Atualmente, o mercado é composto por indivíduos de diferentes gerações. Essa realidade impacta diretamente na produtividade e resultado das organizações. Afinal, saber ponderar os diversos perfis e tirar de cada um seu maior potencial é o principal desafio. Levando em conta esse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou um estudo com a seguinte questão: “como você lida com pessoas de variadas idades no trabalho?”. O resultado apontou equilíbrio entre os respondentes.
A grande maioria dos pesquisados, jovens entre 15 e 26 anos, disseram: “para mim é ótimo, sempre aprendo com todos”. A pesquisa ocorreu com 31.051 indivíduos de todo o Brasil. Apenas essa alternativa somou 80,67%, ou 25.048 votos. Para Everton Santos, analista de treinamento do Nube, estimular o aprendizado em conjunto tem um efeito muito positivo por conta das diferentes visões frente a um único obstáculo. “Quando a equipe é coesa, o ambiente é agradável para trabalhar. Faixas etárias diversas trazem olhares distintos para o mesmo negócio ou objetivo, ampliando as oportunidades de melhoria e inovação. É fundamental estabelecer uma cultura inclusiva”, reforça.
Outros 17,75% (5.512) revelaram: “cresço muito com quem tem mais experiência”. De fato, os mais vividos são vistos como exemplos dentro das corporações. “Quando acolhidos se tornam uma potência na disseminação de conhecimento. Os seniores geralmente possuem uma capacidade de análise bem desenvolvida e apresentam soluções com base nos ensinamentos obtidos anteriormente”, explica o especialista.
Já 0,39% (122) comentaram: “prefiro atuar com os mais jovens, sempre são mais
dispostos”. Interagir com os novos significa contar com a pluralidade de pensamento. Afinal, eles já nasceram conectados, portanto têm facilidade no manuseio das tecnologias e capacidade de realizar várias ações simultaneamente. “No imaginário das pessoas, a juventude está alheia à realidade, pois vive on-line. Contudo, na maioria dos casos, utiliza os recursos da web como forma de otimizar o tempo e render mais”, afirma Santos. Por isso, o papel dos demais é auxiliar esses colaboradores a terem disciplina e concretizarem as tarefas e projetos.
Na contramão da boa convivência, 0,90% (279) desabafaram: “quem tem a minha idade muitas vezes é imaturo e fujo deles” e 0,29% (90) alegaram: “tenho dificuldades de conviver com pessoas mais velhas”. Para quem tem esse problema, o diálogo claro e objetivo é a melhor forma de manter a relação. “Por intermédio da empatia, é possível compreender as necessidades do outro e flexibilizar a conversa a fim de fornecer um feedback assertivo”, enfatiza.
Portanto, a comunicação fluída, a autoanálise e estar aberto para pensamentos inovadores são os passos necessário para um relacionamento satisfatório nas empresas. “Cada geração possui vivências latentes e isso reflete em suas ações. Portanto, é essencial ter inteligência emocional para lidar com esses comportamentos distintos”, finaliza o analista.
Fonte: Everton Santos, analista de treinamento do Nube
Serviço: Pesquisa revela como jovens lidam com as diferentes gerações no trabalho