A Polícia Federal (PF) realizou na noite de ontem (6) a maior apreensão de cocaína já feita no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, também conhecido como Galeão. Ao todo, foram apreedidos 250 quilos da droga, e quatro pessoas foram presas.
Os presos são brasileiros e foram indiciados por tráfico internacional de drogas, cuja pena pode chegar a 25 anos de reclusão.
Segundo a PF, durante fiscalização de rotina no saguão, agentes identificaram movimentação suspeita por parte de um homem que se dirigia ao balcão de uma companhia aérea, e passaram a acompanha-lo à distância.
Os policiais federais notaram que o funcionário que fazia o atendimento a esse homem apresentava nervosismo, e decidiram fazer a abordagem. As malas que eram despachadas naquele momento para embarque continham em seu interior cerca de 60 quilos da droga, e os dois foram presos em flagrante.
Além de conter material ilícito, as malas receberam etiquetas no nome de outra pessoa. A identificação simulava que as bagagens seguiriam para Brasília, mas elas tinham como destino final Portugal. O homem detido despachando a droga disse aos policiais federais ser taxista.
A PF conseguiu identificar ainda mais dois funcionários da companhia aérea que faziam parte do esquema, e eles também foram presos.
Informações de inteligência da PF indicaram que outra parte da droga movimentada pela quadrilha poderia estar escondida em um galpão no Mercado São Sebastião, na Penha, zona norte da cidade.
Com autorização da Justiça, policiais realizaram buscas e encontraram armazenados em um depósito 213 tabletes de cocaína.
O delegado chefe da Delegacia Especial no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão, Fábio Andrade, disse que a droga apreendida pode chegar a 280 quilos. “As investigações buscam identificar se mais pessoas estão envolvidas no esquema, como a pessoa que pagou pelo transporte da droga e quem esperava por ela no exterior.”
“A investigação pode indicar se [os funcionários da empresa áerea] fizeram isso outras vezes”, disse Fábio, que contou que os funcionários confessaram ter recebido R$ 10 mil para ajudar a transportar a droga.
Segundo Fábio, chamou a atenção dos policiais o fato de as malas carregadas pelo preso serem pesadas demais, a ponto de ele ter dificuldade de carregá-las sozinho, o que é incomum em viagens domésticas. “Ele foi direto até o balcão da empresa de voos domésticos e não enfrentou fila”.