São Paulo começa nesta terça-feira (25) a triagem de passageiros vindos do Maranhão, estado onde foi detectada a variante indiana da covid-19. A barreira sanitária incluirá verificação de temperatura, busca por sintomas respiratórios, cadastro dos viajantes e monitoramento por até 14 dias.
De acordo com a prefeitura, a medida foi definida após reunião entre o município, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), governo do estado, e concessionárias que administram rodovias que dão acesso à capital. A prefeitura de Guarulhos, onde fica o aeroporto internacional, também participou.
O governo municipal apontou ainda que seguirá informe técnico orientando as estratégias, a ser divulgado pela Anvisa. A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo destacou ainda que, nos aeroportos, “as diretrizes e coordenação das ações serão definidas pela Anvisa”.
“As medidas são essenciais no controle da população que chega à cidade de São Paulo, principalmente para evitar a entrada de novas cepas e aumentar o risco de um novo aumento de casos na capital”, informou a prefeitura em nota.
Ainda de acordo com o governo municipal, até o momento, não há evidência da circulação das cepas indianas no município.
Rodovias
Na Rodoviária do Tietê, equipes farão a triagem dos passageiros das 8h às 15h. Quem apresentar sintomas será encaminhado em ambulância da prefeitura para serviços de pronto atendimento municipais para fazer o teste RT-PCR.
A prefeitura oferecerá 30 vagas em hotéis próximos ao terminal rodoviário para isolamento das pessoas em risco social. Além disso, uma cartilha vai orientar os cuidados necessários para o isolamento domiciliar.
Nas rodovias, haverá distribuição de materiais informativos de prevenção e alertas nos painéis digitais das estradas. Será feita triagem nos postos de pesagem por onde passam os caminhoneiros. Os sintomáticos também serão testados. Além disso, será distribuído material informativo sobre cuidados e modos de prevenção.
Estado e Anvisa
Procurado pela Agência Brasil, o governo paulista informou que a Vigilância Epidemiológica do Estado e o Instituto Adolfo Lutz, em parceria com as prefeituras de São Paulo e Guarulhos, intensificaram as medidas de rastreamento de casos procedentes das regiões que têm registros da nova variante.
A reportagem também aguarda informações da Anvisa para detalhamento do plano nos aeroportos.