Anny Katleen/Jornal Vanguarda
As UPAs dos bairros Boa Vista I e II e das Rendeiras, que deveriam ter sido entregues em funcionamento à população em dezembro de 2012, não foram abertas até o presente momento. As unidades estão prontas, porém ainda não possuem equipamentos e nem funcionários para atender os moradores dessas localidades, principalmente nesta época que ocorre surto de infecções pelo mosquito Aedes aegypti e suas consequências, como os casos de microcefalia.
Devido à demora da inauguração e à falta de manutenção, alguns locais das unidades apresentam rachaduras, azulejos caindo, bem como metralhas e lixo acumulados nos arredores.
O número de infectados pelo vírus da dengue, zika e chikungunya, transmitidos pelo mosquito, tem aumentado consideravelmente em Caruaru. No ano passado, foram notificados mais de 6.329 casos de dengue, destes, 655 foram confirmados. Até o início de março deste ano houve 925 notificações com 41 confirmações da doença, e 31 casos confirmados de chikungunya. Quanto à zika houve 283 notificações e nenhuma confirmação.
Para a aposentada Cosma Maria, 75 anos, que reside há 30 anos na rua Francisco Pereira da Silva, no bairro Divinópolis, próximo à UPA do Boa Vista I e II, o não funcionamento da unidade prejudica a agilidade e a mobilidade na hora de procurar tratamento para as doenças. Ela revela que ainda está se recuperando da chikungunya. “Eu ainda sinto muitas dores e estou em observação. Como a UPA não funciona aqui, eu tive que me deslocar para o Hospital Manoel Afonso e lá fui atendida e medicada. Voltei para me cuidar em casa. Além de mim, meu filho e minha nora tiveram a doença”, comenta.