Após o encerramento votação do primeiro turno deste ano e o início da apuração dos votos em Pernambuco, o procurador-geral de Justiça (PGJ-PE) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) avalia como positiva e tranquila o saldo das Eleições Gerais de 2018. Em todo o Estado, 186 urnas eletrônicas tiveram de ser substituídas por outros equipamentos, sem prejuízo, contudo, para que os eleitores pernambucanos pudessem exercer o direito ao voto.
“As eleições deste ano foram extremamente tranquilas e estivemos de prontidão e plantão durante todo o dia, acompanhando o trabalho dos promotores eleitorais em todas as cidades do Estado. Mantivemos toda a equipe do Ministério Público atuando em todas as cidades, com visitas em todos os colégios eleitorais, com segurança e prudência, a partir de uma atuação orientativa ao cidadão pernambucano. Procuramos fazer prisões em último caso, sempre buscando explicar, orientar e sanar dúvidas”, disse o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros.
Ao longo do dia, o número de crimes eleitorais cometidos foi menor que o saldo registrado em todo o Brasil e 340 atendimentos foram realizados para verificar possíveis defeitos técnicos nos equipamentos. “O Ministério Público atuou com muita eficiência e estou orgulhoso do trabalho desenvolvido. Atuamos em prol da manutenção da normalidade e da legitimidade do pleito. Avalio claramente, que conseguimos assegurar o direito ao voto do pernambucano, fortalecendo a democracia brasileira!”, asseverou Dirceu Barros.
No Recife, a promotora eleitoral, Helena Capela, deu voz de prisão para duas mulheres que estavam realizando boca de urna na 9ª Zona Eleitoral do Estado, no bairro do Alto do Pascoal, na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Ao chegar colégio eleitoral do bairro, flagramos duas mulheres fazendo a distribuição de material de campanha. Demos de pronto a voz de prisão. É vedada a captação de eleitores no dia da votação, isso impede o exercício do sulfragio neste dia que é tão importante o exercício da livre escolha”, relatou a promotora.
Em Cabrobó, no Sertão do São Francisco, cinco pessoas e um menor também foram detidos. Todos foram flagrados pelo promotor eleitoral, Tiago Sales Bulhosa, praticando o transporte ilegal de pessoas e a compra de votos com a distribuição de alimentos. “É vedada a qualquer pessoa a realização ou fornecimento de transporte ou refeições e alimento à eleitores em zonas urbanas, conforme preconiza o artigo 10 da Lei Federal n.º 6.091. O menor de idade já foi solto e vamos realizar as audiências de custódia dos maiores de idade”, afirmou o promotor.
Uma mulher também foi detida em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, por fotografar o voto na urna eletrônica. Ela foi levada para a delegacia local e prestou depoimento sobre o caso. Caso semelhante ocorreu em Caruaru, quando uma mulher foi detida na Em Caruaru, ainda no Agreste, o vereador da cidade também foi detido por boca de urna em um colégio eleitoral. O parlamentar estava distribuindo materiais de candidatos, quando foi flagrado por um dos fiscais de uma coligação de sua oposição.
No Distrito Estadual de Fernando de Noronha, uma mulher foi detida pelo promotor Eleitoral, Alfredo Pinheiro Martins Neto. A acusada estava indicando os números dos candidatos na frente da Escola Arquipélago, local de votação. “É flagrante de captação ilegal e irregular de sufrágio, promovida por uma pessoa que se diz trabalhar para uma coligação e estava ensinando o eleitor, número a número, senador, deputados. O fato foi presenciado por mim e na hora eu acionei os policiais federais”, afirmou o promotor.