Contos de Histórias no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping sediará, no dia 20 de abril, o Contos de Histórias, em celebração ao Dia do Livro. A ação, que é gratuita e aberta ao público de todas as idades, acontecerá nas proximidades da entrada da academia, a partir das 15 horas.

O evento terá a participação de contadoras de histórias, que vão animar crianças e adultos com contos incríveis. A iniciativa visa promover a leitura e a cultura, além de incentivar o hábito de ler desde a infância.

O Dia do Livro é comemorado em 23 de abril, em homenagem a dois importantes escritores da história mundial: William Shakespeare e Miguel de Cervantes, que faleceram no dia 23 de abril de 1616. A data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de promover a leitura e a cultura.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Do fogo surgiu um paraíso: o arquipélago de Fernando de Noronha

Um vulcão extinto há milhões de anos, topo de uma cadeia de montanhas submersas nas águas do Oceano Atlântico, hoje é um dos lugares mais bonitos e encantadores do mundo, segundo informações do IBGE. Formado por 21 ilhas, ilhotas e rochedos, Fernando de Noronha ocupa uma área de 26km². Distante 545 km da cidade do Recife (PE), possui entre seis e oito voos, dependendo do dia e da demanda (saindo da capital pernambucana), com 1 hora e 30 minutos, em média, de duração, através das companhias aéreas Azul e Voepass.

O arquipélago principal é o único habitado, com cerca de 3.140 habitantes, entre permanentes e temporários, segundo dados do último censo do IBGE, de 2021. Nos 17km² de extensão, concentram-se todas as atividades socioeconômicas da ilha. Em função da sua geografia, habitualmente divide-se a ilha em duas partes: Mar de Dentro e Mar de Fora. O de Dentro tem a face voltada para o Brasil e abrange 11 praias: Porto, Cachorro, Meio, Conceição, Boldró, Americano, Bode, Quixabinha, Cacimba do Padre, Baía dos Porcos e Sancho) e onde se encontra também a Baía dos Golfinhos. Já o Mar de Fora é voltado para o continente africano e conta com quatro praias: a Sueste, Atalaia, Caieira e Leão.

Passado e presente se fundem em uma história rica de acontecimentos marcantes

O arquipélago foi descoberto em 1503, pelo navegador Américo Vespúcio, durante a Segunda Expedição Exploradora da costa brasileira, comandada por Gonçalo Coelho, e, posteriormente, foi doado ao financiador da viagem, o fidalgo português Fernão de Loronha, daí a origem do nome. Com a doação, tornou-se a primeira Capitania Hereditária do Brasil. Abandonada pelo donatário, a ilha sofreu vários ataques de piratas. Os holandeses também viveram nesse paraíso ecológico de 1629 a 1654, e os franceses, de 1736 a 1737, chamando-a de “Isle Delphine”.

Temendo novas investidas, o Reino de Portugal, pela Capitania de Pernambuco, ocupou Fernando de Noronha em 1737, implantando um sistema defensivo composto por dez fortes, localizados acima de todas as praias onde fosse possível o desembarque. Foi implantado também pelo Governo Português uma Colônia Correcional (presídio) para presos comuns de Pernambuco e, eventualmente, recebia presos políticos dos grandes conflitos ocorridos no Brasil.

Em 1938, o arquipélago passa a ser administrado pelo Governo Federal brasileiro, que instala, oficialmente, um presídio político na ilha. Em 1942, transforma-se em Território Federal, administrado pelo Exército até 1981, pela Aeronáutica até 1986 e pelo Estado Maior das Forças Armadas (Emfa) até 1987, quando teve início o primeiro governo civil, subordinado ao Ministério do Interior. Com a Constituição de 1988, o arquipélago é reintegrado ao Território de Pernambuco e passa a ser o único Distrito Estadual do País.

Edificações históricas da ilha que permitem uma viagem no tempo

Noronha conta com edificações de grande valor histórico, situadas, em sua maioria, na Vila dos Remédios, principal núcleo urbano do arquipélago, desde o século XVIII. Na época, funcionavam armazéns, residências, oficinas, presídios, igrejas, espaços para curral, pastos, hortas, jardins e a Administração. Toda a área foi calçada em pedra, e as edificações foram sempre de grande porte. Devido ao sistema carcerário no local, a vila foi construída de forma estratégica, para não ser vista do mar.

Com o passar do tempo, algumas construções se tornaram ruínas e outras foram recuperadas, como o Palácio São Miguel, a Igreja Nossa Senhora dos Remédios, ruínas da Antiga Escola – atualmente agência bancária, e o Forte Nossa Senhora dos Remédios.

As fortificações e o conjunto urbano da Vila dos Remédios, incluindo algumas das suas edificações históricas, foram tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Palácio São Miguel

Sede da administração de Fernando de Noronha, o Palácio foi edificado na década de 40, sobre as ruínas da antiga “Diretoria do Presídio”. O casarão colonial teve sua construção executada com mão de obra da própria ilha e, em alguns períodos, foi residência do governador militar (administrador). Atualmente, no local, há vestígios da construção passada em uma das paredes das salas no térreo. Foi tombado pelo Iphan em 2017.

Igreja Nossa Senhora dos Remédios

Atualmente, elevada à categoria de paróquia pela Diocese do Recife e Olinda, a igreja foi construída em 1784 e é o principal templo católico do local. O nome escolhido foi em homenagem a Nossa Senhora dos Remédios, que foi tomada como Padroeira do presídio desde 1768. No mês de agosto é comemorada a Festa da Padroeira, um dos momentos mais esperados pela população noronhense. O evento é marcado por missa e rezas de terço.

Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios

Localizada sobre uma colina a 45 metros acima do nível do mar, entre o Porto de Santo Antônio e a Praia do Cachorro, a Fortaleza Nossa Senhora dos Remédios é a mais importante das dez fortificações erguidas no século XVII para defender a ilha. A construção tem o formato irregular, configurando uma estrela com 12 angulações.

Na época, o Forte abrigou correcionais (espaços criados com objetivos de aplicar correção, espécie de prisão, comparando-se aos tempos atuais), no tempo do presídio comum e do presídio político. Desde a sua construção, o Forte dos Remédios sofreu várias intervenções e ampliações. Recentemente, o espaço foi reestruturado com museu interativo e museu a céu aberto, auditório e sala multifuncional, para eventos e convenções, shows, exposições, restaurante e bar, mirante e projetos socioambientais.

Ruínas da Antiga Escola

Na Vila dos Remédios também funcionou uma escola, inicialmente para adultos analfabetos, entre os séculos XVIII e XIX, conhecida como Escola Noturna. Ainda no século XIX, edificações simples foram erguidas no mesmo local para serem residências, depois improvisadas para a educação de meninos e meninas. Já no século XX, uma edificação foi construída especialmente com essa finalidade, recebendo o nome de Escola ABC, com duas salas de aula (classe feminina e classe masculina) e a diretoria escolar. No período da II Guerra Mundial, o local foi usado como sede da Rádio PTI. Em 1953, outra escola maior foi construída em lugar diferente, ficando a antiga casa abandonada. Até que foi ocupada novamente, desta vez pelo Banco Real, que restaurou o imóvel e inaugurou uma agência. Atualmente, no espaço, funciona uma agência de um banco privado.

Cacimba do Padre

Nome de umas das praias mais frequentadas da ilha, a Cacimba do Padre tem esse nome porque no local ficava uma fonte de nove metros de profundidade, de onde se tirava água potável. O local foi construído no século XIX, com a mão-de-obra dos prisioneiros, a pedido do capelão de Noronha, o padre Francisco Adelino de Britto Dantas. Na época, a água daquele poço era reservada somente para os doentes. Padre Adelino imortalizou-se na praia, que passou a ser chamada assim. Conta-se até que o padre virou lenda, na qual o sacerdote virou fantasma na ilha.

Capela de São Pedro dos Pescadores

A caminho da Air France, no alto da colina, está a capela dedicada a São Pedro, o padroeiro dos pescadores, edificada na primeira metade do século XX. Fechada durante todo o ano, somente no dia dos festejos, a São Pedro é aberta, acolhendo a festa que começa no seu entorno e termina na bela procissão marítima que se forma a partir do Porto de Santo Antônio.

Para a historiadora Graziele Rodrigues, a história de um lugar é muito importante dentro da cadeia do turismo. “Em Noronha existe um potencial incrível para o turismo cultural e histórico. Para que o visitante se interesse por isso, nós precisamos cuidar do patrimônio arquitetônico de Fernando de Noronha, pois como a cultura não é algo estático, ela acompanha a história em si, trabalha-se muito com o visual, com a imagem. Então, quando a gente vai contar a história para aquele visitante, espera-se que ele tenha interesse em saber do que está sendo narrado, alimentando a criatividade do visitante e estimulando a curiosidade dele em saber mais”, afirmou.

Já o escritor Ikaro Silvester destaca a relevância da história do arquipélago. “A importância da história da ilha para a comunidade se deve ao fato da preservação da sua identidade, da sua memória, tradições e costumes, com o intuito de não permitir que se perca no tempo. A presença de um historiador in loco, preservando essa memória do povo, faz com que ele, com a colaboração dos próprios noronhenses, mantenha viva a essência da ilha, assim como a sua jornada pelo tempo”, conclui.

Governadora Raquel Lyra faz giro pelo interior do Estado

A governadora Raquel Lyra cumpre agenda nesta quarta (19) e quinta (20), no interior do Estado. O giro começa a partir das 11h da quarta, onde a chefe do Executivo inaugura o novo sistema de armazenamento de energia implantado na Estação de Tratamento de Água Petrópolis, em Caruaru. Conhecido como BESS (Battery Energy Storage System), o equipamento foi projetado para o atendimento do consumo da unidade, de forma integral ou parcial, quando houver problemas de interrupção no fornecimento de energia.

Em seguida, a governadora visita a Adutora do Agreste, em Arcoverde, no Sertão do Moxotó. No início do mês, R$ 50 milhões foram transferidos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para a aceleração das obras da primeira etapa, que beneficiarão 23 municípios do interior de Pernambuco. Os recursos foram obtidos após agendas da governadora Raquel Lyra em Brasília no primeiro trimestre de governo e possibilitarão retomar o ritmo da obra, que tem conclusão prevista para 2025. A agenda da quarta (19) será encerrada à noite, com visita da gestora à Expoberro, no município de Serra Talhada.

Seguindo com os compromissos no interior, a governadora visita, na quinta-feira (20), os municípios de Serra Talhada e Sertânia, no Sertão. Na capital do Xaxado, a chefe do Executivo realiza reunião com os prefeitos para tratar sobre o desenvolvimento da região.

No município de Sertânia, no Sertão do Moxotó, a gestora inaugura a obra de Implantação do Sistema de Abastecimento de Água do Rio da Barra. A estrutura irá levar água para populações que vivem nas comunidades de Barreiros, Cacimbinha, Maia, Rio da Barra, Salgadinho, Salgado, Santa Maria, São Gonçalo, Waldemar Siqueira e Xique-Xique.

AGENDA DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA | quarta-feira, 19 de abril de 2023

11h – Inauguração do Sistema de Armazenamento de Energia – BESS
Local: Rua Boa Viagem, n° 700, Petrópolis – Caruaru.

16h – Visita à obra da Adutora do Agreste
Local: Rodovia PE-219, s/n, Distrito de Ipojuca, Arcoverde.

19h – Expoberro
Local: Sesc Serra Talhada.

AGENDA DA GOVERNADORA RAQUEL LYRA | quinta, 20 de abril de 2023

10h – Reunião com prefeitos do Sertão
Local: Maria’s Recepções – Rua Enoch de Carvalho, 1046 A, Bairro AABB – Serra Talhada.

15h – Inauguração do Sistema de Abastecimento de Água de Rio da Barra
Local: Rio da Barra, em Sertânia.

Governadora Raquel Lyra participa de reunião com o presidente Lula sobre violência nas escolas

A governadora Raquel Lyra participou, na manhã desta terça-feira (18), de uma reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir a elaboração de políticas públicas para segurança no ambiente escolar. No encontro, que também contou com a presença de autoridades do Judiciário e do Legislativo, além de ministros, governadores e prefeitos, foi anunciado um pacote de ações integradas para prevenir casos de violência nas escolas. Haverá um apoio federal de R$ 3,1 bilhões a serem transferidos para estados e municípios.

“Estamos falando de uma mudança e um olhar mais atento a esses locais. A escola é o ponto de convergência das nossas comunidades, e que ela possa ser o ponto de paz e cultura desses lugares. Em Pernambuco, estamos trabalhando a inteligência policial, implantamos o canal 197 para denúncias, registramos 358 boletins de ocorrência e apreendemos três adolescentes que praticaram atos infracionais equivalentes ao crime de terrorismo. Estamos intensificando a segurança nesses ambientes para que as nossas crianças e jovens possam se sentir mais protegidos”, destacou Raquel Lyra, que esteve acompanhada da secretária estadual de Educação e Esportes, Ivaneide Dantas.

Em seu discurso, o presidente Lula defendeu uma participação das famílias nas escolas. “Estamos diante de um fato novo. Invadiram um lugar que, para nós, é de segurança. E não vamos resolver esse problema elevando o muro da escola ou colocando detectores de metais. A família tem que estar envolvida nesse processo, precisa ter responsabilidade e ajudar a educar. Temos que levar em conta que sem a participação dos pais, não iremos recuperar o processo educacional correto nas nossas escolas. Nós temos que transformar esse grave problema em uma solução política para resolver a violência”, afirmou.

De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, o governo vai adiantar as transferências de R$ 1,097 bilhão no âmbito do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE). A segunda parcela seria paga em setembro, mas o dinheiro já cairá neste mês nas contas das escolas. Também dentro do programa haverá a liberação de R$ 1,8 bilhão, relacionados a anos anteriores e que estão parados nas contas das escolas para outras ações. Outros R$ 200 milhões serão direcionados para ações como a criação de núcleos psicossociais, municipais, regionais ou estaduais.

“Essas ações integradas visam aumentar a segurança nas escolas brasileiras, com foco em investimentos na infraestrutura dos colégios, na formação de profissionais e na implementação de núcleos de apoio psicossocial que contribuam para a saúde mental da comunidade”, enfatizou Camilo Santana.

Ainda durante o encontro, o ministro da Educação anunciou os seguintes projetos: Curso de formação continuada, oferecido por universidades, para professores saberem como enfrentar a violência escolar; parceria com o Conselho Nacional da Justiça para construção de paz nas escolas; o investimento de R$ 150 milhões no Programa Nacional de Segurança nas Escolas para apoio às rondas escolares, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública; a criação de um canal de denúncia (https://www.mj.gov.br/escolasegura); e o estabelecimento de um canal de WhatsApp, criado pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, no número: (61) 99611-0100.

Foto: Secom/ Palácio do Planalto

Tecnologia torna monitoramento de terras indígenas mais preciso

TECNOLOGIA-INDÍGENAS - Indígenas do Acre fazem treinamento com tecnologias. Foto: CI-Brasil/Divulgação

Um sistema de monitoramento e gestão territorial tem realizado o mapeamento da produção agroextrativista dos povos que vivem nas Terras Indígenas do Rio Gregório e Kampa do Rio Amônia, no Acre. Por meio de um aplicativo para celular, a ferramenta também faz o levantamento de dados demográficos e da biodiversidade local, além de alertar sobre mudanças no uso do solo.

O Sistema de Monitoramento e Gestão Territorial foi desenvolvido em parceria com a organização não governamental Conservação Internacional (CI-Brasil) e os povos Yawanawá e Ashaninka. A ferramenta começou a ser testada em junho de 2022 e, até o momento, mais de 274,6 mil hectares de terras já contam com proteção ampliada, beneficiando direta e indiretamente quase 2,5 mil pessoas.

A inovação trazida pela tecnologia é um diferencial para alertar os indígenas em casos de ameaça de incêndio, de desmatamento, invasão. A ferramenta serve ainda para registrar onde estão fazendo um roçado de agricultura ou em que região estão caçando, para poderem identificar onde tem redução de determinada espécie e decidirem caçar em outro lugar. Alguns povos estão fazendo levantamento demográfico em aldeias.

Os alertas emitidos podem ser enviados para autoridades como Ministério Público Federal, polícias estadual e federal, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente e Mudança Climática.

Segurança

Em entrevista à Agência Brasil, o cacique Tashka Yawanawá, afirmou que o aplicativo tornou o monitoramento da terra mais fácil e seguro.

“A gente fazia o monitoramento manual, subindo os rios, os caminhos das limitações do território e, agora, usando os drones e o aplicativo, fica melhor porque a gente consegue guardar esses dados. E esses dados ficam disponíveis para quando a gente precisa fazer denúncia de invasão. A gente sabe exatamente em que ponto do GPS esses incidentes estão acontecendo. O uso da tecnologia melhora a qualidade final do trabalho. Para nós, a tecnologia tem sido muito positiva, com certeza. Facilitou o nosso trabalho.”

O Ashaninka Jhon Velasco destacou que o monitoramento territorial de seu povo era feito sem o uso de tecnologias.

“Com esta iniciativa, nossas monitoras estão nos ensinando a mexer com o aplicativo e o GPS. Isso é um passo muito importante que nós, Ashaninka de Marechal Thaumaturgo, estamos dando. Estamos tentando nos aprimorar e aprender cada vez mais com essa tecnologia que facilita o nosso trabalho de monitoramento. E esse aplicativo é voltado também para os nossos trabalhos comunitários, de mapeamento de infraestrutura e delimitação de roçados.”

Ferramenta

TECNOLOGIA-INDÍGENAS - Indígenas do Acre fazem treinamento com tecnologias. Foto: CI-Brasil/Divulgação
Foto: CI-Brasil/Divulgação

De acordo com o vice-presidente da CI-Brasil, Mauricio Bianco, o monitoramento de terras é uma grande demanda dos povos indígenas do Brasil. “O nosso objetivo é juntar dois tipos de conhecimento: técnico-científico e o tradicional desses povos”, disse à Agência Brasil. Segundo Bianco, o monitoramento é feito com drones e os dados são lançados em um banco de dados por meio de aplicativo, o que torna o trabalho mais seguro.

Para facilitar a compreensão dos usuários, o aplicativo usa símbolos e termos da língua dos povos indígenas. “E não precisa necessariamente ter internet, porque o aplicativo funciona online. Depois, quando conseguem usar a internet, podem baixar os dados. Eles conseguem ter informações muito mais precisas, basicamente em tempo real”, explicou.

Na construção do aplicativo foram usados ícones e símbolos que representam diferentes questões para cada povo indígena. O desenho do ícone, seja em formato de animais, roçado, invasão por incêndio, é determinado pelos próprios indígenas, de acordo com a necessidade dos usuários.

“Cada povo (Yawanawá e Ashaninka) teve símbolos do ícone de acordo com o que entendem. Se eles não entenderem, não adianta nada a gente fazer uma coisa padronizada”, disse Bianco. Segundo ele, trata-se de povos que não desenvolveram a escrita, o que justifica a importância dos ícones.

Mauricio Bianco salientou que os dados coletados ficam sob a responsabilidade dos próprios povos indígenas. “Isso é importante porque, eventualmente, algumas pessoas coletam informações que guardam em banco de dados aos quais os indígenas, que são os responsáveis e os principais interessados em ter essas informações, não têm acesso”, afirmou.

São os povos indígenas que definem pode ter acesso ao aplicativo, porque há informações que preferem guardar para si. O sistema é complementado com informações disponibilizadas por satélites e órgãos como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo o presidente da CI-Brasil, a perspectiva é ampliar o acesso à ferramenta para outros povos indígenas. Entre eles, estão os Kayapós, da região do Xingu, com os quais a Conservação Internacional já tem atuado.

Demarcação

A Terra Indígena Rio Gregório foi demarcada em 1983 e homologada em 1991, com limites revistos em 2007. Com 187.400 hectares, está localizada no município de Tarauacá, no Acre.

Já a Terra Indígena Kampa do Rio Amônia foi demarcada e homologada em 1992, tem 87.205 hectares, sendo localizada no município de Marechal Thaumaturgo, também no Acre, na fronteira com o Peru.

Parlamentares cobram serviços das secretarias do município em sessão plenária

Demandas de infraestrutura, manutenção de estradas e barragens e iluminação pública foram o principal tema da sessão plenária desta terça-feira (18), na Câmara de Vereadores de Caruaru. Os parlamentares reclamaram da baixa qualidade dos serviços e que as secretarias de Desenvolvimento Rural, Serviços Públicos e Obras não estão cumprindo os pedidos que são feitos, em especial na zona rural.

O presidente da Casa, Bruno Lambreta (PSDB), comentou sobre a demora na manutenção dos postes e pediu para que as secretarias considerem as contribuições dos vereadores. Val Lima (União Brasil) destacou a ausência das obras na zona rural e a demora no atendimento das secretarias responsáveis, além de ressaltar a má qualidade dos trabalhos. Aline Nascimento (Cidadania) reiterou as cobranças e disse que os serviços são insuficientes. Fagner Fernandes (PDT) reclamou da quantidade de buracos nas ruas da cidade.

A vereadora Mery da Saúde (PSD) utilizou a tribuna para solicitar o recapeamento asfáltico e vistoria dos postes na estrada do Murici. Já o decano da Casa Leonardo Chaves (PSDB) enfatizou a necessidade de obras na Escola Luiz Gonzaga, em Malhada de Pedra.

Feira de Caruaru

Em sua fala na tribuna, o vereador Nelson Diniz (Cidadania) destacou a mudança do dia da Feira da Sulanca para sexta-feira, que, segundo ele, está sendo positiva para o comércio no setor. Lula Tôrres (PSDB) também defendeu mais melhorias para os comerciantes e compradores.

Segurança nas escolas

Jorge Quintino (SD) falou sobre a importância do debate sobre a segurança nas escolas, enfatizando a audiência pública com o tema que ocorrerá amanhã, às 9h, no plenário da Câmara. O propositor da audiência Anderson Correia (PP) também discorreu sobre o assunto na tribuna, citando a necessidade de capacitação dos profissionais responsáveis pela entrada e saída de pessoas das instituições de ensino.

A vereadora Perpétua Dantas (sem partido) utilizou a tribuna para falar sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco que lhe permitiu desfiliar-se do PSDB sem perder o mandato. A decisão foi unânime e o pleno do TRE aceitou os argumentos da parlamentar, que alegou perseguição política dentro do partido. Perpétua também destacou os direitos da população surda de Caruaru, sobre os quais enviou pedido de informação à Secretaria de Saúde sobre os exames de audiometria.

O vereador Cabo Cardoso (PP) celebrou o anúncio do Governo Estadual para viabilizar água encanada no loteamento Amilson Afonso. Cardoso também defendeu o armamento para a Guarda Municipal.

Raquel Lyra participa de evento sobre educação em Brasília e apresenta projeto para evitar a evasão escolar

Durante passagem por Brasília nesta terça-feira (18), a governadora Raquel Lyra participou do Encontro Anual Educação Já 2023, promovido pelo Todos Pela Educação, que reuniu diversas lideranças políticas e da sociedade civil para debater temas como alfabetização, violência nas escolas e educação antirracista, por exemplo. A chefe do Executivo pernambucano integrou o painel “Com a palavra, governadores”, do qual também fizeram parte os governadores Eduardo Leite (RS), Helder Barbalho (PA), Jerônimo Rodrigues (BA) e Rafael Fonteles (PI).

No evento, a governadora lembrou que apesar de possuir a maior rede de educação integral do Brasil, Pernambuco tem enfrentado uma série de desafios neste setor, sobretudo no que diz respeito à infraestrutura das escolas que administra. Raquel afirmou, porém, que pretende fazer o maior investimento em educação da história do Estado, o que possibilitará a correção dessas distorções e a ampliação do modelo.

Ao refletir sobre a educação integral pernambucana, a gestora declarou que planeja traçar um perfil dos alunos da rede, para que as políticas voltadas para esse público consigam ser mais assertivas no futuro. “É importante que a gente consiga compreender qual o perfil socioeconômico do nosso aluno que está em educação integral, porque talvez a gente esteja excluindo da escola aqueles mais vulneráveis, pela necessidade que eles têm de entrar no mercado de trabalho. Nós vamos iniciar uma avaliação censitária desses alunos para entender a sua situação econômica, demográfica e trazer mais assertividade na inserção dele na escola”, observou Raquel Lyra.

Na ocasião, a governadora também falou sobre a intenção de discutir com a Assembleia Legislativa a criação de um fundo estadual nos moldes do Fundeb, iniciativa federal que tem como principal objetivo redistribuir recursos destinados à educação básica. No caso de Pernambuco, o fundo garantiria cooperação técnica e financeira para que os municípios possam criar vagas de creche e desenvolver ações de formação profissional para as mães que precisam deixar seus filhos nestes espaços.

O evento promovido pelo Todos Pela Educação – organização da sociedade civil que atua para melhorar a educação básica do Brasil – também contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin; do ministro da Educação, Camilo Santana; da ministra do Planejamento e do Orçamento, Simone Tebet; do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), além de parlamentares e outras autoridades.

Dia do Livro será celebrado com “Contos de Histórias” no Caruaru Shopping

*Contos de Histórias no Caruaru Shopping*

O Caruaru Shopping sediará, no dia 20 de abril, o Contos de Histórias, em celebração ao Dia do Livro. A ação, que é gratuita e aberta ao público de todas as idades, acontecerá nas proximidades da entrada da academia, a partir das 15 horas.

O evento terá a participação de contadoras de histórias, que vão animar crianças e adultos com contos incríveis. A iniciativa visa promover a leitura e a cultura, além de incentivar o hábito de ler desde a infância.

O Dia do Livro é comemorado em 23 de abril, em homenagem a dois importantes escritores da história mundial: William Shakespeare e Miguel de Cervantes, que faleceram no dia 23 de abril de 1616. A data é celebrada em todo o mundo como uma oportunidade de promover a leitura e a cultura.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 4

Real Moeda brasileira, dinheiro

A Caixa Econômica Federal paga nesta quarta-feira (19) a parcela de abril do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 4. Essa é a segunda parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 670,49, o maior da história do programa. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,2 milhões de famílias, com um gasto de R$ 13,9 bilhões.

Desse total, 8,9 milhões de crianças recebem R$ 1,33 bilhão relativos ao benefício Primeira Infância, como se chama o adicional de R$ 150. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, são 17 mil crianças a mais que em março.

Neste mês houve uma novidade. O governo unificou para o primeiro dia do calendário o pagamento a beneficiários de municípios em situação de emergência ou calamidade reconhecida. Na última sexta-feira (14), foram contempladas todas as famílias atingidas pelas chuvas em São Paulo, no Espírito Santo, no Acre e as atingidas pela estiagem no Rio Grande do Sul, além dos povos yanomami.

Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,42 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 113,84 mil famílias foram incluídas em abril, das quais 17 mil com crianças de até 6 anos.

Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Calendário do Bolsa Família
Calendário do Bolsa Família – Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta quarta às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 4. Com valor de R$ 110 em abril, o benefício segue o calendário do Bolsa Família.

O programa, que tem duração prevista até o fim de 2026, atende a 5,69 milhões de famílias neste mês. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg. Apenas neste mês, o governo gastará R$ 626,2 milhões com o auxílio.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Presidente do STF se manifesta sobre 100 dias dos atos de vandalismo ao edifício-sede da Corte

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou nesta terça-feira (18), ao lembrar os 100 dias dos ataques à sede da Corte, que a data não pode ser esquecida para que “nunca mais se repita”. Após 100 dias dos atos de vandalismo, o STF concluiu, nesta terça-feira, as obras de reconstrução do 2° pavimento do prédio principal danificado na invasão de 8 de janeiro, onde fica o Salão Nobre da Corte, o que representa a reconstrução total do prédio. “Destaco integralmente reconstituído o prédio histórico do Supremo Tribunal Federal”, disse a presidente.

Confira abaixo a íntegra da manifestação da ministra.

100 dias do 8 de janeiro

Violência que jamais será esquecida

“Neste 18 de abril de 2023, completam-se exatos cem dias do 8 de janeiro – o Dia da Infâmia -, em que milhares de criminosos, movidos por ódio e irracionalidade, atacaram com extremada violência as instalações dos Três Poderes da República.

Naquela triste tarde da nossa história, o prédio-sede desta Casa foi brutalmente invadido e depredado, na tentativa – absolutamente frustrada – de aniquilação da mais alta Corte brasileira, como se a destruição – sem precedentes – da coisa pública pudesse igualmente arruinar os valores constitucionais que o Supremo Tribunal Federal protege e representa.

Não houve um momento sequer, desde o atentado, em que esta Suprema Corte tenha deixado de cumprir a sua missão precípua de guardar a Constituição, demonstrando que esta imprescindível instituição republicana se mantém livre e independente, e que a nossa democracia permanece inabalada e inabalável.

No discurso que proferi, por ocasião da abertura do ano judiciário de 2023, externei algumas certezas. Do ponto de vista material, todos os danos físicos haveriam de encontrar reparo; pela perspectiva simbólica, os ignóbeis atos praticados contra esta Corte não seriam capazes de macular a dignidade da justiça e seu valor imaterial, e nem teriam aptidão para fazê-lo; sob o aspecto institucional, a organização sócio-política da República permaneceria incólume e ainda sairia da crise fortalecida, com o apoio maciço do povo brasileiro que, repudiando a conduta de uma minoria extremada, desde o primeiro momento demonstrara o seu apreço pela democracia; e, por fim, a respeito da responsabilização dos criminosos, todos os envolvidos em tais ofensas seriam identificados e, respeitado o devido processo legal, punidos de acordo com a lei.

Hoje, com o término das obras de reconstrução e restauro do 2º pavimento, que abriga o Salão Nobre desta Corte – já reinaugurados o andar térreo, no qual localizados o Plenário, o Salão Branco e o Hall dos Bustos, assim como o Gabinete da Presidência, no 3º piso -, destaco integralmente reconstituído o prédio histórico do Supremo Tribunal Federal.

Nesta data, ainda, o início do julgamento das 100 primeiras denúncias oferecidas pelo Procurador-Geral da República, contra os investigados pelos ataques aos Três Poderes da República.

Por ocasião dos cem dias passados desde o oito de janeiro, registro a convicção de que incumbe ao Judiciário preservar a memória institucional, para que aquele terrível episódio, conquanto vencido, não seja esquecido – como condição para que não se repita.”

Ministra Rosa Weber
Presidente do Supremo Tribunal Federal