O anúncio foi feito hoje (15) pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. “Ter aqui [um local] onde nossos jovens, pessoas que vêm de fora e também pernambucanos, conheçam a realidade do que foi a expulsão dos holandeses e afirmação da identidade do nacionalismo brasileiro”, disse. Em seu discurso, o ministro enfatizou a “mestiçagem” do Brasil e o seu papel para “combater a intolerância”.
A Lei Rouanet também será utilizada para captar recursos privados para o memorial. A ferramenta permite que empresas patrocinem atividades e equipamentos culturais em troca de dedução no Imposto de Renda. “A Lei Rouanet tem essa característica de que mesmo em momentos que você tenha restrições orçamentárias você possa trazer da iniciativa privada recursos para a implementação de produtos culturais. No caso concreto, aqui, algo de importância para a história, a cultura pernambucana e brasileira. Nada poderia ser melhor para a atuação da Lei Rouanet que um exemplo desses”, disse o ministro da Cultura, Roberto Freire.
A história a ser lembrada no espaço remonta à década de 1640, quando ocorreram duas batalhas em Montes dos Guararapes para combater o domínio holandês na capitania hereditária de Pernambuco. Esses episódios são considerados marcos da construção da identidade nacional porque juntou brasileiros, inclusive indígenas, e portugueses contra os holandeses. Em 1654, a Holanda se retirou de Pernambuco.