Congresso em Foco
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde desta quarta-feira (16), um pedido de afastamento cautelar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de suas funções no comando da Casa.
A iniciativa tem como objetivo impedir que Cunha, já denunciado ao Supremo no âmbito daOperação Lava Jato, atrapalhe as investigações e tente interferir na instrução dos processos – motivo pelo qual . Para Janot, o peemedebista, alvo de processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara, tem usado as prerrogativas do posto em benefício próprio.
Em entrevista coletiva na Câmara, Cunha tentou desqualificar a decisão de Janot e negou que tenha tentado impedir as investigações que o têm como alvo na Lava Jato. Sobre as denúncias de que recebeu R$ 52 milhões em propina no exterior – informação sobre a qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) diz ter provas –, o deputado voltou a negar as acusações e disse que elas se referem a “fatos pretéritos”.
“Achei absurdas as colocações que estão lá. Meus advogados vão ver isso depois. É mais um processo político de quem me escolheu para ser investigado”, declarou o deputado, negando que esteja adiando o recebimento da notificação do Conselho de Ética sobre a continuidade do processo que pode culminar em sua cassação. Ele já deveria ter recebido a notificação, mas negou agir para atrasar rito do colegiado e garantiu que a receberá nesta quinta-feira (17).
“Eu marquei às oito da manhã e vou receber às oito da manhã”, sintetizou.