O ex-presidente da Comunidade Autônoma espanhola da Catalunha Carles Puigdemont, detido neste domingo (25) depois de entrar na Alemanha pela Dinamarca, será ouvido amanhã (26) em uma audiência no Tribunal Administrativo do estado de Schleswig, onde foi capturado. A informação é da agência EFE.
A audiência é meramente formal. O objetivo é apenas comprovar a identidade do detido e cumprir outros processos burocráticos, segundo a Promotoria-Geral de Schleswig, que decidirá sobre o mandado de prisão decretado pela Justiça da Espanha.
Puigdemont foi preso na manhã de hoje em um posto de gasolina de uma estrada que liga a Alemanha à Dinamarca. De lá, o ex-presidente regional catalão foi legado para uma delegacia de Jagel, cidade que fica a 40 quilômetros de Kiel, capital de Schleswig.
Puigdemont planeja pedir asilo na Alemanha, de acordo com o jornal Kieler Nachrichten, da cidade de Kiel. No entanto, o próprio jornal indica que as possibilidades de essa solicitação avançar são escassas, já que a ordem europeia de prisão tem prioridade sobre um procedimento de asilo.
Segundo a Promotoria-Geral de Schleswing, será decidido nesta segunda-feira se Puigdemont ficará preso. Caso isso, ocorra ele será levado a um presídio para aguardar uma definição sobre o pedido de extradição.
Fontes consultadas pela Agência EFE disseram que a decisão compete apenas ao Tribunal Superior de Schleswig-Holstein. A Promotoria-Geral do estado federado é quem teria competência para entregar o ex-presidente catalão às autoridades espanholas.
O prazo máximo para decidir e cumprir a extradição é de 60 dias a partir da prisão, segundo as fontes, independentemente dos recursos que possam ser apresentados durante o processo. A prisão de Puigdemont ocorreu graças à cooperação das autoridades da Alemanha e Espanha. A expectativa é de que a análise do pedido de extradição demore 45 dias.
O ex-presidente regional da Catalunha, foragido da Justiça da Espanha, deixou a Finlândia na noite de ontem (24), após realizar palestras.
Quando soube que um juiz do Tribunal Supremo da Espanha decretou uma ordem de prisão europeia contra ele, enviando o pedido para a Finlândia, Puigdemont deixou o país em direção à Alemanha, onde acabou capturado pouco depois de cruzar a fronteira.