Amanhã, 14, será divulgado o calendário de saques de contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A renda extra vem em boa hora, mas é preciso cuidado para não colocar em risco a reserva financeira construída após meses – ou anos – de trabalho, de acordo com o presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), Reinaldo Domingos.
“Muitas pessoas usam rendas extras sem considerar sua situação financeira atual. Infelizmente, isso é comum. Portanto, procure levantar seus números e ter consciência se está em situação de equilíbrio, endividamento, inadimplência ou se é investidor. O ideal é que a quantia possa melhorar a qualidade de vida da pessoa e família, não apenas agora, mas especialmente no futuro. Afinal, o objetivo principal da existência desse fundo é ser um arrimo para o trabalhador em caso de demissão”, orienta Reinaldo Domingos.
Confira abaixo orientações para quem está em situação de inadimplência, de equilíbrio financeiro e também para quem já tem o hábito de investir.
Em situação de inadimplência
Caso o valor a ser resgatado seja suficiente para quitar alguma dívida em atraso totalmente, é interessante agir dessa forma. Mesmo assim, é válido negociar e conseguir descontos, diminuindo parte da dívida, para então fazer o pagamento à vista. Por outro lado, se não for para quitar 100% da dívida, avalie a opção de investir o valor para ter força para negociar no futuro.
De uma forma ou de outra, o principal a ser feito nessa situação delicada é se educar financeiramente, ou seja, mudar seu comportamento para não mais retornar à inadimplência. O primeiro passo é olhar para a sua situação de forma honesta e levantar todos os números, traçando um planejamento para renegociar a dívida – agora ou no futuro – em parcelas quem respeitem o orçamento mensal.
Em situação equilibrada ou de investidor(a)
Ainda não ter um objetivo estabelecido para o uso dessa renda extra é preocupante, pois na ausência de uma meta, o valor pode acabar sendo utilizado em compras supérfluas e de pouca importância, ao invés de contribuir para a conquista de um sonho. Cada pessoa deve ter no mínimo três: um de curto prazo (a ser realizado em um ano), outro de médio prazo (entre um e dez anos) e outro de longo prazo (a ser realizado a partir de dez anos).
Tanto na situação de equilibrado ou de investidor, é orientável fazer o saque das contas inativas assim que possível e aplicar o valor em investimentos como poupança, CDB ou tesouro direto, entre outras, que rendam mais do que o FGTS. A modalidade escolhida precisa corresponder ao prazo em que se deseja realizar o sonho, tendo em vista a possibilidade de resgatá-lo no momento desejado sem perder rendimentos.
Fonte: DSOP Educação Financeira