Grafitagem em muros, confecção de camisas com frases de empoderamento feminino e música. Foi assim que a Casa de Semiliberdade (Casem) Santa Luzia, uma das unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), acolheu a programação do 7º Encontro de Cores Femininas, realizada nesta semana. Dezenas de voluntárias de todas as partes do Brasil e de outros países proporcionaram para as adolescentes uma tarde de aprendizado, favorecendo o lado artístico de cada socioeducanda.
Com a temática primária da ressocialização, as artistas vão ao encontro das comunidades e de unidades socioeducativas para realizar o trabalho social. Todas as atividades expressadas pelo grupo são por meio do grafite. ”Devemos nos fortalecer como mulher. Em toda a nossa vida, sofremos com assédios, violência, diferenças salariais. Então, esse projeto nos liga não só por ser do sexo feminino e por compactuar com ideologias, mas com os acontecimentos do nosso cotidiano”, afirmou a voluntária Nathalia Ferreira.
Para a coordenadora geral do evento, Jouse Barata, o encontro realizado na Casem serviu para fortalecer a criatividade das adolescentes. “A arte tem o poder de fazer com que pessoas queiram recomeçar, e esse é um dos motivos por que queremos sempre estar presentes nas unidades da Funase. São realidades diferentes e que precisam de nossa ajuda”, declarou. “O nosso objetivo é trazer um pouco de esperança e um dia diferente, uma perspectiva de vida melhor por meio dessas atividades”, completou Jouse.
De acordo com a coordenadora geral da Casem Santa Luzia, Edilene Lima, as atividades promovidas na unidade servem para mostrar o lado criativo e artístico das jovens. “A arte é uma forma expressiva. É de grande valia receber eventos como estes em nossa Casem. Estamos com adolescentes com diferentes histórias de vida. Além do esporte, a arte é fundamental para que a adolescente possa ter uma nova visão de mundo e querer recomeçar”, disse. “Achei o evento muito legal. Já participei várias vezes na escola e, no futuro, quando sair da Funase, quero usar tudo o que aprendi aqui”, complementou a socioeducanda D.M., 17 anos.
Imagem: Rhaldney Silva/Funase