Nesta quarta-feira (20) faz 58 anos que o mestre do barro, Vitalino Pereira dos Santos, faleceu. Todos os anos, para lembrar a data, é realizado o tradicional cortejo até o Cemitério Dom Bosco, onde foi enterrado o seu corpo, o que não será possível em 2021 devido à pandemia da Covid-19.
Primeiro ceramista a ter real destaque no país e até internacionalmente, Vitalino foi pioneiro em retratar o cotidiano do povo da zona rural utilizando o barro. Suas peças traduzem os costumes nordestinos, como a vaquejada, o violeiro, os retirantes e as lavadeiras. É chamado de mestre justamente por ter deixado seguidores e um grande legado cultural para as novas gerações.
“Vitalino demonstrou o quanto foi mestre quando passou sua arte para que todos pudessem ter qualidade de vida. Ele é mestre não só na arte do barro, mas na arte da vida”, afirma o presidente da Fundação de Cultura de Caruaru (FCC), Rubens Júnior.
Mestre Vitalino nasceu em Caruaru, no dia 10 de julho de 1909. Era filho de um lavrador e de uma artesã que fazia panelas de barro para vender na feira. Ele faleceu no dia 20 de janeiro de 1963, vítima de varíola.
Sua arte está exposta não só em grandes museus brasileiros, mas também no Museu de Arte Popular de Viena, na Áustria, e no Museu do Louvre, em Paris.
No Brasil, grande parte de seu trabalho está nos museus Casa do Pontal e na Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, no Acervo Museológico da Universidade Federal de Pernambuco, no Recife, e no Museu do Barro, em Caruaru. No Alto do Moura, também em Caruaru, tem a casa onde Vitalino morou, que se tornou na Casa-museu Mestre Vitalino, ponto de visita e contemplação.