Correligionários no passado, o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) e o presidente do Partido Verde, Carlos Augusto, tiveram uma reunião de quase duas horas, na tarde de hoje, no Recife. O tucano militou no PV entre 2003 e 2011, e o segundo está no partido há 30 anos. Em 2016, ambos são pré-candidatos à Prefeitura do Recife. Mesmo em siglas diferentes, eles tiveram um encontro para discutir a situação política nacional e as suas consequências não só nas eleições desse ano, como a de 2018. A leitura de ambos é que a sucessão no Recife não se resolve no primeiro turno.
Antes, Carlos Augusto já havia se reunido, individualmente, com Priscila Krause (DEM) e Sílvio Costa Filho (PRB), que também são pré-candidatos. E ambos acreditam em um segundo turno no Recife. Nos dois primeiros casos, os encontros ocorreram por iniciativa de Carlos Augusto. Mas dessa vez, foi o ex-verde que tomou a atitude de marcar uma conversa.
O encontro foi na residência de Daniel, na Rua da Aurora. “É importante manter o diálogo com essas forças de forma convergente. Não há dúvida de que a eleição do Recife irá para segundo turno. É evidente que, no momento eleitoral, cada um vá defender suas propostas e sua visão de cidade. Mas há algo de comum, entre as candidaturas de oposição que estão postas. Quem está disputando, acha que o atual prefeito não deve continuar governando a cidade”, disse Coelho.
“O PV tem se posicionado corretamente, tem buscado a independência, candidatura própria. Carlos Augusto tem percorrido a cidade, e é importante que troquemos experiências. O ponto comum é que a atual gestão não atende à expectativa da população. É importante manter o diálogo com essas forças de forma convergente, em eleição em que, é evidente, irá para o segundo turno”, acrescentou o tucano.
Para Carlos Augusto, o Recife terá uma “ eleição diferente das anteriores. “Estamos vivendo uma grande crise política no País, com a Operação Lava-Jato, mas termos candidaturas que vão discutir a cidade é o mais importante para quem vive aqui. A indagação é: Que futuro a gente quer para o Recife? ”.
E acrescentou: “Essa conversa entre os pré-candidatos, independente de situação ou oposição, é uma conversa entre pessoas preocupadas em discutir a cidade. E é isso que queremos. Foi por esse motivo que nós, do PV, percorremos 200 quilômetros dentro do Projeto Recife Bom para Viver. Para conhecermos de perto os problemas das comunidades. E a leitura que fizemos, depois de visitarmos quase 90 bairros, é que a população não está nada satisfeita”, disse Carlos Augusto.