O cenário de dificuldade econômica exige a busca de novas alternativas. Ampliar o número de potenciais clientes pode ser essencial para angariar mais vendas. O e-commerce, o comércio através de lojas virtuais ou até mesmo redes sociais, é um fenômeno que há muito partiu das capitais e se espalhou Estado a dentro. O mercado atrai porque é de fato promissor: andando na contramão da crise, o e-commerce faturou em 2016 R$44,4 bilhões, com crescimento nominal de 7,4%, segundo a 35ª edição do Webshoppers. Segundo a mesma publicação, o Nordeste já possui 12,5% de participação no segmento. Para a 2ª Pesquisa Nacional de Varejo, realizada pelo Sebrae em 2015, 10% das lojas de todo o Brasil estão sediadas na Região. Porém, o ingresso no setor exige planejamento.
Segundo pesquisa “Perfil do E-commerce Brasileiro”, publicada pelo BigData Corp em 2016, os sites de comércio eletrônico representavam 3,54% do total dos domínios brasileiros. Em 2015, correspondia a 2,65%. “Quando falamos de digital e seus desdobramentos, a geografia deixa de ser tão imperativa para os negócios. Podemos ampliar a visibilidade dos nossos produtos e marca, estabelecer relacionamentos para prospecção com novos consumidores e parceiros e criar mecanismos que facilitem a logística de entrega. Ou seja, as estradas já estão abertas. O planejamento vai definir o cronograma de como cada etapa precisa ser concluída”, destaca Paula Aguiar, sócia-diretora da Consumix Consultoria de Comunicação.
Outro aspecto que atrai muitos vendedores para essa modalidade é a facilidade em iniciar um negócio. “A loja virtual é uma plataforma proprietária e, como toda ela, permite mais ramificação de público, autonomia da operação e midia. Porém podemos começar uma experiência de e-commerce pelas redes sociais, plataformas coletivas ou até através de comunicação direta”, destaca Paula Aguiar.
Como as redes sociais são muito utilizadas nesses casos, o cuidado com o pós-vendas é ainda mais essencial. “Todo o sucesso ou fracasso é potencializado em termos de visibilidade, rejeição e prejuízos. O empreendedor precisa ficar atento e usar ao seu favor a produção de conteúdo gerada pelo relacionamento entre consumidores e marcas”, ratifica a consultora.
Para Paula, a diferença entre o sucesso e o fracasso no e-commerce pode estar inteiramente ligado à elaboração de um plano prévio. “É o marco essencial, ponto de largada, mapa para a rota de crescimento. No planejamento as metas são determinadas, possibilidades e objetivos, o que é possível fazer e como. Informações sobre mercado e concorrência, principais obstáculos e até o cronograma de ações”, diz a consultora. Segundo a 2ª Pesquisa Nacional de Varejo, falta de planejamento foi o segundo motivo mais apontado, por 16% dos entrevistados, como decisivo no fechamento das lojas.
Capacitação – Planejamento em marketing digital será o tema do curso oferecido pela São Paulo Digital School (SPdS),nos dias 09 e 10 de junho, no Recife. O curso é voltado não só para empreendedores, mas também para publicitários e administradores. As aulas serão ministradas por Ciça Mattos, especialista com vasta experiência em marketing e comunicação no Brasil e no exterior, as aulas irão acontecer no auditório do Apolo 235, no Porto Digital. As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do site www.spds.com.br/nordeste.