A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, ontem (05/12), 1.518 casos da Covid-19. Entre os confirmados, 38 (2,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.480 (97,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 189.650 casos confirmados da doença, sendo 28.254 graves e 161.396 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.
Além disso, o boletim registra um total de 167.137 pacientes recuperados da doença. Destes, 18.017 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 149.120 eram casos leves.
Também foram confirmados laboratorialmente 21 novos óbitos (14 masculinos e 7 femininos), registrados entre os dias 22/07 e 04/12. As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios Abreu e Lima (1), Afogados da Ingazeira (1), Catende (1), Goiana (1), Gravatá (1), Ibimirim (1), Igarassu (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Olinda (3), Ouricuri (2), Petrolina (2), Quipapá (1), Recife (2), Santa Filomena (1) e Tabira (1). Com isso, o Estado totaliza 9.140 mortes pela doença.
Os pacientes tinham idades entre 30 e 91 anos. As faixas etárias são: 30 a 39 (1), 40 a 49 (1), 50 a 59 (3), 60 a 69 (1), 70 a 79 (9) e 80 ou mais (6). Do total, 20 tinham doenças pré-existentes: doença cardiovascular (13), diabetes (9), hipertensão (4), obesidade (3), histórico de AVE/AVC (3), doença respiratória (2), doença renal (1), tabagismo (1) e imunossupressão (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Um está em investigação.
Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 23.295 casos foram confirmados e 41.521 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.
VACINAÇÃO CONTRA O NOVO CORONAVÍRUS – Neste sábado (05), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) voltaram a reforçar a importância da incorporação pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) de todas as vacinas contra a Covid-19 que venham a ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As entidades também defenderam, em nota conjunta, que as estratégias de imunização da população sejam comandadas e monitoradas pelo Ministério da Saúde (MS). Segue a nota na íntegra:
“O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) reiteram a defesa da incorporação pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) de todas as vacinas contra a Covid-19, com reconhecidas eficácia e segurança, especialmente as que já estão sendo testadas no Brasil, considerada, ainda, a necessidade de se alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima brevidade.
O recrudescimento da pandemia da Covid-19, no mundo e no Brasil, aponta para um cenário de insuficiência de doses para a vacinação de todas as populações, fazendo com que restrições ao número de fornecedores causem atrasos no acesso à vacina para grupos prioritários de risco.
É urgente que os processos de avaliação para o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19, a logística de aquisição de insumos, o sistema de informações, a definição das estratégias de monitoramento e avaliação da campanha e, principalmente, a aquisição das vacinas estejam sob a coordenação do Ministério da Saúde, responsável pelo PNI, como medida para garantir a equidade entre os entes subnacionais. A falta da coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar as ações nacionais de comunicação e a organização da farmacovigilância, que será fundamental com uma nova vacina.
O PNI é um patrimônio do Brasil e sua experiência já consolidada na realização de campanhas de grande porte e seu forte vigor técnico são um importante trunfo para atender a este desafio. A sociedade brasileira exige que as decisões sobre a vacinação contra a Covid-19 não sejam pautadas por questões alheias aos interesses do País.
As gestões estadual e municipal do SUS manifestam sua inafastável postura em defesa dos interesses da população brasileira, fundamentada na ciência, com a transparência, agilidade e efetividade necessárias.