O Grupo Cultural Mazuca de Agrestina e o Governo Municipal de Agrestina, através da Secretaria de Cultura e Turismo, prepararam uma homenagem à Valdir Manoel (popular Valdir da Mazuca), que completa hoje (8) um ano de sua partida. Mestre de cultura popular, Valdir foi um dos personagens mais importantes de uma das tradições mais antigas do Estado, a Mazurca, uma dança fruto da miscigenação entre negros, brancos e índigenas durante a colonização do país, que se fortaleceu na região do Agreste pernambucano.
A Mazurca é uma tradição com muito mais de um século de existência, e é considerada pelos pesquisadores a “mãe” de todas as outras manifestações populares por aqui encontradas, inclusive do coco de roda. Foi na infância, com os pais e avós, que o mestre Valdir conheceu a tradição, na área rural Brejinho de Cajarana, onde residia. Aos oito anos de idade já cantava e dançava, imitando o som dos instrumentos ao passo que batia os pés no chão e na palma da mão, sem imaginar que um dia se tornaria um ícone da cultura popular pernambucana.
Durante sua trajetória gravou disco, estampou os jornais, e participou de muitos festivais Brasil afora, inclusive do Prêmio da Música Brasileira, na tradicional casa de show Canecão, no Rio de Janeiro, acompanhado da Rainha da Mazuca, Dona Amara, e ao lado de artistas de renome nacional. Durante o festival, realizado no ano de 2009, ficou entre os três melhores da música regional do Brasil.
O cantor e compositor Valdir da Mazuca criou um estilo próprio de cantar e dançar, e apesar do Agreste pernambucano possuir muitas mazurcas, foi o seu “trupé” diferenciado que lhe conferiu destaque nacional.
O mestre Valdir Manoel faleceu no dia 8 de abril de 2020, deixando uma valiosa contribuição para a cultura do Estado de Pernambuco.
Fotos Adriano Monteiro
Vídeo homenagem:
Produção: Grupo Cultural Mazuca de Agrestina, Secretaria de Cultura e Turismo de Agrestina e Departamento de Comunicação
Edição: Nova Arte Filmes