Manifestantes da Frente Povo Sem Medo, união de movimentos sociais de esquerda e centrais sindicais, picharam a entrada do prédio comercial em que fica um dos escritórios do presidente interino, Michel Temer, em São Paulo.
Uma manifestante foi detida pela pichação e levada ao 15º DP, na rua Dr. Renato Paes de Barros, na zona oeste. Nunah Alle é integrante da JSOL, um grupo com membros da juventude do PSOL.
Houve um princípio de tumulto entre manifestantes e policiais militares quando as pichações começaram. Uma tropa de choque chegou ao local do protesto cerca de dez minutos após a confusão.
Depois da prisão, a coordenação do protesto deslocou o ato para a delegacia. Alle foi acusada de crime ambiental e transferida para outra delegacia.
O escritório foi escolhido pelos manifestantes por estar no nome de Michelzinho, filho de Temer. Aos sete anos, o menino é dono de ao menos dois imóveis no prédio do Itaim com valores que superam R$ 2 milhões –informação divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” e confirmada pela assessoria do presidente interino.
A Frente Povo Sem Medo acusa o presidente de usar o filho para ocultar patrimônio.
IGUATEMI
O grupo havia marcado o ato anti-Temer no shopping Iguatemi, mas encontrou as portas fechadas.
Com o acesso negado, as cerca de cem pessoas que pretendiam fazer o “rolezinho sem Temer” optaram por fazer uma passeata pelo Itaim Bibi, bairro próximo ao shopping. Antes, elas andaram pela avenida Faria Lima e pela rua Jerônimo da Veiga.
O protesto estava marcado para as 17h, mas os primeiros manifestantes a chegar já encontraram as portas fechadas. As três entradas principais do Iguatemi, na avenida Faria Lima, estavam isoladas por dez seguranças, duas viaturas de segurança particular e dez policiais militares.