Ao contrário do que muita gente aprendeu, a água é um bem finito e a escassez desse recurso pode provocar grandes prejuízos para a humanidade nas próximas décadas. As alternativas para reduzir o consumo de água e ampliar seu reúso já fazem parte do cotidiano de muita gente ao redor do planeta. Essas soluções vêm sendo aplicadas em residências, condomínios, prédios e shopping centers.
“Nos próximos anos, essa tendência deverá crescer e as prefeitura precisam utilizar incentivos para garantir a aplicação de novas tecnologias que contribuam para a redução do consumo dos recursos hídricos”, afirma o engenheiro Luiz Pladevall, presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente) e vice-presidente da ABES/SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).
Políticas públicas para incentivar o uso de novas tecnologias podem reduzir perdas e consumo, além de favorecer o reuso da água. Segundo o dirigente, as experiências internacionais no enfrentamento da falta de água ajudam a balizar futuras ações no país. Ele conta que o estado da Califórnia, nos EUA, passou por uma grande seca e adotou mudanças profundas na gestão dos recursos hídricos. “Nas residências, eles criaram um sistema segregado de água de reuso para sanitários, regar jardins, lavar carros, entre outras aplicações menos nobres”, explica Pladevall.
Para o dirigente, as prefeituras podem incentivar o uso de tecnologia oferecendo, por exemplo, redução do IPTU para as construções com tecnologias sustentáveis. “Outra forma é oferecer desconto na conta de água para edifícios com tecnologia para redução do consumo de recursos hídricos e soluções de reuso. Por outro lado, aplicações de multa para o desperdício devem ser vistas como forma de contribuir para o melhor uso dos recursos hídricos”, avalia Pladevall.
Histórico
A Apecs foi fundada em 1989 e congrega atualmente cerca de 40 das mais representativas empresas de serviços e consultoria em Saneamento Básico e Meio Ambiente com atuação dentro e fora do país.
Essas empresas reúnem parte significativa do patrimônio tecnológico nacional do setor de Saneamento Básico e Meio Ambiente, fundamental para o desenvolvimento social e econômico brasileiro, estando presente nos mais importantes empreendimentos do setor.