O estado de Pernambuco realizou 14 mil cirurgias de correção de hérnias da parede abdominal no período de um ano, de acordo com dados divulgados pelo DataSus. Do total, apenas 20 foram realizadas de forma minimamente invasiva.
Aproximadamente 28% das cirurgias ocorreram em Recife (4 mil) – a cidade com maior número de operações. O Nordeste é a segunda região do brasil que mais realiza correções de hérnia, com 82 mil cirurgias, atrás apenas do sudeste, com 103 mil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH) as cirurgias de reparo de hérnia representam grande volume de operações realizadas do país, com 286,6 intervenções no último ano. “Não existe um tratamento medicamentoso capaz de reparar a hérnia, apenas a cirurgia, que é indicada para a maioria dos pacientes”, explica o presidente da SBH, cirurgião Christiano Claus.
O cirurgião do aparelho digestivo que atua em Recife e é associado da SBH, Maxwell Stanford, a hérnia é um defeito na musculatura que permite a passagem de parte de um órgão ou de uma porção de gordura através da abertura do músculo. “Trata-se de um rompimento ou uma falha na parede abdominal, que pode surgir devido a uma cirurgia prévia ou devido a uma fraqueza natural da parede. É mais comum ocorrer em regiões como o umbigo e a virilha”, explica. “Corrigimos esse defeito com o uso de uma prótese em formato de tela, para evitar a recidiva”.
A obesidade, o tabagismo e a diabetes podem aumentar o risco de recidiva da hérnia.
CBH – A Sociedade Brasileira de Hérnia realiza, entre os dias 11 e 13 de junho, o VI Congresso Brasileiro de Hérnia, em Recife. São esperados 500 participantes em uma imersão sobre cirurgias de hérnia.
O evento é uma oportunidade para a atualização científica dos profissionais de todas as regiões do Brasil. “Será um congresso interativo, voltado às necessidades do dia a dia dos cirurgiões e com muitas demonstrações cirúrgicas. Convidados internacionais de renome complementam nossa programação científica”, finalizou.