O PTN oficializou neste sábado (1º) a mudança de nome para Podemos e apresentou o senador Alvaro Dias (ex-PSDB e ex-PV-PR) como seu pré-candidato à Presidência da República. Dias foi recebido aos gritos de “presidente” pela militância e discursou como tal. O senador se filiou neste sábado à legenda. Romário (ex-PSB-RJ) também representará o Podemos no Senado, mas faltou ao evento, segundo a assessoria da legenda, por problema no voo que o traria a Brasília.
Entre os novos filiados estão o ex-prefeito de Curitiba Gustavo Fruet e o ex-senador Osmar Dias (PR), irmão de Alvaro Dias, e o ex-jogador de futebol Marcelinho, que passou por times como Vasco, Flamengo e Corinthians
Além dos dois senadores, o partido também terá 14 deputados federais. Em 2014 o PTN elegeu quatro deputados. Mas dois deles deixaram a sigla logo após a posse. A legenda repete a estratégia do PSD de adotar o discurso de que não é de esquerda nem de direita e toma emprestado o nome do Podemos, que surgiu como um movimento de esquerda na Espanha e conquistou espaço no Parlamento espanhol nos últimos anos.
“Quem chega para construir um partido político não pode chegar postulando. Porém, não tenho o direito também de se recusar a cumprir missões. Se houver convocações, haverá candidatura”, disse Alvaro Dias. Já Romário deve disputar o governo do Rio de Janeiro em 2018.
Segundo a presidente do Podemos, a deputada Renata Abreu (SP), outros dez parlamentares da Câmara negociam sua filiação para março de 2018, quando abrirá uma janela para transferências partidárias. Em nota, o partido afirma que sua proposta é reaproximar a política dos interesses da população, desencantada com os escândalos políticos:
“A proposta do novo partido é reaproximar a política dos interesses e anseios de amplos setores da população, que vem ocupando as ruas desde 2013 para protestar contra a corrupção e a falta de transparência na política e não se sentem representados pelos partidos políticos tradicionais. Assim, o surgimento do Podemos representa muito mais do que a simples mudança de nome de um partido; trata-se da aposta no resgate e na renovação da democracia pela defesa da transparência, do aumento da participação popular e de ações de democracia direta. O partido acredita que é preciso adaptar a prática política às condições de uma sociedade globalizada e conectada, na qual os cidadãos não querem mais ser passivos, mas participar ativamente das decisões”.