Em muitas organizações já foi adotada a gestão horizontal, na qual cada um desempenha sua tarefa, sem o comando direto de um coordenador. Já outras seguem o padrão tradicional das hierarquias. Nessas, não é incomum ver superiores distantes e com despreparo para o cargo. Levando em consideração esse cenário, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez um estudo com 25.534 jovens. A pergunta tema foi: “como você lida com um chefe ausente?”. O resultado apontou para prejuízos na produtividade.
O levantamento ocorreu em todo o Brasil, de 8 a 19 de outubro. A faixa etária analisada foi de 15 a 26 anos. A resposta com maior impacto, apontada por 37,80%, ou 9.652 pesquisados foi: “tento mostrar meu talento quando estou ao lado dele”. Segundo Jéssica Alves, analista de treinamento do Nube, demonstrar seu potencial sempre é positivo. “O alerta é: não o faça somente na presença do gerente”, enfatiza. Executar as atividades com dedicação máxima e empenho resulta em qualidade na entrega, bem como em um marketing pessoal. “Contudo, no ambiente corporativo, compomos times e equipes, portanto, o elemento chave é equilíbrio! Brilhe sem precisar ocultar a eficiência dos demais”, ressalta.
Na sequência, 27,66% (7.063) admitiram: “é muito difícil, pois isso trava muitos processos” e outros 26,80% (6.842) desabafaram: “é ruim, porque aprendo menos e mais devagar”. Nesses casos, o ideal é o próprio comandante eleger um responsável para auxiliar nas decisões e liberações de projetos, ou protagonizar essas iniciativas quando estiver externo, acompanhando por telefone ou e-mail. “Quanto ao aprendizado, diretor e funcionário devem exercer uma comunicação clara e transparente, para ambos entenderem as razões por trás do afastamento e os sentimentos gerados por essa ação”, recomenda a especialista.
Apesar disso, 6,43% (1.643) comentaram: “eu prefiro, assim tenho poucas cobranças”. Porém, não ter grandes exigências também pode acarretar em baixo desempenho e queda no engajamento, da mesma forma como altas demandas têm o mesmo efeito. “Quando uma pessoa não é desafiada, tende a sentir-se pouco útil dentro desse contexto. Logo, sua automotivação cai, assim como a entrega de tarefas. O ideal é o colaborador ser capaz de aproveitar o máximo de suas capacidades intelectuais, sem esgotá-las”, explica.
Por fim, 1,31% (334) revelaram: “odeio isso, sinto-me desrespeitado”. Para alterar essa sensação, Jéssica incentiva a comunicação. “Converse com seu líder, abra suas inquietações e receios e, principalmente, busque entender o porquê das ausências”, indica. Lembre-se: um bom profissional mantém a excelência de seu trabalho e empenho sempre, independentemente de exigências e acompanhamento assíduo. “Comprometa-se com sua carreira, seu desenvolvimento depende de você!”, finaliza.
Sobre o Nube
Desde 1998 no mercado, o Nube oferece vagas de estágio e aprendizagem em todo o país. Possui mais de 7.500 empresas clientes, 14 mil instituições de ensino conveniadas no Brasil e já colocou mais de 800 mil pessoas no mercado de trabalho. Também administra toda a parte legal e realiza o acompanhamento do estagiário e aprendiz por meio de relatórios de atividades.
Anualmente, são realizadas 11 milhões de ligações, enviados 3,2 milhões de SMS e encaminhados 750 mil candidatos. O banco de dados conta com 4,5 milhões de jovens cadastrados e todos podem concorrer às milhares de oportunidades oferecidas mensalmente Para facilitar a vida dos cadastrados, foi desenvolvido um aplicativo no Facebook para publicação das vagas.