Recife sediou, no início do mês, uma das etapas do Torneio SESI de Robótica First Lego League. 42 equipes dos estados do Pernambuco, Ceará e Paraíba se reuniram para apresentar projetos na competição organizada pela Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com a fabricante de brinquedos Lego.
Os estudantes, que tinham entre nove e 16 anos, foram desafiados a encontrar soluções para astronautas que viajam até o espaço e voltam com problemas de saúde. A ideia era abusar da criatividade e também montar robôs com peças sofisticadas da Lego. Na etapa regional no Pernambuco, e uma das equipes finalistas foi a Legomito da escola SESI Paulista.
O projeto pensado pela equipe foi um jogo de memória, já que uma das possibilidades era inventar alguma solução voltada para o lazer dos astronautas. Everton Alexandre tem 15 anos e foi um dos idealizadores do jogo. Ele conta que a ideia partiu de uma pesquisa em que eles descobriram que quando os viajantes vão para o espaço eles não exercitam tanto a mente.
“A gente pesquisou e viu que quanto mais eles jogassem e mais eles exercitassem a mente, menos eles perderiam os neurotransmissores”, explicou Everton, que após o ótimo resultado do projeto já está pensando em fazer um curso profissional de técnico em informática no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).
A professora de matemática e técnica da equipe, Luciana Félix, ficou realizada não só com o resultado, mas com todo o desenvolvimento do projeto. Ela contou que durante a organização, os alunos não estavam chegando em um consenso, mas quando pensaram no jogo de memória, todos concordaram.
“E aí juntou alunos do ensino médio com alunos do ensino fundamental até eles se adaptarem. A gente percebeu um bom rendimento tanto na disciplina quanto no desenvolvimento na sala de aula”, afirmou Félix.
No desafio, os alunos foram avaliados em três categorias: Design do Robô, Core Values (que engloba o trabalho em equipe e o espírito colaborativo), e o Desafio do Robô, onde os robôs precisavam cumprir missões na mesa de competição durante dois minutos e 30 segundos.
As outras categorias eram Core Values, que avaliou o trabalho em equipe e espírito colaborativo, e também o Desafio do Robô, onde os robôs precisavam cumprir missões na mesa de competição durante dois minutos e 30 segundos.
O superintendente do SESI de Pernambuco Nilo Simões defende que essa prática do Torneio de Robótica ajuda os estudantes a desenvolverem a criatividade, raciocínio lógico e capacidade de inovar.
“Esse trabalho da robótica ajuda no ensinar a trabalhar em equipe, inteligência emocional, capacidade de tomar decisões. Estimula também valores éticos, porque você vai trabalhar dentro da ética e não pode infringir regulamentos e não pode querer fraudar nada. Eu acho que isso estimula e é isso que a gente quer. É por isso que a gente fica tão feliz em sediar o FLL aqui em Pernambuco pela terceira vez”, afirma Simões.
O próximo passo é concorrer na etapa nacional, que será em março de 2019 no Rio de Janeiro. Os estudantes vão continuar se preparando para apresentar o melhor trabalho, e quem sabe, garantir uma vaga no mundial, que será em Houston, nos Estados Unidos.