A inoperância e a incompetência completa do governo Bolsonaro têm levado, de acordo com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), mais problemas às regiões mais sensíveis do país, como o Nordeste e os seus estados, especialmente Pernambuco. Para o senador, em nove meses de gestão, nenhuma medida concreta para a criação de emprego e geração de renda foi implementada. Muito pelo contrário: ele afirma que viu apenas políticas de destruição e ódio, além de preconceito com os nove estados da região.
Humberto ressaltou que Pernambuco vem sendo terrivelmente prejudicado por essa política perversa adotada por Bolsonaro, que fala “em não dar nada aos paraíbas”. O líder do PT ressaltou que o bom trabalho feito pelo governador Paulo Câmara (PSB) tem resistido à falta de competência do governo federal e resultou num crescimento de 2,2% do PIB estadual no segundo trimestre deste ano. “Mesmo que a maioria do povo da região não tenha votado em Bolsonaro, merecemos respeito como brasileiros”, observou.
O senador lembrou que, com as políticas de inclusão de Lula e Dilma, o Nordeste havia virado a locomotiva do Brasil, com taxas de crescimento econômico superiores às nacionais. “Mas a eleição de Bolsonaro fez a região perder prioridade no governo federal e, com isso, os reflexos são extremamente nocivos”, resumiu. Para Humberto, Pernambuco foi especialmente prejudicado com a quebra da indústria naval ressuscitada por Lula. Atualmente, o Estaleiro Atlântico Sul tem sua produção reduzida a quase zero, somando cerca de 3,5 mil demissões no último ano. “Era uma injeção de R$ 500 milhões anuais na economia do nosso estado, com geração de mais de 21 mil empregos diretos e indiretos. Tudo agora está dizimado por essa política entreguista.”
Segundo o parlamentar, a política econômica desse governo se apoia em apenas três pilares: cortar investimentos, retirar direitos e pedir tempo para que essa combinação trágica surta resultado. “Melhora na condição de vida, não virá nenhuma. Quanto mais tempo essa gestão tiver, menos garantias haverá. É por isso que ele tem de acabar o quanto antes”, declarou.
O parlamentar avalia que essa paralisia do Palácio do Planalto para reduzir a marca de 13 milhões de desempregados, assegurar renda aos trabalhadores e impedir que a pobreza e a miséria avancem, irá causar prejuízos pela próxima década. Pelas contas de Humberto, no ritmo em que as coisas estão, o Brasil levará 13 anos para reocupar essas pessoas que hoje estão formalmente desempregadas.
“Isso sem contar com o trabalho informal, que bateu recorde e já supera 40% da população ocupada. Nós estamos vivendo um momento de crise econômica resiliente não só pela sua extensão e densidade, mas também pela inoperância do governo federal para lidar com ela. É um desastre”, lamentou.
Foto: Roberto Stuckert Filho