Paulo Câmara destaca Fenearte como espaço de preservação da cultura e da memória

 

O governador abriu, nesta quinta-feira, a maior feira de artesanato da América Latina, que segue até o próximo dia 16 de julho, no Centro de Convenções, em Olinda, e recebe artesãos de todo o Brasil e de outros 33 países Espelho da cultura e da arte pernambucana e brasileira há 18 anos, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) foi aberta ao público nesta quinta-feira (06.07), trazendo como tema

“A Arte é Nossa Bandeira” e com o mestre Manuel Eudócio como grande homenageado. Ao lado da primeira-dama Ana Luiza e das filhas Clara e Helena, o governador Paulo Câmara comandou a cerimônia que oficializou o início da mostra, visitou expositores e artistas e cumprimentou visitantes, que estavam conferindo de perto as muitas novidades da edição deste ano da feira.

Com artesãos de todas as regiões do Brasil e de outros 33 países, a Fernearte reforçou, mais uma vez, a sua marca de maior feira do segmento na América Latina. “Abrir a 18ª Fenearte, hoje, não é só motivo de orgulho em Pernambuco, mas no Brasil. É motivo de orgulho por termos, nas nossas raízes e crenças, o artesanato, o artista popular, a nossa cultura e a certeza de que é com a manutenção desses valores que vamos conseguir avançar em busca de um Brasil melhor, que gere oportunidade e, principalmente, que preserve a nossa cultura e nossa memória”, afirmou o governador.

O Governo do Estado, através da Agência de Desenvolvimento Ecônomico de Pernambuco (AD Diper), investiu R$ 4,5 milhões na realização da 18ª Fenearte, gerando cerca de 2,5 mil vagas de postos de trabalho temporários. Mais de 5 mil expositores estão espalhados em 800 espaços. A organização da mostra estima que 300 mil pessoas devam visitar a edição deste ano, que vai até o dia 16 de julho.

O secretário de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, frisou que a Fenearte celebra a união entre as diferentes formas de cultura, reunindo os diferentes tipos de artes, a gastronomia e outros elementos de Pernambuco. “Ao longo desses 18 anos, a Fenearte sempre se preocupou em priorizar o artesão de vários lugares de Pernambuco. É uma feira que mantém acesa a chama da cultura nordestina e pernambucana. Em um evento como esse, vemos no barro, na madeira motivos de orgulho para nós”, registrou Carreras.

NOVIDADES – Entre as novidades da 18ª Fenearte está a setorização dos estandes, que vai melhorar a circulação dos visitantes na feira. “Este ano, realizamos a setorização na área dos artesãos individuais. Isso vai facilitar a comparação de preço dos produtos para o público, além de ajudar as pessoas a se localizarem dentro da feira”, explicou o coordenador do evento, Thiago Angelus, acrescentando que a ampliação das palestras gratuitas e de atrações expositivas e atividades infantis – concentradas no mezanino do Centro de Convenções – fazem parte das mudanças estruturais deste ano.

Uma outra mudança é a vinda de novos mestres para a Alameda dos Mestres. “Saímos de seis regiões de desenvolvimento do Estado para dez. Assim, conseguimos trazer artesãos de municípios como Serra Talhada, Salgueiro e Triunfo”, afirmou Thiago Angelus. Na estreia do município de Salgueiro na Alameda dos Mestres, a artesã Maria dos Santos, do distrito de Conceição das Crioulas, contou que, embora já tenha participado da feira em anos anteriores, nesta edição está sendo diferente. “Para nós, estarmos nessa alameda pela primeira vez é um sinal de reconhecimento. Estamos expondo mais do que o nosso artesanato. Estamos expondo a história da nossa comunidade, então, é muito gratificante”, afirmou Maria, acrescentando que a comunidade produz peças há mais de 200 anos.

HOMENAGEADO – Paulo Câmara frisou que o espírito da Fenearte, de conservação de valores, dialoga com a contribuição artística do homenageado, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco. “Essa homenagem ao mestre Manuel Eudócio faz parte do espírito da Fenearte: de preservar, de mostrar e conservar valores que, para nós, é tão importante”, registrou.

Filho de Manuel Eudócio, Ademilson Eudócio avalia que a homenagem feita a seu pai é motivo de gratidão para ele e toda a família e acaba incentivando todos a perpetuarem a história do artesão. “Para nós, filhos, o reconhecimento do governador Paulo Câmara significa tudo, pois percebemos que o artesanato dele tem um valor e isso nos motiva a criar e continuar nesse trabalho, que era a vida de meu pai”, afirmou Ademilson que, junto a outros familiares, está presente na Fenearte em um amplo estande na Alameda dos Mestres. “Estamos expondo e vendendo peças do Mestre Eudócio e dos filhos dele, que continuaram seu trabalho”, completou.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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