O tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet, considera Emerson Fittipaldi, bicampeão na F1, como o piloto mais importante do automobilismo brasileiro. “O Emerson Fittipaldi foi o mais importante piloto do Brasil, porque ele dirigiu a carreira da gente. Ele foi lá foi campeão de Fórmula Ford, campeão de Fórmula 3, foi campeão de Fórmula 1 e abriu esse caminho para todos os brasileiros, eu acho que foram 2 mil, fazer o que ele fez. Logicamente nós tínhamos resultado. Para mim, o que gerou tudo isso no Brasil foi o Emerson”, disse.
Piquet participou nesta segunda-feira do programa Sem Censura, da TV Brasil, e falou também sobre temas como a diferença entre a preparação dos pilotos de hoje e da época em que ele corria, a troca de comando na F1, a situação da F1 atualmente e sobre o acidente que sofreu em Indianápolis.
Sobre a sua carreira, Piquet é modesto. “Eu nem me considerava um bom piloto, eu considerava que conseguia fazer os carros melhores, porque eu sempre trabalhei nos carros e eu, antes de entrar na Fórmula 1, nunca tive engenheiro. Eu sempre fazia meus alinhamentos, mas eu sempre achava que todo piloto era melhor do que eu”, disse. “Quando eu cheguei na Fórmula 1, que eu conseguia obter meus resultados, eu conseguia fazer as corridas de ponta a ponta sem errar, aí eu consegui me convencer de que não era tão ruim assim.”
Piquet também comentou sobre a falta de pilotos brasileiros na Fórmula 1 atualmente. Para o piloto, é uma questão de trabalho de base. “O nascimento do piloto é no kart. O nosso automobilismo, até este ano, tava muito errado. Os dirigentes estavam muito errado. Graças a Deus nós temos um presidente da confederação novo e que está botando as coisas na linha, e eu estou ajudando, nós vamos botar o foco no kart e em todas as categorias de base para justamente fazer esses pilotos”, disse.
Para o tricampeão, o kart é o nascimento do piloto. “Tem que começar com 8 anos de idade, as categorias de base, depois ir crescendo, e, se puder, fazer o regulamento daqui igual ao da Europa, para que o piloto saia daqui e vá fazer as provas lá e voltar. Não precisa ir lá direto, para depois competir a partir dos 16, 17 anos na Europa. Isso é um plano que vai acontecer e, sem dúvida, nós vamos conseguir isso”.
Assista a íntegra do programa:
Edição: Fábio Massalli