A febre amarela é uma doença transmitida pela picada de um mosquito contaminado e pode ter duas variações: a silvestre e a urbana. A primeira, como o próprio nome já indica, é transmitida através do mosquito contaminado na mata. Segundo a infectologista Valéria Cassettari, a transmissão da febre amarela silvestre é maior entre o mosquito e outros animais, principalmente macacos, e pode eventualmente passar do mosquito silvestre para o homem se este estiver próximo à mata.
Já na febre amarela urbana, a transmissão ocorre na própria cidade, pelo mosquito Aedes aegypti (que também é transmissor da dengue). “Apesar de não termos caso de febre amarela urbana no país desde 1942, a grande presença do mosquito transmissor nas cidades pode trazer a possibilidade teórica deste tipo, caso ocorra descontrole da transmissão silvestre”, completa Valéria.
Febre, calafrios, dor de cabeça, dores no corpo, cansaço, náuseas e vômitos são os sintomas mais comuns. Casos mais graves incluem icterícia (coloração amarelada da pele) e falência do fígado e dos rins, podendo levar o paciente a óbito. As duas possibilidades de diagnóstico são feitas por meio de sorologia (que detecta a presença de anticorpos) e por PCR (que detecta a presença do vírus). Ambos são feitos a partir de amostras de sangue.
É possível tomar uma vacina para prevenir a febre amarela, porém não existe um tratamento específico para eliminar o vírus. O indicado é manter as condições vitais do paciente – dependendo do quadro, na UTI – até sua recuperação.
Registros de casos
A partir de 1 de dezembro de 2016, houve 1008 casos suspeitos no país, tendo sido confirmados 180 por enquanto. Na região Sudeste, o Ministério da Saúde aponta ocorrências em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. Em São Paulo houve 3 óbitos e 10 casos suspeitos, sendo 4 já confirmados.
Prevenção
A vacina é recomendada para vários estados do País, incluindo Distrito Federal, deve ser aplicada dez dias antes da viagem e é indicada a partir dos 9 meses de idade (com dose de reforço aos 4 anos). Além da vacina, ao entrar em áreas de risco é recomendado o uso de repelente e roupas que protejam o corpo.