O Senado aprovou nesta quarta-feira (18) o requerimento da senadora Teresa Leitão (PT-PE) para a criação de uma comissão temporária que vai planejar e coordenar as celebrações pelos 200 anos da Confederação do Equador, no ano que vem. “A ideia com a criação da comissão é fazer com que o movimento libertário desencadeado em Pernambuco em 1824 ganhe um maior reconhecimento em todo o país. Aquela mobilização defendia direitos individuais, autonomia política e econômica, princípios que ainda hoje são pilares da democracia e pelos quais ainda vale a pena lutar. São princípios fundamentais, que moldam uma sociedade justa e inclusiva”, argumenta a senadora.
A comissão aprovada no Senado vai contar com cinco titulares e cinco suplentes e a instalação deve ocorrer já em novembro. Entre os titulares, estarão os três senadores de Pernambuco: Teresa Leitão, Humberto Costa (PT) e Fernando Dueire (MDB). Os demais integrantes ainda serão definidos pelos partidos. De acordo com Teresa, a comissão do Senado quer unir esforços e trabalhar de modo convergente com a comissão estadual, coordenada pela vice-governadora Priscila Krause. Não estão descartadas ações conjuntas entre as duas comissões.
A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário ocorrido em 1824 no Nordeste. Teve início em Pernambuco, mas logo se espalhou pelas províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Era contra a monarquia de Dom Pedro I e defendia a implantação de um regime republicano.
O movimento foi um episódio relevante na história do Brasil, contribuindo para os valores democráticos que hoje sustentam nossa nação. Na época, o movimento foi fortemente proibido e perseguido pelas tropas leais ao imperador. Trinta e uma pessoas foram condenadas à morte. Entre elas, o Frei Joaquim do Amor Divino, mais conhecido como Frei Caneca, que se tornou um herói símbolo daqueles revolucionários.