagdá, no dia 3 de janeiro, o que levou Teerã a retaliar com uma saraivada de mísseis contra uma base dos EUA no Iraque dias depois.

Khamenei disse que as ações dos norte-americanos no Afeganistão, no Iraque e na Síria os tornou odiados, de acordo com a transcrição de um discurso a estudantes publicada em seu site.

“Os norte-americanos não continuarão no Iraque e na Síria e serão expulsos”, afirmou Khamenei.

No mês passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que instruiu a Marinha a disparar contra qualquer navio iraniano que a assedie no mar, mas mais tarde afirmou que não está alterando as regras de combate dos militares.

Após o comunicado de Trump, o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, general Hossein Salami, disse que seu país destruirá navios de guerra norte-americanos se sua segurança no Golfo Pérsico for ameaçada.

Governo concede registro para cubanos reintegrarem o Mais Médicos

Médicos observam exame de paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP)

O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União de hoje (18) a lista de médicos cubanos que serão reincorporados ao Projeto Mais Médicos para o Brasil.De acordo com a Portaria nº 31, por meio da Secretaria de Atenção Primária à Saúde será concedido registro único para o exercício da medicina, no âmbito do projeto, aos médicos cubanos “reincorporados em 1ª chamada do Edital nº 9 de 26 de março de 2020”.

Para acessar a portaria com a lista dos médicos cubanos, bem como a localidade e a data em que as atividades serão iniciadas, clique aqui.

Em março, o Ministério da Saúde informou que 7.167 médicos já haviam se inscrito no edital do Mais Médicos para o Brasil aberto para reforçar as equipes de saúde em função da epidemia do novo coronavírus (covid-19). A previsão anunciada foi de que até cinco chamadas seriam feitas, sendo que médicos cubanos poderão ser convocados após a 3ª chamada.

A pasta havia estimado um total de R$ 1,4 bilhão em investimentos, e que esses profissionais poderão atuar em mais de uma unidade de saúde, o que deverá ser organizado pelas respectivas secretarias de saúde.

Geral Semana Nacional de Museus tem programação virtual

Exposição O Carnaval das Crianças Brasileiras no Museu Villa-Lobos, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

A pandemia causada pelo novo coronavírus e as regras de isolamento social levaram os museus brasileiros a preparar uma programação virtual, com exposições e atrações pela internet, para marcar o Dia Internacional de Museus, comemorado nesta segunda-feira (18). A data coincide com o início da 18ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo International Council of Museums (Icom).

Esse é o caso, por exemplo, do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, que prepara a exposição virtual e gratuita Native Brazilian Music: 80 anos, que conta como se deu a gravação do LP Native Brazilian Music em 1940, com a apresentação de músicas de Cartola, Pixinguinha e Donga ao maestro britânico Leopold Anthony Stokowsk, fundador da Orquestra Sinfônica Americana e da Hollywood Bowl Symphony Orchestra. O encontro foi promovido pelo maestro Heitor Villa-Lobos.

De acordo com o Mapa dos Museus, existem mais de 3,8 mil museus no Brasil, públicos e privados, comunitários e mantidos por pessoas físicas. O Instituto Brasileiro de Museus mantém na internet plataforma que permite localizar museus em todo o país.

São Paulo
A Casa Mário de Andrade, Casa das Rosas e Casa Guilherme de Almeida, que formam a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, promovem diversas atividades online e gratuitas para a 18ª Semana Nacional de Museus, até o dia 24 de maio.

Promovida pelo Conselho Internacional de Museus (Icom) e pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a semana busca fortalecer a troca de vivências entre os museus brasileiros, além de expandir os potenciais e referências culturais desses espaços.

Este ano, o tema é Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão. As inscrições e lembretes devem ser ativados pelo +Cultura, hotsite da Organização Social de Cultura Poiesis, com atenção ao prazo de cadastro dos eventos. Para participar das lives via redes sociais não é preciso se inscrever.

O Núcleo Educativo da Rede de Museus-Casas Literários organiza uma série de visitas virtuais, com início em 20 de maio, a partir das 16h30, pela Casa das Rosas. Alexandra Rocha, supervisora do núcleo educativo da Rede, bacharel em artes plásticas pela ECA-USP, arte-educadora e coordenadora artístico-pedagógica há mais de 20 anos em espaços culturais, mediará a live Arquiteturas da memória, pelo Facebook do museu.

O patrimônio como símbolo da memória individual e coletiva, além da relação entre arquitetura e memória, será uma das abordagens. A mostra Casa das Rosas: Arquiteturas da memória, que esteve em cartaz no museu de setembro de 2018 a março de 2019, também será a base da visita online e, consequentemente, uma segunda chance para o público que não conseguiu conferir a mostra na época.

No dia 21 de maio, das 16h30 às 17h, é a vez de o Núcleo Educativo da Casa Mário de Andrade apresentar a visita online Educação formal e educação não-formal, também veiculada pela fanpage do museu. A fim de traçar paralelos e conexões, o debate se voltará para os desafios de alinhar o encontro entre essas duas vertentes de ensino. A mediação será de Arthur Major, educador do museu, formado em história pela Universidade de São Paulo (USP), também professor de cursinhos populares desde 2012 e com experiência educativa em exposições temporárias.

Em 22 de maio, a partir das 16h30, a Casa Guilherme de Almeida realiza a visita virtual Guilherme de Almeida e os modernismos, via fanpage. Maryangela Barbieri e Rafael Veloso, educadores do museu, formados em História, pela Unesp, e em Letras, pela USP, respectivamente, vão mediar a atividade para mostrar a atuação do escritor e crítico Guilherme de Almeida na Semana de Arte Moderna em 1922, quando declamou alguns poemas próprios. A partir da leitura desses poemas e do contato virtual com o acervo do museu, serão destacados aspectos modernistas da multifacetada coleção reunida pelo poeta.

Além das visitas virtuais, palestra e recital completam a programação voltada à 18ª Semana Nacional de Museus.

A Casa Mário de Andrade traz a palestra Produção de conteúdos culturais na era digital, no dia 23 de maio, a partir das 16h30. A inscrição fica aberta até 22 de maio ou até o preenchimento das vagas por este link. A museóloga Juliana Monteiro irá ministrar a atividade aos interessados em geral, como também aos profissionais que atuam em arquivos, museus, bibliotecas e centros de memória. O objetivo é fazer com que o público reflita a respeito das inovações da era digital, desde a maneira de circulação e acesso de informações relacionadas aos acervos e coleções, até as potencialidades e limitações desse formato.

No mesmo dia 23, às 15h, a Casa das Rosas realiza o Expresso Poesia: stand-up poético, que desta vez conta com o poeta e professor Jefferson Santana. Durante 30 minutos, o convidado apresenta poemas autorais e de escritores que influenciaram a sua própria produção literária. Essa ação do museu convida poetas de diversas gerações. A apresentação será pelo Facebook do local. Santana escreve poesia desde os 13 anos de idade, frequenta os saraus de São Paulo há dez anos e integra o coletivo Poetas Ambulantes. Já publicou os livros Cantos e Desencantos de um Guerreiro (2011); Pétalas e Pedradas (2014); (des)caminhos (2017); e Sinto Muito (2018).

Serviço:

Rede de Museus-Casas Literários na 18 ª Semana Nacional de Museus

Casa Mário de Andrade
Visita virtual
Educação formal e Educação não-formal
Com Arthur Major
Quinta-feira, 21 de maio, das 16h30 às 17h
Formato: transmissão ao vivo no Facebook
Não é necessária inscrição

Palestra
Produção de conteúdos culturais na era digital
Com Juliana Monteiro
Sábado, 23 de maio, das 16h30 às 18h
Inscrição aberta até 22/05 ou até o preenchimento das 40 vagas.
A atividade será desenvolvida na plataforma Google Hangouts Meet.

Casa das Rosas
Visita virtual
Arquiteturas da memória
Com Alexandra Rocha
Quarta-feira, 20 de maio, das 16h30 às 17h
Formato: transmissão ao vivo no Facebook
Não é necessária inscrição

Recital
Expresso Poesia: o stand-up poético da Casa das Rosas
Com Jefferson Santana
Sábado, 23 de maio, às 15h
Plataforma: Facebook
Não é necessária inscrição

Casa Guilherme de Almeida
Visita virtual
Guilherme de Almeida e os Modernismos
Com Maryangela Barbieri e Rafael Veloso
Sexta-feira, 22 de maio, das 16h30 às 17h
Formato: transmissão ao vivo no Facebook
Não é necessária inscrição

Maioria da população não tem anticorpos contra covid-19

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom

Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), afirmou hoje (18) que estudos recentes mostram que, mesmo nas regiões mais afetadas pelo novo coronavírus, a proporção da população com anticorpos não supera os 20%. E na maior parte dos lugares está em menos de 10%. “Em outras palavras, a maioria da população do mundo segue em uma situação de suscetibilidade em relação ao vírus. O risco segue elevado e ainda nos resta um longo caminho a percorrer”.

As declarações de Adhanom foram feitas durante a abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde (World Health Assembly – WHA, sigla em inglês), evento anual que acontece sempre em maio, em Genebra, na Suíça.

“Como se pratica o distanciamento social quando se vive em lares superlotados? Como alguém fica em casa quando tem que trabalhar para dar de comer a sua família? Como fazer a higiene das mãos quando não se tem água limpa?”, questiona Adhanom. Para ele, alguns países estão tendo sucesso ao evitar a transmissão comunitária disseminada, enquanto outros ainda estão atravessando sua pior fase e, ainda, há os que estejam avaliando como flexibilizar as restrições para retomar atividades sociais e econômicas.

Segundo Adhanom, a OMS compreende plenamente e respeita o desejo dos países de retomar as atividades, mas alerta que “é precisamente porque queremos a recuperação mundial mais rápida possível, que instamos os países que sejam cautelosos. Países que avançam com muita rapidez, sem ter estabelecido uma base sólida de saúde pública adequada para detectar e suprir a transmissão, correm um sério risco de afetar a sua própria recuperação”.

Adhanom recorda que, há seis meses, era inimaginável pensar que as grandes cidades estariam paradas e que simplesmente dar a mão para alguém fosse uma ameaça à vida. No entanto, em menos de seis meses a pandemia deu a volta ao mundo, afetando países grandes e pequenos, ricos e pobres.

“Bilhões de pessoas perderam o emprego. Há muito temor e incertezas. A economia mundial está sofrendo a pior contração desde a Grande Depressão. A pandemia expõe quais são os defeitos, as desigualdades, as injustiças e as contradições do nosso mundo moderno, destacando nossos pontos fortes e nossos pontos fracos. Apesar do poderio econômico, militar e tecnológico de muitas nações, este minúsculo vírus está nos dando uma lição de humildade. O mundo não vai ser o mesmo. Todos sabemos que temos que fazer todo o possível para evitar que essa experiência se repita. Nosso maior fracasso seria não aprender com as lições que essa pandemia nos deixou”, afirmou o diretor-geral da OMS.

Em relação aos desafios impostos aos países pela disseminação da covid-19, Adhanom afirma que a OMS, desde o primeiro momento, alertou o mundo sobre a gravidade da doença.

“Demos o alerta, voltamos a dar em repetidas situações, notificamos os países, emitimos orientações para os profissionais de saúde e, em dez dias, declaramos uma emergência sanitária, que é o nosso nível máximo de alerta, em 30 de janeiro. Naquele momento havia menos de 100 casos e nenhuma morte na China. Oferecemos diretrizes técnicas, assessoramento estratégico, sustentando a todo o momento a nossa experiência com fundamentos científicos. Apoiamos os países para que pudessem se adaptar e aplicar essas diretrizes. Enviamos material para diagnósticos, EPI’s (equipamentos de proteção individual), oxigênio e material médico a mais de 120 países. Formamos 12,6 milhões de profissionais sanitários em 23 idiomas, pedimos acesso equitativo às vacinas, às provas de diagnóstico ou aos tratamentos terapêuticos. Lutamos contra as fake news e divulgamos informação confiável”, disse Adhanom.

O diretor-geral da OMS afirma que a pandemia demonstrou que se a humanidade quer que haja desenvolvimento, é necessário investir em saúde. E que a saúde não é nenhum luxo, nem recompensa, nem custo. É uma necessidade, um investimento. “É o caminho para a segurança, a prosperidade e a paz”.

Além do pronunciamento de Adhanom, durante a reunião, que este ano aconteceu virtualmente, foram escolhidos presidente e cinco vice-presidentes para a próxima gestão. Como presidente foi eleita Keva Bain, representante permanente das Bahamas nas Nações Unidas. A 72ª gestão, encerrada hoje, foi exercida pela China. Devido à pandemia, a reunião deste ano, que acontece entre hoje e amanhã (19), teve a agenda reduzida e concentrada na abordagem ao novo coronavírus.

Embora a OMS possa fazer recomendações e sugerir cursos de ação, cabe a cada governo determinar sua resposta e agir de acordo com ela. O secretariado da OMS não tem o poder de executar nenhuma ação nos estados-membros.

A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão de decisão da OMS. Delegações de todos os 194 Estados-Membros da OMS participam da reunião. As principais funções do órgão são determinar as políticas da organização, nomear o diretor-geral, supervisionar as políticas financeiras e revisar e aprovar o orçamento do programa proposto.