Pernambuco registra, atualmente, o menor índice de mortalidade infantil da história da saúde pública do Estado. O índice de 2017 (dados mais recentes) é de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos. Nos últimos dez anos, a taxa de mortalidade infantil teve uma queda acumulada de 35,1%, passando de 20,1 em 2007 para o patamar atual de 13,7.
Em números absolutos, em 2007 foram registrados 3.229 óbitos infantis em um total de 145.130 bebês nascidos vivos em Pernambuco. Já em 2017, último ano em que os dados estão consolidados, foram 1.970 mortes com 143.919 nascidos vivos.
Analisando a série histórica, no período específico entre 2015 e 2016, foi registrado um aumento da Taxa de Mortalidade Infantil, apesar de uma redução de 3,4% no número de óbitos infantis (foram 2.264 óbitos de menores de 1 ano em 2015, contra 2.188 em 2016). Este fato sofreu o efeito da redução de 8,4% no número de nascidos vivos de mães residentes no Estado, já que a taxa é obtida a partir do número de óbitos de crianças menores de um ano de idade dividido pelo número de nascidos vivos multiplicado por 1.000. Assim, a taxa de mortalidade aumenta se o número de nascidos vivos diminui. É importante ressaltar que, nesse período, o Estado registrou uma epidemia da Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZ) e o desconhecimento dos seus efeitos, acrescido dos fatores condicionantes para ocorrência dos óbitos infantis, pode justificar, em parte, o aumento da taxa em 2016.
“Os dados mais recentes da taxa de mortalidade infantil apontam que as políticas públicas implantadas em Pernambuco com o objetivo da melhoria da qualidade da assistência à saúde para a prevenção e redução da mortalidade infantil já mostram resultado. No ano passado, atingimos a marca de 13,7 óbitos infantis a cada mil nascidos vivos – a menor da nossa história”, comemora o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.
Entre as ações do Governo de Pernambuco que foram fundamentais para esta expressiva redução, está o Programa Mãe Coruja, presente em 105 municípios pernambucanos. Além disso, destaca-se a qualificação da rede materno-infantil, com o estímulo ao parto normal, a ampliação de acesso aos métodos contraceptivos e a formação contínua dos profissionais da rede. Ao mesmo tempo, o Governo do Estado tem atuado na implantação do pré-natal de alto risco na rede própria, principalmente no Interior, nos hospitais regionais e nas Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), com o objetivo de qualificar a assistência ao pré-natal de alto risco e assim reduzir o número de internamentos excessivos por conta de problemas durante a gestação.
BANCO DE DADOS – Os dados de mortalidade infantil de Pernambuco, no ano de 2017, já constam no banco de dados do Ministério da Saúde. Mas, até o momento, o sistema de informações do Governo Federal (Datasus), que disponibiliza ao grande público esse tipo de informação, só disponibilizou os dados referentes ao ano de 2016.