O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira (30) que seu país está aberto a um diálogo sobre estabilidade estratégica e não-proliferação nuclear.
Apesar da invasão russa da Ucrânia, tanto Moscou quanto Washington enfatizaram a importância de manter a comunicação sobre a questão das armas nucleares. Os dois países são de longe as maiores potências nucleares do mundo, com uma estimativa de 11 mil ogivas nucleares entre eles.
“A Rússia está aberta ao diálogo para garantir a estabilidade estratégica, preservando regimes de não-proliferação de armas de destruição em massa e melhorando a situação no campo do controle de armas”, disse Putin em comentários a um fórum legal em sua cidade natal, São Petersburgo.
Ele disse que os esforços exigiriam “um trabalho conjunto meticuloso” e iriam no sentido de evitar uma repetição do “que está acontecendo hoje em dia em Donbas.”
O líder russo disse que Moscou invadiu a Ucrânia para proteger os russos étnicos e os russófonos da região de Donbas, no leste da Ucrânia, da perseguição de Kiev. Ele repetiu essas afirmações na quinta-feira, acusando a Ucrânia de “crimes contra a humanidade”.
A Ucrânia e o Ocidente dizem que a invasão russa de seu vizinho foi um ato de agressão não provocado, com o objetivo de confiscar o território ucraniano e derrubar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy.