Psol ficará neutro

Congresso em Foco

Por maioria absoluta de votos [15 a 2], a Executiva do PSOL decidiu liberar seus filiados e não apoiar qualquer candidatura no segundo turno das eleições presidenciais.

Mesmo sem declarar apoio à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, o partido vai recomendar aos militantes que não votem no candidato do PSDB, Aécio Neves. “Não é cabível qualquer apoio de nossos filiados à sua candidatura”, diz documento do Psol sobre o assunto .

“O partido não está se posicionando em favor de nenhuma candidatura, mas é contra a de Aécio”, afirmou Luciana Genro, que disputou a Presidência da República pelo Psol e ficou em quarto lugar, com mais de 1,6 milhão de votos.

A ex-deputada gaúcha acrescentou que, em respeito à posição do partido, não vai declarar de que forma pretende votar no segundo turno: se em Dilma, branco ou nulo. Segundo Luciana, os militantes e eleitores do Psol deverão votar nulo ou em Dilma, mas o partido não se manifestará.

“Isso será decisão de cada um.” Para ela, o Psol não tem nada em comum com Aécio Neves, “que representa um retrocesso”. Por isso, considera a neutralidade necessária.

Segundo o presidente do partido, Luiz Araújo, o PT não fez contato com o Psol para pedir ou negociar apoio para o segundo turno. “Faz tempo que não conversamos com o PT”, disse Araújo, na entrevista. De acordo com Luciana Genro, o Psol pretende continuar na oposição aos dois partidos e não pretende abrir negociação com o PT.

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Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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