Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

São Paulo (SP), 04/04/2024 - Primeiro dia de vacinação contra dengue em crianças de 10 a 14 anos na Unidade  Básica de Saúde - UBS Vila Jaguara, na região oeste.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
© Rovena Rosa/Agência Brasil

Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

Entenda

Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2.

Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.

A definição de um público-alvo e de regiões prioritárias, segundo o ministério, se fez necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo fabricante. A primeira remessa, por exemplo, chegou ao Brasil em janeiro do ano passado e contava com apenas cerca de 757 mil doses. A pasta adquiriu todo o quantitativo disponibilizado pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses e contratou 9 milhões de doses para 2025.

Prioridade para o SUS

Em comunicado divulgado no ano passado, a Takeda informou a decisão de priorizar o atendimento de pedidos feitos pelo ministério para o fornecimento de doses da Qdenga. De acordo com a nota, o laboratório suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e limitou o fornecimento da vacina na rede privada, suprindo apenas o quantitativo necessário para que pessoas que tomaram a primeira dose completassem o esquema vacinal com a segunda dose.

“Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025.”

Vacina

A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Anvisa em março de 2023. Na prática, o processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do mesmo ano, o ministério anunciou a incorporação do imunizante ao SUS.

Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS. A entidade define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue e recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão da doença.

“A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, uma vez que torna a dose elegível para aquisição por parte de agências da ONU [Organização das Nações Unidas], incluindo o Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”, avalis, à época, o diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, Rogerio Gaspar.

“Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”, completou. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

Alerta

No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. A entidade destacou que o imunizante está disponível, atualmente, para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente e que apenas metade das doses distribuídas pelo ministério para estados e municípios foi aplicada.

O alerta acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação por conta da detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas localidades. O sorotipo, de acordo com o ministério, não circula no país de forma predominante desde 2008 e, portanto, grande parte da população está suscetível à infecção.

Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que a baixa disponibilidade para aquisição da Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a doença. O ministério destacou ainda o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

No início de janeiro de 2025, o ministério voltou a instalar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com o objetivo de ampliar o monitoramento de arboviroses no Brasil.

Números

Em 2024, o país registrou a pior epidemia de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes por causa do vírus. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já registra 230.191 casos prováveis da doença e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

Possível taxação do aço pelos EUA impacta exportações do Brasil

Brasília (DF) 10/02/2025 - Minério de Ferro e pelotas, A matéria-prima essencial para a fabricação do aço é encontrada na natureza em forma de rochas misturada a outros elementos. Por meio de diversos processos industriais com alta tecnologia, o minério de ferro é beneficiado para, em seguida, ser vendido à indústria siderúrgica.
Foto: Vale/Arquivo/Divulgação
© Vale/Arquivo/Divulgação

A taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, prometida pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, impacta a produção desses setores no Brasil, avaliaram especialistas em comércio exterior consultados pela Agência Brasil.

O país da América do Norte é o maior comprador do aço brasileiro. Segundo dados do Instituto Aço Brasil, em 2022, os EUA compraram 49% do total do aço exportado pelo país. Em 2024, apenas o Canadá superou o Brasil na venda de aço aos Estados Unidos.

No caso do alumínio, a dependência dos EUA é menor. O país foi o destino de 15% das exportações de alumínio do Brasil em 2023. O principal comprador do alumínio brasileiro é o Canadá, que absorveu 28% das exportações desse produto naquele ano. Os dados são da Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Carlos Delorme Prado afirmou que a possível taxação deve ter impacto nos setores atingidos, mas não deve causar maiores problemas para o conjunto da economia.

“Embora a taxação seja muito importante para essas indústrias, para o conjunto da economia brasileira o impacto não é tão grande assim. O Brasil vai ter que redirecionar essas exportações, ou então, o que eu acho mais importante, tentar aumentar o consumo doméstico de aço. O Brasil tem alternativas. É diferente do México e do Canadá, que são muito mais dependentes do mercado americano”, explicou Prado.

O especialista acrescentou que o impacto será menor para o setor do alumínio. “O setor pode sofrer indiretamente porque as exportações de produtos de alumínio do Canadá para os Estados Unidos podem cair, isso pode afetar as exportações brasileiras para o Canadá. Mas, de qualquer maneira, o impacto é menor”, completou.

Caso a taxação resulte em queda na produção desses produtos no Brasil, haverá perda econômica, de produtividade e de empregos nesses setores e nas demais áreas interligadas ao aço e ao alumínio, avaliou o economista, doutor em relações internacionais e CEO da Amero Consulting, Igor Lucena.

“No Brasil, você vai ter uma diminuição da fornalha, diminuição da cadeia produtiva e essa diminuição termina gerando queda da produção, que significa dispensa dos funcionários, queda do faturamento e até mesmo impacto na nossa balança comercial, com reflexos sobre o PIB”, comentou em entrevista à Agência Brasil.

Reciprocidade

O governo brasileiro aguarda o governo dos Estados Unidos oficializar a taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio para se manifestar sobre o tema, informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil pode usar a lei da reciprocidade, aumentando as taxas de produtos estadunidenses consumidos pelo Brasil. “O mínimo de decência que merece um governo é utilizar a lei da reciprocidade”, disse em entrevista a rádios de Minas Gerais.

Protecionismo

Os analistas avaliam que a medida pode ser uma tentativa do governo Trump de favorecer o mercado de aço dos Estados Unidos ao encarecer o produto comprado no exterior. Porém, o economista Igor Lucena ponderou que haverá efeitos negativos para os estadunidenses.

“Um aço mais caro para os Estados Unidos ou uma falta de aço vai impactar negativamente a economia americana. Não há dúvida em relação a isso”, afirmou, acrescentando que o anúncio desse tarifaço pode ser uma tática para conseguir arrancar concessões dos países em negociações em outros áreas.

O professor Luiz Carlos Prado destacou que essa tática de negociação é prejudicial ao funcionamento da economia internacional. “Isso leva a ondas de choques, leva à redução de investimentos, leva a retaliações, porque, óbvio, o Brasil deve retaliar. Se o Brasil não reage, ele fica muito mais vulnerável a esse tipo de pressão”, comentou.

Durante o seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas concedeu depois cotas de isenção para parceiros, incluindo Canadá, México e Brasil, que são os principais fornecedores desses produtos.

Dólar cai para R$ 5,78, apesar de tarifa de Trump sobre aço e alumínio

Dólar
© Valter Campanato/Agência Brasil

O anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de uma tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos Estados Unidos teve pouca influência no mercado financeiro. O dólar teve pequena queda, e a bolsa de valores subiu quase 1%, recuperando-se parcialmente das quedas recentes.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (10) vendido a R$ 5,785, com recuo de R$ 0,008 (-0,13%). A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,82 por volta das 9h15. No entanto, inverteu a trajetória e passou a cair ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 10h30, a moeda norte-americana chegou a R$ 5,76.

Apesar de ter ensaiado uma nova alta no fim da manhã, a moeda norte-americana voltou a cair durante a tarde. Com o desempenho desta segunda-feira, a divisa acumula queda de 6,36% em 2025.

O mercado de ações teve um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.572 pontos, com alta de 0,76%. O indicador chegou a subir 1,42% às 10h35, mas desacelerou ao longo da tarde. O avanço do petróleo e do minério de ferro no exterior favoreceu ações de petroleiras e mineradoras, que têm maior peso na bolsa brasileira.

Em relação ao dólar, o Brasil destoou da maioria dos países, onde a moeda norte-americana fechou em alta. A pressão de exportadores que venderam dólares após a cotação superar os R$ 5,80 ajudou a segurar a pressão sobre o câmbio no Brasil.

Pernambuco recebe Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização na categoria ouro

Representando Pernambuco, a governadora Raquel Lyra recebeu, nesta segunda-feira (10), o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização na categoria ouro, em uma cerimônia promovida pelo Ministério da Educação (MEC). O evento aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, e contou com a presença do presidente Lula.

“Para nós é uma alegria poder estar aqui e ver o reconhecimento de algo tão nobre para o nosso país. O nosso Estado, particularmente, elevou em 40% o nível de alfabetização de 2023 a 2024. Mas a gente sabe do grande desafio que é a educação no Brasil. Nosso compromisso, como líderes, como homens e mulheres que têm a capacidade de influenciar a vida daqueles que moram nos nossos estados, é de não deixar ninguém para trás. Se nós não investirmos nos nossos meninos, não seremos capazes de reduzir a desigualdade social e muito menos a regional”, destacou a gestora.

A premiação é uma iniciativa do MEC e faz parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), que busca atestar boas práticas das secretarias de educação estaduais e municipais, voltadas a assegurar o direito à alfabetização. “A gente nunca será desenvolvido se não apostarmos na educação. Toda criança, independentemente da origem, da cor, tem o direito de ter uma educação plena, como todas as pessoas merecem neste país. O único caminho que temos é o investimento em educação”, disse o presidente Lula.

Pernambuco foi um dos 13 estados agraciados com o selo de ouro no evento de hoje. Além disso, mais de 80 municípios pernambucanos também receberam o prêmio. Durante o seu discurso, a chefe do Executivo estadual destacou os bons resultados alcançados até o momento com o Juntos Pela Educação, programa que conta com um investimento de R$ 5,5 bilhões para a realização de ações nesta área. Um exemplo é que, pela primeira vez na história, Pernambuco superou a taxa nacional de alfabetização, com 59% dos estudantes alfabetizados na idade certa. O número fica acima da média do país, que é de 56%.

“Hoje nós temos avaliação da alfabetização por estado, município e região, para construir as estratégias. Nós não queremos deixar ninguém para trás, mas sim todos crescerem juntos, pelo mesmo objetivo. Nós estamos aqui reconhecendo os processos, os esforços e as iniciativas de cada município e estado”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

Esta foi a primeira edição deste evento, que também contou com a presença do secretário de Educação do Estado, Gilson Monteiro, além de ministros, do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e de diversos governadores, prefeitos e prefeitas e gestores de educação.

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

UNINASSAU Caruaru abre processo seletivo para curso de Medicina

O UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Caruaru está com inscrições abertas para estudantes que querem ingressar no curso de Medicina por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) ou sendo portador de diploma. É preciso especificar a modalidade desejada, não sendo permitido selecionar as duas opções.

A Instituição de Ensino Superior (IES) conta com uma equipe docente altamente qualificada, com professores mestre e doutores, infraestrutura moderna, laboratório de última geração, atividades extracurriculares e campo de estágio no primeiro semestre do curso. O período de inscrição é de 7 a 25 de fevereiro, por meio do site https://vestibularmedicina.uninassau.edu.br/

“Estamos iniciando o segundo ano do curso de Medicina e, cada vez mais, temos a certeza do nosso compromisso com o aluno do interior para as formações cidadã e acadêmica. Nosso objetivo é que ele conclua a graduação e seja contratado para exercer a profissão em sua cidade de origem, sem precisar se mudar”, afirma a reitora da UNINASSAU Caruaru, Aislane Belo.

O resultado será divulgado no dia 26 de fevereiro e as matrículas serão realizadas nos dias 27 e 28 do mesmo mês. É de suma importância que os candidatos leiam todas as informações contidas no edital.

Caruaru reúne 26 cidades em encontro regional de Defesa Civil para discutir Operação ‘Carro Pipa’

A Secretaria de Segurança Municipal de Caruaru (SSM), por meio da Defesa Civil, sediou, nesta segunda-feira (10), um encontro regional envolvendo as Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de 26 municípios da região Agreste de Pernambuco e o escritório nacional da ‘Operação Carro-Pipa’, do Comando Militar do Nordeste. O encontro foi realizado pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec)

O evento teve como objetivo discutir as oportunidades de melhoria para a ‘Operação Carro Pipa’ em curso, bem como apresentar detalhes acerca de aspectos ligados à operacionalidade e a fiscalização do referido programa. Participaram do encontro representantes da Defesa Civil das cidades de Caruaru, Bezerros, Bom Jardim, Brejo da Madre de Deus, Casinhas, Cumaru, Frei Miguelinho, Gravatá, Jataúba, João Alfredo, Limoeiro, Orobó, Passira, Pombos, Riacho das Almas, Sairé, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Caetano, Surubim, Taquaritinga do Norte, Toritama, Vertente do Lério e Vertentes

“Esse encontro é fundamental para todos os municípios da região entenderem, junto ao Exército Brasileiro, como cada Coordenação de Defesa Civil pode atuar em sua cidade, proporcionando mais segurança e assistindo à população que necessita do abastecimento de água por meio do carro pipa. Cerca de 4 mil pessoas são beneficiadas com o serviço, dando continuidade à operação junto ao Exército, proporcionando, da melhor forma, a distribuição de água em locais áridos aqui em nosso município”, disse o Gerente da Defesa Civil de Caruaru, Mário Revorêdo.

Financiamento do FNE para retrofit já está disponível

Recife (PE) – Os interessados em utilizar o financiamento do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para reforma, requalificação e retrofit (processo que visa revitalizar construções antigas) de prédios degradados, inutilizados ou subutilizados já podem entrar com a solicitação junto ao Banco do Nordeste, agente operador do FNE. Nesta quarta-feira (12), serão apresentadas os detalhes da linha de crédito, aprovada em 2024 pelo Conselho Deliberativo da Sudene, em evento realizado numa parceria com o Recentro, da Prefeitura do Recife, e o Banco do Nordeste.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca que essa ação é considerada estratégica para o desenvolvimento regional, “garantindo que as pessoas voltem a habitar e se apropriem dos espaços urbanos e dos centros históricos, que por sua vez passam a ser revitalizados”. As construções revitalizadas deverão ser multiuso, sempre atreladas a uma iniciativa do setor produtivo. A modalidade coliving (forma de habitação compartilhada) e parcerias público-privadas (PPPs) também são aceitas.

Danilo Cabral ressalta que a proposta acatada pelo Conselho Deliberativo foi fruto do diálogo que a Sudene vem mantendo com lideranças políticas e empresariais da Região e, neste caso específico, está sendo atendida uma demanda do setor da construção civil. Os repasses de recursos do FNE para o comércio dessas áreas já eram previstos e continuam em vigor. “A revitalização de edificações integrantes dos centros históricos nas capitais nordestinas com fins residenciais fortalece a missão da Sudene em reduzir as desigualdades regionais”.

O gestor destacou, ainda, a importância de apoiar a atividade de retrofit para amenizar “o déficit habitacional que nós temos no país, superior a seis milhões de habitações”. Outro dado importante para o apoio a essa ação é “o consenso geral entre urbanistas de que essas áreas têm infraestrutura, serviço, saneamento, transporte público, comércio, lazer, mas falta uma moradia atrativa”, complementou.

*Serviço*

Conexão Recentro – um centro de oportunidades

12 de fevereiro

Às 14h30

Auditório do BNB (Av. Conde da Boa Vista, 800, Boa Vista, Recife-PE)

Cantora Riáh lança seu primeiro álbum visual

Exaltando sua ancestralidade indígena e músicas do seu primeiro disco, a cantora pernambucana Riáh disponibilizou no seu canal no YouTube, na última sexta-feira (07/02), o primeiro álbum visual de sua carreira. Com quase 30 minutos de duração, a narrativa evoca a jornada pessoal da artista de busca e retomada por sua ancestralidade Xukuru Ororubá.

Gravado no Teatro Experimental de Arte – TEA, em Caruaru, o álbum visual – gênero audiovisual que reúne elementos do curta-metragem e do videoclipe – compila cenas de Riáh interpretando oito canções do seu álbum de estreia, “Retinta”, em ambientes sinestésicos e psicodélicos, incluindo composições de nomes notórios, como Isabela Moraes, Juliano Holanda, PC Silva e Ceumar, além de duas canções de sua autoria. 

Através de projeções e recursos de holograma, animação gráfica e Inteligência Artificial, os cenários do TEA se transformam em locais subjetivos fora do espaço-tempo, nos quais a artista reencontra seus ancestrais e suscita reflexões sobre amor próprio, aceitação, pertencimento e religiosidade.

“É como um verdadeiro portal no qual eu reencontro meus ancestrais, representando um retorno às minhas origens e uma reparação com minha trajetória”, conta a cantora que tem pai, avós e bisavós nascidos em território Xukuru Ororubá no município de Pesqueira, no Agreste, onde a mesma viveu até os 15 anos. Posteriormente, por força maior, a artista migrou para Caruaru, se afastando de sua ancestralidade. Em algumas cenas, a cantora performa ao lado de familiares indígenas, simbolizando esse reencontro.

Tendo “Retinta” como canção-guia, tal como no disco, o álbum visual endossa em imagem o mote do trabalho musical da cantora – uma homenagem aos povos originários e sua retomada pessoal enquanto mulher indígena. “Atraco enfim no meu cais, retinta nas tintas dos meus ancestrais”, canta Riáh nos versos da canção de autoria de Déa Trancoso.

Com incentivo da Lei Paulo Gustavo através da Prefeitura de Caruaru, além do álbum visual, Riáh também lançou recentemente o clipe de animação “Você Diz”, que tem ilustrações de Tricia Mota, revelando um trecho do álbum visual; e também um curta-metragem making of do álbum visual, contando ao público um pouco dos bastidores da realização da obra.

SOBRE A CANTORA – Cantora e compositora pernambucana radicada em Caruaru/PE, Riáh tem um trabalho musical fortemente marcado pela evocação à ancestralidade – despontou na cena do Estado lançando o clipe “Obá Xangô” (2021) e o curta-clipe “No Sítio Cajueiro” (2022), abordando a religiosidade afroindígena e a sua ligação com o povo Xukuru Ororubá. 

Em 2023, lançou seu álbum de estreia “Retinta”, com direção musical de Hugo Linns e incentivo do edital Funcultura, além do curta-clipe “Retinta – Vinheta Ororubá”. Desde então, a artista vem circulando por importantes palcos do Estado, como no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), Mostra Pré-AMP, Carnaval de Recife e Olinda, Fenearte e Festival Pernambuco Meu País, cumprindo uma intensa agenda de shows entre 2023 e 2024. 

Em 2025, além de lançar o primeiro álbum visual de sua carreira, Riáh se prepara para realizar duas turnês – uma nacional e outra internacional – levando o repertório de “Retinta” para novos públicos.

>> Assista ao álbum visual “Retinta”, de Riáh:

Mais informações: Instagram @riah_cantora 

Cotação de preços da Ceaca avaliou 76 itens nesta semana

A Central de Abastecimento de Caruaru (Ceaca) realizou a cotação de preços da semana (03 a 10 de fevereiro) e analisou 76 itens, entre frutas, verduras, legumes e temperos.

Destaque para a jaca, que aumentou o preço em 50%. O mesmo reajuste aconteceu no couve comum. Em relação à semana anterior, a pimenta também elevou o preço em 43%. Em contrapartida, o cominho reduziu em 44%, limão tayty em 25% e o melão espanhol em 20%.

ONG Giral abre inscrições para projetos dedicados a idosos

A ONG Giral, de Glória do Goitá, está com inscrições abertas para os Projetos Vida Feliz e Sonhos Não Envelhecem, beneficiando idosos da Zona da Mata Norte de Pernambuco. Os interessados podem se inscrever presencialmente na sede da ONG, localizada na Rua Lúcia Maria de Moura Souza, n.º 148, bairro Santa Felicidade, ou pelo site: giral@.org.br

Os Projetos Vida Feliz e Sonhos Não Envelhecem são voltados, exclusivamente, para mulheres a partir dos 55 anos e homens a partir dos 60 anos. Ambos proporcionam atividades que promovam o bem-estar e a qualidade de vida na terceira idade. Esse é o segundo ano consecutivo que a Giral destina recursos para atender à população idosa.

Durante o ano, a Giral oferece práticas esportivas, oficinas de Letramento Digital, corte e costura, artes, empreendedorismo, musicoterapia, viagens de intercâmbios, comunicação, atendimento psicológico e rodas de leitura. No ano passado, mais de 100 idosos concluíram os cursos. Todos, moradores de Glória do Goitá, Feira Nova, Lagoa de Itaenga e Pontos.

Segundo o IBGE, a população de Pernambuco em 2024 atingiu 9.539.029 habitantes, com um índice de envelhecimento de 48,7, indicando 48,7 idosos para cada 100 crianças. A expectativa de vida dos pernambucanos aumentou de 68,3 anos em 2000 para 75,3 anos em 2023. Nesse mesmo período, a proporção de idosos com 60 anos ou mais subiu de 15,1% para 22,5%.

Com o envelhecimento da população, a demanda por cuidadores capacitados cresce, tornando o curso oferecido pela Giral uma oportunidade valiosa para quem deseja. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) aponta que, somente em 2023, havia cerca de 840 mil cuidadores remunerados no Brasil. A profissão teve um aumento de 15% no período de 2029 a 2023 no país.