O Globo
O governo desistiu da ideia de anunciar os primeiros acordos de cooperação do Plano Nacional de Segurança, que seriam assinados nesta quarta-feira em uma cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de governadores. A decisão ocorreu após a reunião preparatória com secretários de Justiça, Administração Penitenciária e Segurança no Ministério da Justiça, em que houve cobranças explícitas de recursos permanentes para a área e detalhamento da política.
No lugar de receber todos os governadores para acelerar o que fosse possível, numa demonstração de que o plano é mais do que uma carta de boas intenções do governo, o presidente Michel Temer atenderá chefes do Poder Executivo das regiões Norte e Centro-Oeste (Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), que pediram uma audiência. Segundo o Planalto, Temer considera melhor fazer encontros com grupos menores de governadores com situação penitenciária semelhante. O governo informou que, a pedido de vários governadores, houve a alteração no formato da reunião.
A adesão dos estados ao plano está ameaçada. Eles cobram do governo a criação de uma fonte vinculada de recursos para o setor, a exemplo do que ocorre na área da Educação e Saúde. Esse foi o ponto central da reunião dos secretários estaduais de Segurança Pública, Justiça e Administração Penitenciária nesta terça-feira com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.