Descansa em paz, Agenor Farias, o Cid Moreira da radiofonia pernambucana

Por Magno Martins

Acordei com a notícia da morte do radialista Agenor Farias, 82 anos, da Rádio Cultura de Caruaru, através de comunicado enviado pelo meu amigo Almeida Júnior, diretor da emissora, integrante da Rede Nordeste de Rádio, que retransmite o meu programa Frente a Frente.

O Brasil perde uma vozes aveludadas mais bonitas que já conheci. Carinhosamente, o tratava de Cid Moreira tupiniquim. Dava gosto sintonizar a Cultura no meu carro em direção a Caruaru. Ele apresentava um programa de forró ao final da tarde, antecedendo o Frente a Frente.

Na primeira vez que estive nos estúdios da Cultura, fui a ele apresentado por Almeida Júnior. A iniciativa foi minha, porque adentrei na emissora perguntando a Júnior quem era o locutor que estava no ar, impressionado com a tão bela voz que vinha ouvindo até chegar às instalações da rádio.

Muito prazer, bradou o velho Agenor, sem muitas delongas. Com o tempo e minhas constantes idas a Caruaru para ancorar o Frente a Frente ao vivo dos estúdios da Cultura, Farias foi se achegando e um dia me confessou: “Sou seu fã”. A revelação foi um dos maiores estímulos que recebi em toda minha carreira atrevida em rádio. Afinal, não sou radialista na sua essência. Confesso que acho minha voz horrível e morro da boa inveja de quem, como Agenor Farias, conquista corações com o vozeirão.

Mas não basta ter apenas a voz encantadora. Como o violão, tem que afinar antes, empostar palavras, aumentar o tom na hora certa, as vezes cantar como passarinho. Agenor tinha todos esses predicativos.
Amava o rádio. A Cultura, seu primeiro e único emprego, era prolongamento do seu lar, a segunda família, o chão onde batia os pés fortes e dele fecundava inspiração.
Uma pena que não tenha, ao longo de uma longa trajetória, emprestado a sua bela voz a outros microfones brasileiros. A Cultura nunca abriu mão do seu passe e Caruaru, sua grande paixão, também é uma grande culpada.

Descansa em paz, Agenor Farias!

Turquia diz que tropas do país tomaram cidade síria próxima à fronteira

Foto: Arquivo / AFP
Foto: Arquivo / AFP
Forças turcas tomaram hoje a cidade de Ras al-Ayn, no norte da Síria e próxima da fronteira com a Turquia, de acordo com o ministério da Defesa turco. A entrada das tropas na cidade é o avanço mais significativo desde que a ofensiva da Turquia contra militantes curdos na Síria começou, na quarta-feira, 9.
O ministério turco publicou no Twitter que a área residencial de Ras al-Ayn foi tomada por meio de “operações bem-sucedidas a leste do (rio) Eufrates”. No entanto, as Forças Democráticas da Síria (SDF) divulgaram dois vídeos supostamente gravados dentro da cidade em que dois militantes afirmam que é sábado e que eles ainda estão lá.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, órgão opositor à guerra que fica no Reino Unido, as tropas turcas de fato entraram na cidade, mas a batalha ainda não teria sido encerrada.

Putin afirma que países que não foram convidados pela Síria deveriam sair do país

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou em entrevista exibida na televisão russa neste sábado, 12, que todas as forças militares de países estrangeiros que não foram convidadas pelo governo da Síria deveriam sair do país do Oriente Médio.
Putin conversou com jornalistas dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita, países que deve visitar na próxima semana, e disse que Moscou teve conversas com a Turquia, o Irã, os Estados Unidos e outros países sobre a necessidade de restaurar a integridade do território sírio e acabar com a presença militar estrangeira no local.
O presidente da Rússia afirmou que se os líderes da Síria decidirem no futuro que o país não precisa mais das tropas russas, elas também vão se retirar.
Nos trechos da entrevista exibidos pela televisão russa, Putin não falou sobre a operação militar da Turquia no norte da Síria. A Rússia tem tido uma postura branda com relação ao movimento, observando que Ancara precisa “assegurar sua fronteira”.

Juízes participam de programa com estudantes do Agreste

Estudantes da região do Vale do Capibaribe participam da etapa
de conclusão do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC), em 2019, no dia 14 de outubro, em João Alfredo, a partir das 13h. Serão apresentados projetos de vídeo, poemas, teatro e outras manifestações culturais enfocando os conteúdos discutidos ao longo de 2019 nas seis escolas participantes do TJC este ano.

A culminância do programa acontecerá na Escola Municipal governador
Miguel Arraes de Alencar, no município de João Alfredo. Em 2019, o TJC contemplou as cidades de Bom Jardim, Vertente do Lério e João Alfredo.

Ao longo do ano, o TJC capacitou educadores das unidades de ensino
que aderiram aos projetos sobre os assuntos relacionados a direitos humanos e do trabalho, ética e cidadania. Numa segunda etapa, juízes, advogados e procuradores do trabalho foram às escolas para rodas de conversa, com debate e tira-dúvidas com alunos e professores.

Os melhores trabalhos da culminância serão premiados com vale-livro
para as escolas e representarão Pernambuco na fase nacional, em Brasília, com a participação de representantes de todo o País. “Nossos estudantes são engajados e muito preparados, elaborando trabalhos que estimulam a reflexão sobre as temáticas do programa, e bem representam a força e a competência do nosso povo”, afirmou a coordenadora do projeto, a juíza Carmen Richlin.

SOBRE O TJC – O projeto Trabalho, Justiça e Cidadania é um programa
da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), criado em 2005. É aplicado em Pernambuco desde 2006, através da Associação dos Magistrados da Sexta Região (Amatra 6) e tem como objetivo levar conteúdos sobre a Justiça Trabalhista, além de ética, direitos humanos e cidadania, para estudantes de escolas públicas do Estado. A iniciativa já beneficiou mais de 100 mil alunos no estado.

SERVIÇO

Encerramento do programa Trabalho, Justiça e Cidadania (TJC) 2019

Quando: dia 14 de outubro de 2019.

Onde: Escola Municipal Miguel Arraes, em João Alfredo

Eduardo Bolsonaro ironiza sigla LGBT em camiseta

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter
O deputado federal Eduardo Bolsonaro publicou, neste sábado (12), uma foto em que ironiza a sigla LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Na imagem, ele usa camiseta em que a sigla da comunidade foi substituída por Liberdade, Armas, Bolsonaro e Trump.
Para ele, a camiseta mostra que “o conceito de LGBT foi atualizado com sucesso”. A deputada federal Bia Kicis publicou um vídeo em que mostra o deputado, seu companheiro de partido, usando a camiseta e no qual explica a “atualização do conceito”.

Os deputados ironizam a sigla enquanto o relatório População LGBT Morta no Brasil em 2018, realizado pelo Grupo Gay da Bahia, revelou que a cada 20 horas uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil, o que torna o país o recordista mundial de crimes contra minorias sexuais e de gênero, incluindo os países onde a homossexualidade é ilegal.
O relatório também aponta que os assassinatos de pessoas LGBT se destacam pelos “requintes de crueldade, muitos golpes, múltiplos instrumentos, tortura, latrocínio e destruição\incêndio do cadáver e patrimônio característicos”.

Cerca de 2 milhões de fiéis participam da procissão do Círio de Nazaré

Cerca de dois milhões de pessoas acompanharam a procissão do Círio de Nazaré, realizada hoje (13), em Belém. A estimativa e da assessoria da festa, considerada uma das maiores manifestações religiosas do país.

Fiéis de todo o Brasil e turistas de várias nacionalidades demoraram cerca de 4h30 para percorrer os quase 3,7 quilômetros de romaria entre a Catedral da Sé, no bairro da Cidade Velha, e a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro, também conhecida como Basílica Santuário, na Praça Santuário.

Belém - Círio de Nazaré, grande procissão rumo a Praça Santuário de Nazaré (Wilson Dias/Agência Brasil)
Procissão Círio de Nazaré – Arquivo – Wilson Dias/Agência Brasil

Maior das 12 romarias que compõem o calendário da grande festa do Círio de Nazaré, que ocorre até o último domingo de outubro, a procissão do Círio foi realizada pela primeira vez em 1793, estando em sua 227ª edição. Hoje (13), a missa que antecede o início da procissão começou por volta das 5h30 e foi presidida pelo núncio apostólico do Brasil, dom Giovanni D’Aniello.

Festa sem incidentes

De acordo com a assessoria da festa, não houve registro de incidentes graves durante a romaria conhecida pelo ardor com que fiéis seguem pelas ruas da capital agarrados à corda, um dos símbolos da procissão, representando a ligação entre o terreno e o divino, e alvo da fé de milhares de pessoas que acreditam que terão seus pedidos atendidos por tocá-la.

Segundo a Agência Pará de notícias, o posto de atendimento montado pelo Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) na Avenida Presidente Vargas atendeu a 239 pessoas, mas nada grave. O auxílio foi realizado em parceria com a Cruz Vermelha, que espalhou 21 postos de atendimento ao longo do trajeto percorrido pelos romeiros. Enquanto os voluntários da Cruz Vermelha resgatavam romeiros que passavam mal, a equipe do Hospital Metropolitano se concentrava nos atendimentos.

Além disso, mais de 50 funcionários na Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), além de voluntários, distribuíram mais de 35 mil copos com água para os fiéis.

Dez mil brasileiros participam da canonização da Irmã Dulce

Cerca de 50 mil pessoas acompanharam o rito de canonização da brasileira Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a irmã Dulce, e de outros quatro beatos, realizado na manhã de hoje (13), na Praça São Pedro, no Vaticano.

A Santa Sé estima que em torno de dez mil brasileiros participaram da celebração litúrgica. Entre eles, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffolli.

Além da primeira santa nascida no Brasil, o Papa Francisco também canonizou a italiana Giuseppina Vannini; a suíça Margarida Bays; o inglês John Henry Newman e a indiana Maria Teresa Chiramel Mankidiyan.

O Vice-presidente, general Hamilton Mourão e a esposa, Paula Mourão, participam da cerimônia de canonização de Irmã Dulce na Santa Sé, no Vaticano

Ao se dirigir à multidão que lotava a Praça São Pedro, o Papa citou trecho do Evangelho de Lucas para destacar a importância da fé e da solidariedade. “Precisamos de ser curados da pouca confiança em nós mesmos, na vida, no futuro; curados de muitos medos; dos vícios de que somos escravos; de tantos fechamentos, dependências e apegos: ao jogo, ao dinheiro, à televisão, ao celular, à opinião dos outros”, comentou Francisco. “Mas a fé caminhar juntos, jamais sozinhos. Constitui nossa tarefa ocuparmo-nos de quem deixou de caminhar, de quem se extraviou: somos guardiões dos irmãos distantes. Quer crescer na fé? Ocupa-se dum irmão distante”, acrescentou o Papa.

Milagres de Irmã Dulce

Nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, a soteropolitana passa agora a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres, grupo ao qual se dedicou desde o início da adolescência, quando passou a acolher moradores de rua e doentes em sua casa, transformando a residência da família, no bairro de Nazaré, em um centro de atendimento. No processo de sua canonização, dois milagres lhe foram atribuídos.

O maestro soteropolitano José Maurício Moreira é o beneficiário de um deles. Após 14 anos sem enxergar, Moreira recuperou a visão ao pedir ajuda a agora santa Irmã Dulce. Hoje, ele estava na Praça São Pedro, diante do Papa Francisco. Segundo sua esposa, Marize Araújo Jorge de Mendonça, o marido e todo o grupo de fiéis que viajou de Salvador estavam emocionados com o reconhecimento do trabalho assistencial e religioso de Irmã Dulce.

“Ela continua operando milagres todos os dias. Seus milagres continuam acontecendo por meio do acolhimento oferecido a milhares de pessoas necessitadas, desesperadas, seja no Hospital Irmã Dulce, seja em obras como o Centro Educacional Santo Antônio, em Simões Filho”, comentou Marize, referindo-se ao hospital de Salvador onde, segundo ela, são feitos quase três mil atendimentos médicos diários; e à escola da região metropolitana de Salvador onde mais de 700 crianças estudam em período integral.

Ainda emocionada, Marize contou que pediu aos santos para ajudá-la a conter a emoção diante do Papa, que cumprimentou a Moreira e aos outros beneficiários de milagres atribuídos aos cinco beatos santificados hoje. “Foi algo maravilhoso. Faltam-me palavras para descrever todo o encanto e a beleza desta cerimônia”, comentou Marize, chorando ao falar sobre a “felicidade” do Papa na escolha do tema de sua pregação. “Ele foi ultra feliz ao falar sobre a importância da fé, da esperança, em um tempo de tanta desesperança. As pessoas precisam ter fé, tentar não se desesperar diante das atribuições”, comentou, afirmando jamais ter duvidado de que Irmã Dulce seria santificada

Mega-Sena sorteia nesta segunda-feira prêmio de R$ 30 milhões

A Mega-Sena sorteia nesta segunda-feira (14) o prêmio de R$ 30 milhões. As seis dezenas do concurso 2.197 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Excepcionalmente, o sorteio será realizado hoje porque no último sábado (12) não houve extração devido ao feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida.

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Excepcionalmente o sorteio da Mega-Sena será realizado hoje – Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa, em todo o país. O bilhete simples, com seis dezenas marcadas, custa R$ 3,50.

PRF apreende quase 3 toneladas de maconha

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 2.832,7 quilos de maconha em Santa Terezinha de Itaipu, na região oeste do Paraná.

A droga era transportada em um caminhão-tanque com placas do Paraguai. O veículo foi abordado em frente à unidade operacional da PRF, na BR-277.

A droga estava escondida no interior do tanque, que precisou ser cortado por uma equipe do Corpo de Bombeiros, para ter acesso aos fardos.

Os fardos de maconha estavam escondidos no tanque
Os fardos de maconha estavam escondidos no tanque – Divulgação Polícia Rodoviária Federal

A apreensão realizada na tarde desse domingo (13) é a segunda maior realizada este ano pela PRF no Paraná. A maior ocorreu em Céu Azul, no último mês de setembro, quando 4,6 toneladas da erva foram encontradas em outro caminhão-tanque.

O motorista preso, um paraguaio de 36 anos, disse inicialmente que iria até Araucária, na Grande Curitiba, para realizar um serviço de manutenção no veículo.

Não satisfeita com as respostas do motorista, os agentes da PRF resolveram vistoriar o tanque, quando localizaram em seu interior os fardos de maconha.

Em meio à maconha foram encontrados ainda 4,1 quilos de um novo tipo de ecstasy, conhecido como champanhe rosa, uma espécie de anfetamina com efeitos mais potentes que o ecstasy. O champanhe rosa é traficado na forma de cristais.

Todo material foi encaminhou para a Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. O crime de tráfico de drogas tem pena prevista de cinco a 15 anos de prisão.

Pernambuco pode ter a primeira santa reconhecida pelo Vaticano

Irmã Adélia nasceu em Pesqueira e ficou conhecida por ter presenciado as aparições de Nossa Senhora

A primeira santa pernambucana, reconhecida pelo Vaticano, pode ser Irmã Adélia. O processo de beatificação e canonização já foi aberto na Congregação para a Causa dos Santos da Santa Sé. Três requisitos são necessários para a homologação da candidatura: a fama de santidade, o exercício das virtudes cristãs e a ausência de obstáculos insuperáveis contra a canonização. Para alguém ser reconhecido santo, existe um longo processo e é necessária a comprovação de dois milagres.

Maria da Luz Teixeira de Carvalho nasceu em Pesqueira, no dia 16 de dezembro de 1922 e ficou conhecida ao presenciar as aparições de Nossa Senhora, na Sítio Guarda, em Cimbres, distrito de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco. Recebeu o nome de Irmã Adélia ao entrar para o Instituto das Religiosas da Instrução Cristã (RIC) e virar freira. Ela faleceu há seis anos, no dia 13 de outubro de 2013, com 90 anos de idade.

Antes de seguir para o Vaticano, o processo de beatificação e canonização foi aprovado pelos bispos do Regional Nordeste 2 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Além de ter presenciado as aparições de Nossa Senhora, Irmã Adélia se destacou por sua missão incansável de ajudar o próximo e rezar pelos sacerdotes. As principais ações dela foram realizadas na Vila de Santa Luzia, na Torre. Foi responsável por fundar a Escola Nossa Senhora das Graças, unidade da Rede Damas Educacional, que oferece educação gratuita para crianças de quatro a seis anos de idade.

A primeira aparição de Nossa Senhora para Irmã Adélia ocorreu em 6 de agosto de 1936, no Sítio Guarda. Ela estava acompanhada da amiga Maria da Conceição e viram, no alto da serra, uma mulher muito bonita com uma criança nos braços. Com a mão desocupada, a moça chamou as meninas para se aproximarem. As duas subiram correndo e permaneceram com Ela por um tempo até voltarem para casa impressionadas, de acordo com relatos da época.

Quando chegaram à residência, contaram a história para os pais de Maria da Luz, Arthur Teixeira de Carvalho e Auta Monteiro de Carvalho. Inicialmente, os dois não acreditaram e Arthur foi com as meninas até o local da aparição, que era de difícil acesso. Chegando lá, as duas viram novamente a mulher. Sem conseguir enxergar e achando que era alucinação das garotas, o pai de Maria da Luz pediu que ela perguntasse para a moça quem era Ela e o que queria. “Eu sou a Graça”, respondeu. “Vim para avisar que hão de vir 3 castigos mandados por Deus. Diga ao povo que reze e faça penitência”, completou. Desde então, as duas não pararam de ver a imagem.

Não demorou muito para a história se espalhar e o local virar lugar de peregrinação e oração, o que ocorre até os dias atuais. Muitos foram os sinais da presença de Nossa Senhora e relatos de milagres. Por conta da perseguição que sofreram, o pai de Irmã Adélia inclusive chegou a ser preso, optaram pelo silêncio.

Só voltaram a falar novamente em 1985, quando Irmã Adélia resolveu reunir as religiosas da congregação para partilhar a experiência que teve com Nossa Senhora. Ela decidiu dar o testemunho porque estava com câncer, com metástase no fígado, e tinha pouco tempo de vida, de acordo com os médicos.

Passadas algumas semanas da revelação, Ir. Adélia foi com um grupo de Religiosas da Instrução Cristã para o local das aparições. Durante as orações, pediu que, se fosse da vontade da Mãe do Céu, que aquelas aparições fossem divulgadas, que Ela lhe desse, então, a cura. Foi o que ocorreu. Os novos exames realizados mostraram que não tinha mais câncer. Incansável em sua humildade e simplicidade, Ir. Adélia dedicou a vida para transmitir o Evangelho, ajudar os pobres e rezar pelos sacerdotes.

“Irmã Adélia é celebrada publicamente neste início de processo a caminho da sua canonização, ela que doou a sua vida pela causa dos desfavorecidos da nossa sociedade, esteve ao lado dos pobres nas realidades onde fez missões, em destaque a Vila Santa luzia, no Recife. Ela possui muitas virtudes semelhantes às da nossa fundadora, Madre Agathe Verhelle”, destacou a superiora geral das Religiosas da Instrução Cristã, Irmã Eulália Maria.

MEMORIAL

O Memorial tem objetos, documentos, roupas e a história de Irmã Adélia. Ele ficará aberto de terça a sábado, das 14h às 18h, e domingo, das 8h às 12h. Um espaço também foi feito ao lado da Capela do Colégio Damas, com as relíquias mortais de irmã Adélia, um quadro com a foto dela, a imagem de Nossa Senhora da Graças, um velário e uma urna para orações.