Empresas exploram novas ferramentas para sobreviver durante a crise

A necessidade de adotar um regime de quarentena ou permanecer o máximo de tempo possível em sua casa é uma indicação que vem sendo constantemente incentivada por governantes e autoridades da saúde em todo mundo nos últimos dias. A medida tem se mostrado, até o momento, uma das orientações mais eficazes no combate a pandemia global do coronavírus. Entretanto, um dos efeitos colaterais diretos do isolamento social é a redução significativa ou até mesmo suspensão das atividades comerciais, entre elas lojas, restaurantes e demais estabelecimentos que devem grande parte de seu faturamento a venda direta com a presença física de público.

Neste cenário, inúmeros empreendimentos estão buscando alternativas para manter as atividades em funcionamento parcial, sem comprometer as orientações básicas de combate a disseminação do vírus, que compreendem em evitar aglomerações e práticas sociais que envolvam contato físico. Muitos têm adaptado as vendas para o formato online e explorado as ferramentas tecnológicas para estimular as vendas. “Sabemos o tamanho da importância de seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades locais nesse momento tão complicado. Ao mesmo tempo, nos vimos com o desafio de encontrar uma maneira de manter o negócio em funcionamento para ao menos amenizar o impacto econômico dessa pandemia”, comenta Bruno Esperança, diretor geral da Esalflores, maior rede de floriculturas do país.

Com matriz em Curitiba (PR) e unidades nas cidades de São Paulo (SP), Guarulhos (SP) e Recife (PE), a Esalflores, além de direcionar as vendas para a plataforma de e-commerce, passou também a executar vendas via telefone e chamada de vídeo. “Adaptamos as operações para um modelo de contingência e estamos focando em três propósitos: garantir a manutenção das flores e plantas, pois são produtos naturais vivos e perecíveis que não resistiriam ao cancelamento integral das atividades; subsidiar a sobrevivência mínima da empresa para evitar a paralisação total; e manter o suprimento desse serviço para o público, já que em um momento de reclusão, nós julgamos que cultivar plantas em casa e manter um contato com a natureza pode ajudar muito a atravessar esse período tão delicado”, conta o empresário. Entretanto, o formato atual de funcionamento não representa nem 10% do faturamento em dias normais. “O formato de venda em vídeo guia, em que levamos o cliente para passear pela loja e escolher os produtos por meio de uma vídeo chamada, está sendo testado e os resultados nos surpreenderam bastante, mas ainda assim a demanda está muito abaixo do normal”, completa Bruno Esperança.

Para a NESH Eco.Cosméticos, marca de cosméticos naturais e veganos localizada em Curitiba (PR), a opção foi disponibilizar um número de whats app para as vendas. “Colocamos todo o estoque disponível para a comercialização pelo whats app. É uma opção viável e estamos nos adaptando a trabalha-la da melhor forma, mas quebra um pouco do fluxo da ideia de loja da nossa marca, até porque nossas linhas de produtos envolvem sensações e experiências, e diferente de uma plataforma de e-commerce por exemplo, que garante a exposição e descrição de todos os produtos, no whats app esse tópico é mais limitado”, explica o idealizador da NESH, Thiago Pissaia. A mesma medida foi adotada pela chocolateria Cuore di Cacao, que viu a crise explodir bem perto da Páscoa, época do ano mais importante para a empresa. Nos últimos dias, a forma encontrada pela chocolateria para comercializar seus produtos foram os pedidos via WhatsApp.

No segmento da gastronomia, inclusive, estão os empreendimentos que sentiram mais rapidamente os efeitos econômicos do coronavírus. Centenas de negócios tiveram que adequar seus serviços a novos formatos. “Para manter seus serviços ativos e preservar algum fluxo de caixa, muitos estabelecimentos optaram por dar exclusividade ao serviço via delivery ou para ações de retirada de pedidos no balcão. São várias as plataformas, já bastante populares no Brasil, que proporcionam esse suporte, e até representam uma boa parte do faturamento de diversos empreendimentos, porém muitos empreendimentos passaram a aderir a este sistema somente devido aos efeitos da crise e estão tentando se adaptar”, conta o diretor geral da Associação de Brasileira de Bares e Restaurares (Abrasel – PR), Luciano Bartolomeu. Marcas como Cookie Stories, Bangalô dos Pastéis, Soho Burger Gallery e O Barba continuam com suas cozinhas funcionando atendendo a crescente demanda de quem está em casa. Até a cervejaria Way Beer, uma das grandes referências do mercado cervejeiro brasileiro, lançou uma ação de venda de chope em lata, com compra via WhatsApp e entrega gratuita.

Já muitos bares e restaurantes que resolveram suspender totalmente os seus serviços estão apostando em vouchers para consumo futuro para movimentar o caixa. O Sirène Fish & Chips, por exemplo, maior rede de fish n’ chips da América Latina, lançou a campanha “Super Ação Sirène”. Em parceria com o PicPay, fintech que permite o pagamento das compras direto pelo smartphone, com cartão de crédito ou valor de transferência, a rede oferece vouchers para serem utilizados nas unidades do Sirène após o período de quarentena. Para participar é bem fácil, basta o cliente ter a plataforma PicPay, escolher no campo de busca a unidade do Sirène que pretende contribuir e adquirir vouchers com valores entre R$ 20 e R$ 500. Além de ajudar o empreendimento a girar o caixa das próximas semanas, o usuário terá R$ 8 de cashback, além de benefícios e brindes exclusivos do empreendimento, como tênis, meias e bonés.

“Estamos passando por um período de incertezas quanto ao Coronavírus, mas família mesmo nunca abandona. Desenvolvemos um plano diferenciado e cheio de novidades para que todo mundo continue unido nesse período que estaremos com operações restritas. Nossos clientes poderão comprar vouchers do Sirène para consumo na unidade que estiver afim depois que tudo isto passar. É uma forma de ficarmos juntos, nos ajudarmos e tocarmos a vida”, completa Lucas Lopes, sócio fundador da rede.

Cortes de 50% nos recursos do Sesc e do Senac prejudicam empresas, trabalhadores e população

O Governo Federal não aceitou o pacote de medidas no valor de R$ 1 bilhão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), administradora de um dos maiores sistemas de desenvolvimento social do mundo, o Sistema CNC-Sesc-Senac, para o combate à pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), no Brasil. Ao contrário, publicou a Medida Provisória Nº 932/20, no último dia 31/3, que institui cortes de 50% nas contribuições das empresas para o Sistema S por um período de 3 meses.

A decisão do Governo gera um profundo impacto na atuação das duas instituições em Pernambuco. O Sesc e o Senac deixarão de realizar mais de 3,1 milhões de atendimentos ao público e inscrições em cursos e serviços no estado. Com a redução do orçamento dos S, será necessário fechar unidades, podendo chegar a até 29 equipamentos do Sesc e do Senac no território pernambucano.

Em todo o País, conforme alertou já na semana passada a CNC, será preciso fechar 265 unidades do Sesc e Senac com a diminuição dos recursos, além de reduzir mais de 36 milhões de atendimentos, no Brasil. A redução dos atendimentos do Sesc e do Senac vai ocorrer em municípios que, em muitos casos, necessitam da infraestrutura dessas instituições para atendimento básico à população.

“A sociedade será a maior prejudicada, diante do atual contexto do País e do risco da perda, em alguns meses, de grande parte do que foi construído em sete décadas e meia de prestação de serviços de educação e bem-estar ao povo brasileiro”, ressalta o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto. Com o fechamento temporário das empresas do comércio na maioria dos estados brasileiros, é provável que o número de demissões aumente, o que representa uma redução ainda maior das verbas que serão destinadas ao Sesc e ao Senac.

O discurso de corte de gastos, no entanto, é contraditório, já que o Governo Federal não apresentou proposta alguma na contenção de impostos. “A diminuição e a isenção de tributos seria uma medida efetiva na proteção do comércio, principalmente em relação às micro e pequenas empresas”, informa Peixoto. A redução da contribuição para os empresários tem um efeito mínimo, já que a conservação desses serviços protegeria ao mesmo tempo a saúde da população e dos seus trabalhadores.

Para evitar o fechamento das unidades e a redução dos atendimentos, a CNC havia enviado, na semana passada, ao presidente da República Jair Bolsonaro, aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e aos presidentes da Câmara Rodrigo Maia e do Senado David Alcolumbre um plano de ações do Sesc e Senac, no valor de R$ 1 bilhão, para conscientização, combate ao novo Coronavírus (Covid-19) e prestação de serviços à sociedade nos próximos três meses.

IMPACTO – 50% de corte na arrecadação compulsória em 3 meses em Pernambuco

Números gerais em PE
Menos 3.126.611 atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos por Sesc e Senac

Números gerais no Brasil
Menos 36.409.873 atendimentos, vagas e inscrições nos serviços oferecidos

Grupo de estudos virtual sobre artes é realizado em Caruaru

Considerando o período de quarentena, em virtude da pandemia do COVID-19, em que as autoridades em saúde recomendam o isolamento social, a produtora caruaruense Circullus e o Ateliê Humberto Botão lançam, conjuntamente, programação virtual voltada para as artes visuais. Neste sentido, estão abertas as inscrições para o I grupo de estudos sobre artes, com tema “Arte e Sociedade: pontes ou muros?”, com mediação do artista visual e professor Caju Galon.

A iniciativa busca estimular o entendimento sobre a dinâmica entre a arte contemporânea e a sociedade buscando fronteiras, transformações e conceitos fundamentais para compreender essa relação. Serão quatro encontros, aos sábados, que acontecerão através da plataforma virtual TeamLink.

O grupo de estudos abordará questões como arte e sociedade; o século XX e as vanguardas: rupturas; transições e transformações; e a pluralidade atual. Ao final, será emitido certificado de participação com carga horária de 18h/aula. O grupo de estudos disponibiliza 20 vagas e tem como público alvo artistas visuais, produtores culturais e pessoas interessadas no tema.

A participação se dará de forma gratuita, mediante inscrição através do link: https://forms.gle/PfUQRNgQHyBHZzcq5, até o dia 8 de abril ou até haver vagas disponíveis.

*Sobre o facilitador*

Caju Galon é artista multimídia e professor de artes visuais. É especialista em Arte e Tecnologia (UFRPE) e integrante do coletivo Atelier D43. Trabalhou em diversas ações culturais e exposições coletivas na América do Sul e França.

Com linha orgânica, Açaí Concept está ainda mais saudável

A marca Açaí Concept agora conta com a linha Green Organic, que oferece o açaí cultivado sem agrotóxicos nem fertilizantes químicos e seguindo práticas benéficas ao meio ambiente e à saúde do trabalhador e dos consumidores. O açaí Green Organic não contem xarope, gordura trans ou corantes e é uma excelente opção para quem busca saúde e a preservação da natureza.

“Essa linha vem atender a um publico que busca uma vida cada vez mais saudável e se preocupa com o meio ambiente. Uma opção a mais para quem gosta do Açaí Concept” diz Rodrigo Melo, sócio diretor.

O Selo Produto Orgânico Brasil é dado pela IBD, a maior certificadora da América Latina de produtos orgânicos, que são alimentos saudáveis, limpos que provém de sistemas agrícolas baseados em processos naturais, que não impactam negativamente a natureza. Para ser considerado orgânico, o produto deve ser cultivado em um ambiente que considere sustentabilidade social, ambiental e econômica e valorize a cultura das comunidades rurais.

Diante à pandemia mundial, a marca se encontra com serviços deliverys espalhadas por todas cidades em âmbito naciona nas lojas de rua. Para conhecer mais sobre a Açaí Concept e os benefícios do açaí, siga as redes sociais @acaiconcept. Para saber como se tornar um franqueado e fazer parte deste sucesso, acesse também www.acaiconcept.com, ou entre em contato com a Central de Atendimento.

Grau Técnico oferece Ensino a Distância como opção para seus alunos

Somando esforços no combate ao coronavírus e como forma de oferecer aos alunos uma oportunidade de continuar seus cursos nesse tempo de quarentena, o Grau Técnico está oferecendo a opção de Ensino a Distância. Com esta medida, os estudantes podem assistir às aulas em qualquer hora e local, pelo celular, notebook, tablet ou computador. Esta alternativa estará disponível a partir do dia 30 de março nas unidades do Grau Técnico que já iniciaram as aulas, sem custos adicionais para os estudantes. As aulas das turmas que ainda não tiveram início serão adiadas para o fim de maio, em data a ser confirmada, conforme orientações de cada Estado. O Ensino a Distância é opcional e quem preferir pode continuar o curso presencialmente, assim que passar a situação emergencial de combate ao coronavírus.

As aulas são válidas para todos os cursos e serão correspondentes às disciplinas teóricas. A parte prática será feita na escola, após a normalização das atividades. O material didático das aulas será disponibilizado de forma digital e, assim que possível, em forma de apostila.

Os estudantes que optarem pelas aulas a distância farão as provas de forma presencial, também quando as unidades voltarem às atividades normais. No dia a dia, eles podem contar como o apoio dos coordenadores pedagógicos, que estarão à disposição para orientar e esclarecer dúvidas por e-mail, WhatsApp e Portal Acadêmico, onde o aluno também pode confirmar sua opção pelo Ensino a Distância.

“O Grau Técnico preparou as aulas de Educação a Distância como alternativa para que nossos alunos não parem de estudar durante este período. Nós trouxemos todas nossas salas de aula para a internet, para os estudantes não percam tempo, em dias tão difíceis como estes”, diz Ruy Porto Carreiro, presidente do Grau Educacional.

Maior rede de ensino técnico particular do País, o Grau Técnico é o carro-chefe do grupo Grau Educacional. Com mais de 60 unidades, presente nas cinco Regiões do País, o Grau Técnico oferece mais de 20 cursos nas áreas de saúde, negócios, tecnologia e indústria. Os cursos duram de um ano e meio a dois anos, com aulas três vezes na semana. O alunos recebem gratuitamente apostilas técnicas e contam com salas de aula integradas aos laboratórios.

Segundo Romero Porto Carreiro, franqueado de Caruaru, a ferramenta será importante para ampliar a chegada do grau em maiores escalas. ” Caruaru por ser a Capital do Agreste pernambucano, acompanha a orientação do Grau Educacional, investindo no EAD, que vai não só servir em tempos de crise, mas essa ferramenta oportuniza e democratiza o ensino técnico. Ajudando a chegar nossos cursos, nas vilas mais remotas do Agreste”.

A maior rede de ensino técnico do brasil também garante seu espaço em Vitória Santo Antão, zona da Mata do Estado pernambucano. De acordo com Antônio Pereira Lins, franqueado da cidade, afirma que a novidade vem para consolidar as medidas em benefício ao aluno. “Na unidade de Vitória Sto Antão, estamos atentos a todas as necessidades dos nossos alunos. E o EAD vem pra somar esses esforços”, enfatizou.

Também integra o Grau Educacional a franquia Grau Profissionalizante (antiga Nível A), fundada em 2015. “A escola da sua profissão”, como é conhecida, possui completa estrutura voltada para a qualificação de mão de obra para o mercado de trabalho e conta com mais de 30 cursos profissionalizantes, rápidos e práticos, em áreas como corpo de bombeiro civil, cuidados de idosos, eletricidade, gastronomia, informática, manutenção de smartphones, mecânica de carros e de motos, e refrigeração, entre outras. Veja mais informações no site www.grautecnico.com.br

Douglas Cintra e PTB apoiam reeleição de Raquel Lyra em Caruaru

O presidente municipal do PTB, Douglas Cintra, confirmou nesta quinta-feira (2) o apoio à pré-candidatura a reeleição da prefeita Raquel Lyra.

“Em momentos de crise e de grandes desafios é que percebemos a importância de uma liderança que tenha compromisso em cuidar das pessoas e que administre a nossa cidade com a serenidade que o momento exige. Por isso, é com muita responsabilidade que venho confirmar o apoio do nosso partido a pré-candidatura de Raquel Lyra à prefeitura de Caruaru. Estaremos todos juntos nesta caminhada”, disse Douglas .

Setor produtivo ainda espera posicionamento do Estado

O setor produtivo do Estado ainda aguarda medidas mais enérgicas do governador Paulo Câmara para minimizar os estragos causados pela Covid-19 às empresas, sobretudo para as micro e pequenas. O pedido de socorro ganha reforço um dia depois de o governador anunciar medidas pífias à imprensa e que, até o momento, não atendem substancialmente às emergências das mais afetadas pela pandemia.

Embora o Governo tivesse postergado a decisão com relação às medidas que envolvem o ICMS e o Refis Estadual para a reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), prevista para acontecer na próxima sexta-feira (3), havia uma expectativa do empresariado local de que, ao menos, esse primeiro decreto contasse com pontos primordiais à manutenção dos empregos e da sustentabilidade do Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco.

Entre as medidas que não constam no decreto, e que poderiam ser tratadas na esfera estadual, estão a renegociação de débitos tributários, a ampliação, a flexibilização e a desburocratização das linhas de crédito disponibilizadas pela Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE); e a prorrogação de 90 dias para o pagamento de taxas de serviços essenciais para o setor produtivo, como gás e água.

Para o gerente de Relações Industriais da FIEPE, Maurício Laranjeira, agora, a saída é aguardar a discussão no Confaz e esperar que as pautas mais efetivas saiam de lá. “Sobretudo com relação ao diferimento do ICMS, que é fundamental para as empresas voltarem a crescer após essa crise sem precedente”, destacou.

Sistema de Transporte Público de Caruaru enfrenta dificuldades na operação

Essencial em todas as cidades do Brasil, o transporte público é o meio de transporte de mais de 80% dos brasileiros. Mas, devido às medidas de isolamento social, em função do Covid-19, o setor tem enfrentado dias difíceis.

Isso porque, com a restrição da abertura do comércio, suspensão das atividades escolares e fechamentos de estabelecimentos comerciais como shoppings a demanda caiu drasticamente. Como medida para evitar uma crise ainda maior no setor, a Associação das Empresas de Transporte de Passageiros de Caruaru (AETPC) solicitou a redução de frota a Autarquia de Defesa Social, Trânsito e Transporte ( Destra), visando preservar a saúde financeira das empresas de viação da cidade. Desde então, as empresas concessionárias do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Caruaru (STPPC) passaram a operar com frota mínima de 20% (de acordo com a demanda por linha) mas garantindo o direito de ir e vir dos usuários de ônibus.

Com a demanda em declínio, as empresas temem não aguentar manter a operação por muito tempo por não ter receita suficiente para custear despesas básicas como diesel e pagamento da folha de centenas de funcionários mantidos pelo setor e por não terem aporte financeiro por parte do governo municipal para subsidiar o sistema.

Diferente de cidades como São Paulo onde o prefeito, Bruno Covas, enviou à Câmara Municipal um projeto de lei com uma série de medidas excepcionais de cunho financeiro e voltadas a contratos públicos diante da situação de emergência e estado de calamidade pública por causa do avanço da pandemia do coronavírus no Brasil, em Caruaru, não há benefícios fiscais para as empresas concessionárias do STTPC.

Lá, entre as propostas enviadas está a possibilidade de a prefeitura conceder subvenções por quatro meses para pagar parte dos salários de motoristas e cobradores de ônibus ou de outros trabalhadores do transporte coletivo.

“Da Subvenção para Evitar Desemprego dos Trabalhadores de Transportes Art. 7º Em função das restrições de circulação de pessoas por força da situação de emergência e estado de calamidade pública em vigor no Município de São Paulo, fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenções econômicas, pelo período de até quatro meses, para cobertura de despesas relativas ao pagamento de ajuda compensatória mensal e/ ou parte dos salários dos funcionários das empresas de transporte urbano de passageiros contratados pela prefeitura, em decorrência da diminuição da frota em circulação, na forma e condições estabelecidas em regulamento.”

Porém, a realidade de empresas de outras cidades brasileiras, assim como Caruaru, é bem diferente de São Paulo.

De acordo com o diretor institucional da AETPC, Ricardo Henrique, a situação é delicada e requer intervenções urgentes do poder público. “As empresas de ônibus de Caruaru estão operando hoje com a redução de 80% dos passageiros (obedecendo os critérios de IPK – Índice de Passageiros por KM) desde o início das medidas de isolamento social, o que afetou duramente a receita do setor. Com o baixíssimo número de pessoas embarcando e sem nenhuma ajuda das autoridades, as empresas estão preocupados em manter a empregabilidade do setor”, disse.

“Se levarmos em consideração que, somando as frotas das três empresas concessionárias, temos hoje 165 veículos. Aplicando o coeficiente de seis empregos diretos por veículos, teremos 990 pessoas empregadas. Considerando ainda que essas pessoas têm famílias (média três pessoas por colaborador), teremos 2.970 pessoas dependendo diretamente do setor. A situação dessas pessoas é algo que nos preocupa muito”, explica Ricardo.

Caruaru: obras públicas municipais devem voltar na próxima segunda-feira

Dezenas de obras permanecem paralisadas na Capital do Agreste, devido à pandemia do novo coronavírus. Algumas delas fundamentais para o dia a dia da vida dos caruaruenses, como a construção de creches e escolas, no centro da cidade, e as duas últimas etapas da Via Parque. Nossa reportagem ouviu o secretário de Obras, Rodrigo Miranda. “Nós paralisamos tudo, exceto as obras urgentes e alguns reparos devido às fortes chuvas. Essa paralisação atende também uma solicitação do sindicato da categoria, que sugeriu duas semanas de suspensão”, explicou Miranda.

Ele disse que a requalificação do centro da cidade será retomada já na próxima segunda-feira (07), mas admitiu que, durante esse período de quarentena, os ‘becos’ da Pequena de Ouro e do Mercado de Farinha foram concluídos. “São locais fundamentais para a circulação de milhares de pessoas. Aproveitamos esse período praticamente sem fluxo para fazer novos pisos e calçadas. Também adiantamos o serviço na Rua São Sebastião”, informou o secretário.

Duas obras que são aguardadas com muita expectativa pela população é a conclusão da Via Parque e a Nova Feira da Boa Vista. Em relação à Via Parque, a situação é a seguinte: a segunda etapa é chamada de setor Oeste e compreende a intersecção com a BR-104 até o Bairro Vila do Aeroporto. Neste espaço, a população poderá desfrutar ainda de diversos parques infantis integrando a uma paisagem que já tem bastante árvores e praças. Esse setor está orçado em mais de R$ 4 milhões, com previsão de conclusão para as próximas duas ou três semanas. Já a terceira etapa vai do Pátio de Eventos Luiz Gonzaga ao Bairro das Rendeiras, orçado em mais de R$ 6 milhões. O dinheiro para obra vem através de uma parceria entre a PMC e a Caixa Econômica, através do Finisa.

Projeto

Dividido em três etapas, a Via Parque é uma promessa de campanha da prefeita Raquel Lyra, que observou no trecho da linha férrea, que corta Caruaru, uma oportunidade de lazer e qualidade de vida para os caruaruenses.

O projeto contempla um total de sete mil metros de intervenção, dividido em três eixos: Centro (já concluído), Leste (em fase de conclusão) e Oeste (com obras já iniciadas). “Nós idealizamos a Via Parque desde 2016 e como o único município do Estado a conseguir recursos do Finisa, colocamos esse projeto em prática. Ele conecta os territórios da Zona Oeste com os territórios do Centro e do Leste, trazendo mais qualidade de vida e mobilidade para a população de Caruaru”, afirmou a prefeita Raquel Lyra.

Saúde avalia comportamento dos brasileiros no combate à Covid-19

Pesquisa telefônica ‘Vigitel Covid-19’ está ouvindo pessoas com 18 anos ou mais de todas as capitais do país. A medida irá auxiliar a pasta no planejamento de ações e programas de saúde

Diante da pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde vai avaliar as práticas de prevenção e condições de saúde da população brasileira. A pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Covid-19) teve início nesta quarta-feira (1º de abril) por telefone celular com pessoas de 18 anos ou mais em todas as capitais do país. O estudo irá auxiliar o Ministério da Saúde no planejamento de ações e de programas de saúde para reduzir os casos e o agravamento da infecção pelo coronavírus.

Estão sendo questionados comportamentos adotados ou não pela população, como forma de prevenção à doença, meios de comunicação utilizados para obtenção de informações, presença de sintomas, busca por serviço de saúde, presença de doenças crônicas, entre outras informações.

As ligações são feitas em diferentes dias e horários da semana, incluindo sábados e domingos e, no período noturno, até 21h, durante o mês de abril. Os números de telefones são definidos aleatoriamente, por meio de sorteio garantindo, desta forma, a representatividade de toda a população brasileira.

Na pesquisa são perguntadas apenas informações sobre idade, sexo, escolaridade, estado civil, raça/cor que serão utilizadas nos procedimentos metodológicos para que os resultados reflitam a distribuição sociodemográfica da população total. Não são perguntadas informações sobre CPF, RG ou dados bancários.

O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) faz parte das ações do Ministério da Saúde para estruturar a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no país. Realizada desde 2006, é a pesquisa mais sustentável dentre todas as pesquisas já realizadas pela saúde pública no país.