Após pedir punição internacional a Bolsonaro pela crise ambiental na Floresta Amazônica, durante reunião na manhã desta segunda-feira (26) no Parlamento do Mercosul (Parlasul), no Uruguai, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), anunciou que o bloco emitiu nota oficial com “amplo e enérgico repúdio” à devastação da Amazônia e declarando emergência ambiental na região da maior floresta tropical do mundo.
De acordo com o senador, os parlamentares do grupo decidiram criar um Comitê de Emergência Ambiental do Mercosul, formado pelos países membros e associados do bloco e todos aqueles envolvidos com a situação dramática ambiental, afetados diretamente pelas consequências das queimadas. A ideia é criar uma coordenação ágil entre todos os envolvidos para acelerar as medidas de emergência necessárias.
Humberto explicou que o documento de repúdio emitido pelo Parlasul diz que a “devastação da Amazônia está favorecendo a expansão irresponsável da fronteira agrícola e das atividades de mineração, em prejuízo das comunidades milenares que habitam o território, afetando também a biodiversidade”.
O parlamentar ressaltou ainda que o documento considera que os incêndios descontrolados registrados nos últimos dias trazem consequências devastadoras e possivelmente irreversíveis a toda a região que não podem ser ignorados.
“Apreensivos com os terríveis danos das queimadas criminosas no Brasil, estimuladas por Bolsonaro, o bloco resolveu criar também um sistema regional de gestão integral de riscos e de prevenção de potenciais ocorrências de emergências e desastres no futuro. Entidades públicas e privadas das nações envolvidas se reunirão para tratar das medidas que podem ser adotadas antes e depois dos desastres, com a recuperação das áreas atingidas”, garantiu Humberto.
Ele avalia que a imagem do Brasil nunca esteve tão desgastada por conta de questões ambientais e atribui a responsabilidade da atual situação a Bolsonaro. “O mundo inteiro assiste, perplexo, às imagens de incêndio por toda a Amazônia. A preocupação é mundial. Mesmo assim, o presidente da República segue se omitindo de responsabilidade, ofendendo ONGs e cientistas que trabalham seriamente e criando entraves com países que buscam auxiliar. Bolsonaro tem de responder pelos seus atos”, detonou.