Rodada ajuda, Santa vence Globo e segue vivo na Série C

Diário de Pernambuco

A rodada ajudou. E o Santa, aos tranco e barracos, sofrendo no segundo tempo, fez o papel de casa. O pulso, mais do que nunca, ainda pulsa. Com uma vitória por 2 a 1 sobre o Globo-RN, na Arena de Pernambuco, o Tricolor chegou assumiu a 5ª colocação do Grupo A com os mesmos 25 pontos de Imperatriz (3º) e Confiança (4º), levando desvantagem apenas por ter uma vitória a menos.

Dessa forma, na última rodada, no próximo sábado, os corais precisam vencer o já classificado Náutico, nos Aflitos, e torcer por tropeços do Imperatriz, contra o Sampaio Corrêa, em São Luís, ou do Confiança, diante do Ferroviário, em Fortaleza, para conseguir a sonhada e sofrida classificação às quartas de final da Série C.

Como fechou a penúltima rodada, o Santa Cruz já entrou em campo ciente de que os resultados dos adversários ajudaram. Principalmente a derrota do Confiança para o Treze, em Aracaju momentos antes. Motivação a mais para o time do técnico Milton Mendes que mandou a campo uma formação bastante ofensiva.

No meio de campo, apenas o volante Charles permaneceu mais fixo na proteção da defesa, com Everton e Daniel Costa responsáveis pela saída de jogo. No ataque, Elias Carioca foi acionado como referência na área, enquanto Augusto herdou a vaga de Dudu, suspenso. E foi justamente essa dupla o principal destaque coral no primeiro tempo.

Porém, a estratégia do Santa demorou um pouco para “entrar em campo”. Assim, o Globo pressionado pela zona de rebaixamento, começou levemente superior, explorando principalmente a velocidade do rápido e habilidoso atacante Negueba, ganhando quase todas para cima do lateral Cesinha. Porém, com uma única jogada, o time potiguar pouco ameaçou a meta do goleiro Anderson.

Já o Tricolor, aos poucos, foi equilibrando as ações e quando ia ao ataque se mostrava bem mais perigoso. Principalmente tendo em Augusto a principal válvula ofensiva. E foi assim que o Santa abriu o placar. Após linda jogada pela esquerda, o camisa nove serviu Elias, que como um verdadeiro centroavante, de carrinho, empurrou para as redes.

Com a vantagem no marcador, Milton Mendes resolveu se precaver e reforçar a marcação no meio de campo, sacando o atacante Jaílson para a entrada do volante Kadu, logo aos 30 minutos. E de fato, o Globo pouco ameaçou depois disso. Já o Santa, sempre com Augusto seguia mais perigoso e foi para o intervalo na vantagem. Por merecimento.

Na volta para o intervalo, Milton Mendes não fez mais nenhuma alteração, enquanto que no Globo, o técnico Higor César procurou dar maior mobilidade ao ataque sacando Bambam para a entrada de Murici. A alteração, de fato, deixou o time potiguar mais perigoso. Tanto que antes dos 15 minutos, os jogadores do Globo reclamaram de dois pênaltis não marcados a seu favor. Ambos os lances ignorados pelo árbitro carioca Rodrigo Carvalhaes.

Sentindo seu time pressionado, e necessitando dar um novo fôlego ofensivo, Milton Mendes sacou Everton para a entrada de Warley. Logo em seguida, sentido dores na panturrilha, Augusto deu lugar a Celsinho. A intenção coral era recuperar a posse de bola. E logo em seu primeiro lance, o meia arrumou para Charles chutar com perigo, de fora da área.

Mas o Globo seguia melhor. Aos 29, o time potiguar mais uma vez voltou a reclamar da arbitragem, que anulou o gol do volante Jardel, de cabeça, por impedimento. Que não existiu. Na origem da jogada, o atleta estava na mesma linha da defesa coral. A tensão tomava conta da Arena de Pernambuco.

Aos 33, foi a vez do goleiro Anderson salvar o Santa Cruz ao fazer uma ótima defesa cara a cara com o atacante Chiclete. Com o tricolor perdido, só dava o time potiguar, que todo atirado ao ataque deixava espaços para os contra-ataques. E que pagou por um velho e batido ditado do futebol. “Quem não faz….”

Com a descida do Globo desarrumada, o Santa puxou o contra-ataque com Celsinho, que tocou para Warley cruzar na área. Como homem surpresa, Charles encheu o pé, estufou as redes, e deu um alívio enorme à torcida coral, aos 39.

 

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *